Navegando por Autor "Arapiraca, Mary de Andrade"
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- ItemEducação carcerária: (des)encantos, (des)crenças e os (des)velamentos de leitura no cárcere, entre ditos, silêncios e subentendidos(2007-12-20) Silva, Ana Lúcia Gomes da; Fagundes, Tereza Cristina Pereira Carvalho; Passos, Elizete Silva; Arapiraca, Mary de Andrade; Santos, Cosme Batista dos; Silva, Márcia Rios da; Araújo, Edivalda AlvesEducação carcerária é o tema central desta pesquisa, considerada como ato educativo informal, praticado no cotidiano do cárcere marcado pela intencionalidade em cada habilidade, modos de agir, astúcias e estratégias organizadas, com finalidades próprias e apropriadas, que influenciam e formam outros sujeitos. Objetivamos discutir as práticas educativas que se dão no cotidiano do cárcere e seus efeitos de sentido para os que nele se inserem, além de buscar compreender a tríade presente nas relações de poder: o saber, o discurso e as estratégias do dizer sobre a prisão e seus efeitos. A pesquisa teve como lócus a 16ª Delegacia Circunscricional de Jacobina/BA. O horizonte metodológico adotado foi o etnográfico, tendo como fundantes os estudos da Antropologia, utilizando como instrumentos de construção dos dados entrevistas abertas e/ou aprofundadas, as histórias orais de vida, o memorial, a observação participante, buscando apreender o máximo possível do cotidiano do cárcere e seus efeitos de sentido sobre os sujeitos da pesquisa. Para realizar a análise dos dados, utilizamos a Análise do Discurso (AD). Os resultados apontam a dimensão das (des)crenças, (des)encantos e (des)educação que marcam, de forma contundente, cada ser humano que experiencia o cotidiano do cárcere nos seus movediços caminhos. Por outro lado, os memoriais, relatos e narrativas, vão (des)velando outras nuances e aspectos do ser humano como ser que está em constante formação, em contraponto com os discursos oficiais que nos (des)velam, a partir de outros pontos de vista, o cotidiano do cárcere. As narrativas dos encarcerados desvelaram as práticas reais do cárcere e seu caráter educativo e promotor de (des)crenças, (des)educação, sofisticação das regras de poder, de organização que reproduz a violência, amedronta e os faz mais e mais marginais. Conclusivamente, o trabalho traz a cartografia das práticas educativas no cárcere, seus efeitos sobre os encarcerados e seus familiares, (des)vela (des)crenças, (des)esperanças, sinaliza possibilidades reeducativas e socializadoras dos encarcerados pós-presídio e indica que a educação em espaços de aprendizagem como o cárcere, seria promotora de significativas mudanças, considerando que os seres humanos que vivenciam processos educativos de toda ordem podem (res)significar suas atitudes e transformar suas vidas.
- ItemHistórias de leitura na terceira idade: memórias individuais e coletivas(Universidade Federal da Bahia, 2005-04-15) Silva , Ana Lúcia Gomes da; Arapiraca, Mary de Andrade; Fagundes, Tereza Cristina Pereira Carvalho; Moura, Ana Célia ClementinoEste trabalho de pesquisa teve como objeto de estudo as histórias de leitura na 3a idade: memórias individuais e coletivas, cuja problemática delineada foi a investigação da formação leitora desses sujeitos, bem como sua relação com a leitura/manifestações textuais, a partir das reminiscências ambiências de leitura/experiência de vida e testemunho oral. A pesquisa teve como “locus” o Centro de Convivência do Idoso–Jacobina/BA. A metodologia adotada foi o tipo etnográfico, tendo como fundante os estudos da Antropologia, utilizando como instrumentos de coleta/análise dos dados, entrevistas abertas e/ou aprofundadas, práticas leitoras, como círculo de leitura e contação de história, utilizando, também, fitas VHS e observação-participante, de forma a apreender o máximo possível das memórias, narrativas e fabulações dos sujeitos-leitores envolvidos em diferentes situações analisadas, na perspectiva “interpretativa” da Análise do Discurso. O resultado do trabalho traz as histórias de leitura da 3a idade jacobinense, suas memórias pessoais, coletivas e oficiais imbricadas, os diferentes efeitos de sentido, bem como, o perfil dos leitores da 3a idade, suas ambiências de leitura e contribuições deste público leitor concreto e singular, para a formação do leitor ativo e includente e seus reflexos na comunidade onde estão inseridos, bem como nas Instituições Escolares/Academias.