Navegando por Autor "Brito, Jober Pascoal Souza"
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- ItemEncruzilhadas no coração de Shirley: a cidade, o gênero e o corpo no cinema de Edyala Iglesias(2015-03-09) Brito, Jober Pascoal Souza; Carvalho, Maria do Socorro Silva; Oliveira, Sayonara Amaral de; Lima Neto, Djalma RodriguesEste trabalho adota a cidade, o gêneroe o corpocomoelementos temáticos queatraem a nossa atenção e nos ajudam a compreender o curta-metragem realizado em 2002 por Edyala Iglesias,o qualnos serviráde escopocientífico. Tomamos diferentes acessospor onde circundamfragmentos, mitos, fantasmas,imagens, ritoscomo uma via produtiva para chegaraocoração de Shirley.A cidade invisível, o desdobramentodas inúmeras redes discursivas que contemplamo gênero do/no cinema, bemcomoas imagens de umcorpo-labirínticorepresentado emEvae Shirley, personagens do filme, serão nossas encruzilhadas. O coraçãoé o grande circuitopor onde se entrecruzamas metáforas que inseremo mundo convulso das personagenseexibem, alegoricamente, as novas centralidades do mundo contemporâneo. A partir de uma constatação do atual contexto de espetacularização das cidades contemporâneas, procuramos investigar quais “micro-resistências”resultam desse processo e quaisexperiênciasurbanassão estimuladasno corpo das personagens,configurando diferentes corpografias.No cruzamento de saberes, vozes, imagens, olhares, femininos e masculinos, vemos emergir na contemporaneidade uma pulsão muito particular do cinema pelo entrelugar, através da figura emblemática da travesti, como uma tentativa de escamotear as próprias definições classificatórias do que vem a ser um homem e uma mulher. O efeito é arrebatador,principalmente porque essas entidadestendem a dar significado à dissolução de inúmeras fronteiras e guardam, como no mito de Pandora, a caixa de segredosentre o que é e o que parece ser, num jogo de espelhos estilhaçados ante o desejo humano
- ItemEncruzilhadas No coração de Shirley: a cidade, o gênero e o corpo no cinema de Edyala Yglesias(2018-11) Brito, Jober Pascoal SouzaAs encruzilhadas são o loci da comunicação e da cultura. Através de suas vias bifurcadas e entroncadas, andamos a esmo ou somos conduzidos pelos canais abertos, interditos e avançados de uma cidade que é sempre, como articula Ítalo Calvino (1990), uma obra do espírito ou do acaso. De suas muralhas, jardins, nomes emplacados de ruas e avenidas, imensos arranha-céus e amplos condomínios – como resultado de novas tecnologias contemporâneas ou como reminiscências de um mundo antigo e esquecido – nos são lançados inúmeros questionamentos de onde margeamos e cruzamos uma floresta de signos que nos pedem atenção. Deste intercurso, vamos sendo transportados para a narrativa fílmica de Edyala Yglesias, No Coração de Shirley (2002), como uma rede de símbolos que fia e traça nos novos os velhos caminhos, como espelhos ante espelhos, labirínticos e covalentes, cujos fragmentos montam um conjunto de imagens que nos estimula e incomoda. Os entrecruzamentos entre a cidade,o gênero e o corpo, no cinema baiano, são as nossas principais encruzilhadas, como uma via produtiva para chegar ao coração de Shirley. O coração é o grande circuito por onde se entrecruzam as metáforas que inserem o mundo convulso das personagens e exibem, alegoricamente, as novas centralidades urbanas e contemporâneas. Na incorporação desses cruzamentos, assistimos ao efeito, quase pulsional, com que as culturas artísticas da atualidade têm intercedido à figura emblemática da trans, como uma tentativa de escamotear as definições de identidade e gênero.