Navegando por Autor "Cancela, Francisco Eduardo Torres"
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- ItemA mulher na ciência do Amaro(UNEB, 2023-08-31) Oliveira, Elaine Patrícia de Sousa; Cancela, Francisco Eduardo Torres; Nunes, Luciana de Castro; Guimaraes, Francisco Alfredo Morais; Vergne, Maria Cleonice de SouzaO trabalho intitulado “A Mulher na Ciência no Amaro” versa sobre a presença das mulheres na ciência indígena do Povo Pankararé de Glória – Bahia – Brasil. Situados na região do Raso da Catarina, os Pankararé possuem em seu sistema de crença relacionados ao culto a natureza através do Toré, Mesa da Ciência e a dança dos Praiá realizados num território sagrado denominado Amaro. As mulheres participam deste sistema numa conotação polissêmica desde os fenômenos relacionados à sustentação do rito no puxamento de cânticos, quer seja na busca constante de espaços, no qual a presença e o papel das mulheres sejam reconhecidos. Todo trabalho foi demarcado por torés de conversas, no qual foi possível traçar uma cartografia de cunho visual através de fotografias, etnodesenhos e conversações que impulsionaram a escrevivência, num esforço de compartilhamento de informações e análise da realidade vivida. O recorte de gênero apontado, aufere não apenas o complexo sistêmico de separatismo e preconceito cunhado às mulheres indígenas, mas, permitiu-nos por outro lado, identificar em que medida as mulheres indígenas protagonizam, na transmissão de saberes, fazeres e poder ecocosmológico, bem como, no reforço as lutas de resistência em torno da identidade e do território. A Mãe do Terreiro e as mulheres do Amaro, desenvolvem papéis históricos e relações sociopolíticas e organizativos na resistência do Povo Pankararé. Assim, as desigualdades são superadas na medida de uma consciência feminina acerca dos seus papéis coletivos. O sagrado, as memórias, as gestas, os ritmos são composições que marcam paisagens sonoras, cartografias emancipatórias dos próprios corpos femininos.
- ItemAs leis de Jurupari: um estudo sobre as narrativas sagradas de Jurupari no noroeste amazônico(Universidade do Estado da Bahia, 2023-03-30) Silva, Manoel Antunes da; Guimarães, Francisco Alfredo Morais; Cancela, Francisco Eduardo Torres; Urpia, Ana Maria de OliveiraEsta pesquisa de caráter interdisciplinar, envolvendo os campos da História, Antropologia e Psicologia Analítica, procura refletir sobre as narrativas sagradas de Jurupari dos povos indígenas na área cultural do Noroeste Amazônico. A Tradição Sagrada de Jurupari é um fenômeno histórico-cultural que se apresenta em três diferentes aspectos simbólico-ritual: histórias de heróis culturais; instrumentos sagrados e rituais de iniciação masculinos. Busca-se apontar os padrões de comportamento presentes nas narrativas sagradas de Jurupari, compartilhados pelos grupos étnicos de línguas Tukano Oriental, Arawak e Makú. Esta pesquisa tem como objetivo analisar quais são os padrões de comportamento presentes nas narrativas sagradas de Jurupari. Os objetivos específicos são: contextualizar os aspectos culturais e históricos dos povos indígenas do Noroeste Amazônico; identificar como se deu o processo de apropriação da cultura letrada na autoria do intelectual indígena Maximiano José Roberto; descrever as Leis de Jurupari, a fim de distinguir quais são os padrões de comportamento presentes nas narrativas sagradas de Jurupari; bem como interpretar de forma comparativa versões mitológicas dos grupos étnicos Tukano, Desana, Tariano e Baniwa, a fim de indicar os diversos caminhos da individuação da Tradição Sagrada de Jurupari. O paradigma metodológico-guia desta investigação pauta-se na pesquisa exploratória e descritiva, utilizando-se de meios da pesquisa documental e da pesquisa bibliográfica. Como técnica de produção de dados utilizamos uma abordagem qualitativa. Depois de analisar os padrões de comportamento presentes nas narrativas sagradas de Jurupari, o estudo leva às considerações finais de que as realidades míticas produzem modelos de comportamentos opostos/complementares, que conduzem os povos indígenas através de uma “ação simbólica” em direção a um Princípio de Individuação da Tradição de Jurupari.
- ItemAs cartas como vestígios históricos dos caminhos e andanças da primeira missão jesuítica na América portuguesa colonial (1549-1568)(2020-10-27) Jesus, Hélia Regina Mesquita de; Cancela, Francisco Eduardo Torres; Guimarães, Francisco Alfredo Morais; Paraíso, Maria Hilda BaqueiroO presente trabalho se ocupa de investigar as andanças sacerdotais jesuíticas e as relações estabelecidas com os povos indígenas, no início do Brasil Colônia – a temporalidade compreende os anos entre 1549 à 1568, que é quando ocorreram as missões jesuíticas –, a partir das cartas avulsas dos missionários da Companhia de Jesus. Tem-se como objetivo explorar e apresentar os caminhos executados pelos missionários, deixados nos vestígios históricos das documentações consultadas, para estreitar as relações sociais com os povos indígenas no intuito de “catequizar e salvar almas”, mas que em seus bastidores guardava a intenção de facilitar a empresa colonial. Também, como objetivo final desse trabalho, esforçou-se para evidenciar as resistências e negociações indígenas, assim como de que forma ocorreram tais atuações nativas na lida com as atuações missionárias, além das influências indígenas sobre os colonos e indivíduos de origem européia. Para este estudo, usamos como base teórica as discussões propostas por Manuela Carneiro, Maria Regina Celestino, John Manuel Monteiro, Maria Cristina Pompa, Maria Hilda Baqueiro e Pedro Luis Puntoni. Com o método hermenêutico fizemos a crítica documental interna e externamos as informações mais pertinentes para desvelar as ações indígenas na manutenção de sua cultura. Este trabalho buscou realizar um estudo analisando de quais formas as relações estabelecidas entre os missionários da Companhia de Jesus, colonos e os povos indígenas influenciaram na construção de um sistema de relações políticas, culturais e sociais e na formação de uma sociedade complexa, tal qual a conhecemos e temos hoje. Por fim, conclui-se que os povos indígenas protagonizaram ações individuais e coletivas que demonstraram suas negociações e resistências nas relações estabelecidas com os colonizadores e missionários lusitanos.