Navegando por Autor "Araújo, Sandra Regina Magalhães de"
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- ItemDocência na Ilha de Maré: formação continuada e maritimidades(2019-06-17) Macêdo, Ziziane Oliveira De; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Hage, Salomão Antônio Mufarrej; Araújo, Sandra Regina Magalhães de; Fornari, Liege Maria SitjaEsta pesquisa busca compreender os modos como a formação continuada é vivenciada pelas docentes na relação com as maritimidades da Ilha de Maré, tendo em vista, o levantamento de possíveis singularidades do trabalho docente no contexto marítimo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de abordagem (auto)biográfica, cuja opção teórico-metodológica assenta-se nas contribuições de Nóvoa, Souza, Rios, Delory-Momberger, Josso, entre outros. Neste sentido, o trabalho se desenvolve a partir de entrevistas narrativas de seis professoras de cinco escolas da Rede Municipal de Ensino de Salvador que atuam na Educação Básica, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na Ilha de Maré. Este estudo identificou os modos de atravessamentos das maritimidades nas Ilhas de Salvador no processo de formação das professoras da Ilha, bem como as ruralidades que envolvem o universo escolar identificadas nas condições de trabalho e nas temporalidades específicas da Ilha, em especial as questões relacionadas às demandas das classes multisseriadas, com os seus diferentes tempos e ritmos de aprendizagem. E revela que a formação continuada é vivenciada pelas professoras na busca por ressignificar a formação oferecida pela Rede Municipal de Ensino, adequando as especificidades da docência na Ilha. Inclusive como estas professoras vêm experimentando, juntamente com os estudantes das comunidades rurais da Ilha, possibilidades criativas e desafiadoras em seu fazer pedagógico, bem como a metodologia utilizada com as classes multisseriadas com agrupamentos produtivos de alunos de diferentes séries/anos. Assim, as professoras investem tempo e recursos, ainda que de forma individualizada, em seu próprio desenvolvimento profissional em detrimento da formação continuada promovida pela instituição a qual estão vinculadas.
- ItemDocência nas águas: diversidade cultural, maritimidade e travessias na ilha de Itaparica(2015-05-29) Costa, Silvano Sulzart Oliveira; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Hage, Salomão Antônio Mufarrej; Souza, Elizeu Clementino; Araújo, Sandra Regina Magalhães deEsta investigação busca compreender os modos como a docência é desenvolvida pelos docentes, no contexto da maritimidade da Ilha de Itaparica, e como estes dialogam com a diversidade cultural presente no universo escolar em que atuam. O estudo pauta-se nos princípios epistemológicos da pesquisa qualitativa, sendo ancorado nos pressupostos da abordagem autobiográfica, a partir das análises desenvolvidas por Nóvoa (1988), Souza (2008), Souza (2014), Delory-Momberger (2012) e Rios (2012), dentre outros. Ao escrever sobre a docência na Ilha de Itaparica, delineio também a minha própria trajetória docente, desvelando minhas memórias de aluno e professor que experimentou a educação no contexto das águas. Quanto aos procedimentos metodológicos da pesquisa, opto pela entrevista narrativa, seguindo as orientações de Bertaux (2010), Jovchelovitch e Bauer (2010). Para compreender a questão da diversidade cultural na Educação, busco, nos estudos de McLaren (2000), Gonçalves e Silva (2006), Gomes (2007) e Williams (1992), subsídios para entender os múltiplos aspectos culturais que permeiam os processos educacionais e, principalmente, a docência. Com o desenvolvimento da pesquisa, pude constatar que a travessia representa, para os docentes da água, um “rito de passagem”, não somente na esfera física do deslocamento, mas também no aspecto simbólico. A maritimidade que circunda a Ilha faz com que os docentes incorporem as práticas culturais do mar a suas vidas cotidianas, porém estes demonstram, ainda, dificuldades em transformálas em práticas pedagógicas, uma vez que possuem dificuldades em lidar com a diversidade cultural e a cultura das águas, ambas presentes em suas salas de aula.
- ItemEducação profissional do campo: contribuições para a organização do trabalho pedagógico no centro estadual de educação profissional do Campo Paulo Freire- Santa Luz / BA.(2020-10-29) Silva, Elcione de Araujo; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Araújo, Sandra Regina Magalhães de; Lima, Antônio Almerico BiondiEsse trabalho utiliza a compreensão da Organização do Trabalho Pedagógico (OTP) e a Educação Profissional do Campo no Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) do Campo Paulo Freire - Santaluz/ Ba. Em vista disso, questionase como a Organização do Trabalho Pedagógico contribui para os processos formativos na Educação Profissional do Campo no CEEP- CAMPO PAULO FREIRE? Dessa maneira, objetiva-se analisar as contribuições da Organização do Trabalho Pedagógico na perspectiva da Educação do Campo, com vista à elaboração de um plano de intervenção pedagógica no Centro Estadual de Educação Profissional do Campo Paulo Freire. Os pressupostos teóricos que subsidiam este trabalho são: Caldart (2010, 2012) e Ferreira (2012, 2015) que engloba Educação do Campo, Pistrak (2000, 2009), Manfredi (2002) Frigotto (2009) os quais discutem Educação Técnica e Profissional na perspectiva da politecnia e Freitas (1994) a Organização do Trabalho Pedagógico. A metodologia trouxe uma abordagem qualitativa, por meio da pesquisa-ação, com vistas a identificar as proposições teórico metodológicas do planejamento coletivo dos docentes do CEEP - Santaluz/Bahia a partir de oficinas formativas, tendo em vista a compreensão da Educação Profissional na perspectiva da Educação do Campo. O lócus da pesquisa é o Centro Estadual de Educação Profissional do Campo Paulo Freire em Santaluz/Ba e os sujeitos os professores (licenciados, Bacharéis e Tecnólogos) da referida escola. Os instrumentos da pesquisa: observação, questionários e oficinas formativas, elaboradas com/para os próprios professores do CEEP. Os resultados dessa pesquisa foram os Planejamentos Coletivos da Educação Profissional do Campo, produto dessa pesquisa, que foram elaborados pelos professores como uma proposta interdisciplinar, através da Organização do Trabalho Pedagógico (OTP) e dos princípios da Educação do Campo nessa instituição de ensino. Compreende-se, portanto, que o planejamento e trabalho coletivo são práticas essenciais da Organização do Trabalho Pedagógico e contribuem para processos formativos na Educação Profissional do Campo.
- ItemEscola para o trabalho, escola para a vida: o caso da escola família agrícola de Angical – Bahia(2005-12) Araújo, Sandra Regina Magalhães de; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Nascimento, Antônio Dias; Marques, Maria Ornélia; D’ávila, CristinaEste estudo tem o propósito de descrever e compreender uma experiência alternativa inovadora de educação do e no campo, através de uma instituição da rede de Escolas Famílias Agrícolas (EFA) — a Escola Família Agrícola José Nunes da Matta, mais conhecida como Escola Família Agrícola de Angical (EFAA), município localizado no extremo oeste do Estado da Bahia. Tem como objetivo compreender em que medida essa Escola, orientada pelos princípios metodológicos da Pedagogia da Alternância, constitui uma escola viável para fortalecer a agricultura familiar. Para apreender melhor a Escola Família Agrícola de Angical e sua política de educação sob a perspectiva do desenvolvimento e do fortalecimento da agricultura familiar e o que a diferencia enquanto uma política de educação do e no campo, definiu-se pelo Estudo de Caso e pela Observação Participante já que a abordagem qualitativa permite combinar diferentes métodos e técnicas de coleta de dados. Como instrumentos de pesquisa, lançou-se mão de técnicas de entrevista semi-estruturada individual e coletiva, conversas informais, observação direta com registro em caderno de campo. Ao se buscar compreender esta experiência alternativa de educação do e no campo, de origem francesa, e seu processo de implantação em território brasileiro, voltada para os filhos e filhas de pequenos produtores familiares rurais, a quem foi negado o direito a uma educação escolar integrada à concepção de desenvolvimento local e fortalecimento da agricultura familiar, foi necessário compreender também a luta histórica pelo acesso à terra e a permanência nesta pelos pequenos produtores familiares rurais em suas diferentes categorias, tanto em nível nacional como no município de Angical, campo empírico deste estudo. Para isso, autores como Graziano da Silva, Moisés Vinhas e José de Souza Martins, além de autores que escreveram e pesquisaram sobre a região sanfranciscana e o extremo oeste baiano, foram fundamentais para entender as razões que levaram a pequena produção rural ao processo de marginalização e exclusão das políticas agrárias públicas do desenvolvimento capitalista e o seu processo de resistência. Para entender essa experiência alternativa de educação, recorreu-se aos fundamentos teórico-metodológicos de autores franceses e do grande educador brasileiro Paulo Freire. O estudo sobre a EFA de Angical revelou que esta escola é de fato uma alternativa de educação escolar viável para o fortalecimento da agricultura familiar e, como tal, apresenta um diferencial para a política de educação do campo, revelada pelos achados da pesquisa. Contudo, alguns desafios precisam ser enfrentados pela EFAA para que esta escola se mantenha viva por muitos e muitos anos, levando esperança aos filhos e filhas dos pequenos produtores familiares rurais sob a perspectiva do desenvolvimento e do fortalecimento da agricultura familiar em seu meio histórico, social e cultural.
- ItemFormação de educadores do campo: um estudo sobre a experiência de formação inicial para os monitores das Escolas Famílias Agrícolas do Estado da Bahia(2013-04-18) Araújo, Sandra Regina Magalhães de; Nunes, Eduardo José Fernandes; Souza, Elizeu Clementino de; Marques, Maria Ornélia da Silveira; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Guedes, Marilde QueirozEsta tese tem como tema estruturante a formação de educadores do campo. O objetivo deste estudo é investigar a experiência de formação inicial voltada para os monitores das Escolas Famílias Agrícolas da Bahia, sob a concepção de formação de educadores do campo na contemporaneidade. A opção metodológica que orientou a pesquisa é a abordagem qualitativa ancorada no Estudo de Caso. O estudo de caso em foco possibilitou lançar mão dos seguintes instrumentos e técnicas de entrevistas: análise documental (projetos político-pedagógicos) e entrevistas semiestruturadas com os sujeitos/colaboradores da pesquisa – professores/ estudantes, professores/formadores, coordenadoras da universidade e lideranças desse movimento educativo na Bahia. Para tanto, recorreu-se à análise de conteúdo, dadas as condições que essa perspectiva analítica possibilita. O locus da pesquisa foram os mais variados possíveis, tendo em vista a complexidade do estudo, por exemplo, a diversidade dos sujeitos/colaboradores. As Escolas Famílias Agrícolas de Ribeira do Pombal e de Caculé foram escolhidas com base em critérios definidos no caminhar desta investigação, com vistas a entrevistar os professores/estudantes. Em relação aos demais sujeitos/colaboradores, as entrevistas ocorreram em tempos e espaços distintos. Os resultados revelaram que essa formação inicial foi uma experiência ímpar, tanto na dimensão pessoal como profissional dos sujeitos/colaboradores da pesquisa, e também para o movimento educativo EFAs da Bahia, confirmados pelas narrativas dos sujeitos/colaboradores. Entretanto, essa formação apresentou lacunas, entre as quais, a ausência de abordagem em torno da pedagogia da alternância e da filosofia dos Centros Educativos Familiares de Formação por Alternância. Acrescenta-se, ainda, a inexistência de componentes curriculares que abordassem a concepção de educação do campo e a formação de seus educadores na contemporaneidade construída pelas organizações sociais do campo e pelas Faculdades de Educação por meio dos seus professores/pesquisadores. Apesar disso, espera-se que esta investigação possa servir de orientação para as políticas de formação inicial e continuada para os educadores que desenvolvem ou desenvolverão práticas educativas em escolas situadas no campo brasileiro, considerando a diversidade de sujeitos e dos contextos sociocultural e político, entre outros, presentes no meio rural.
- ItemPolíticas curriculares de cabo verde de 2010-2020 e a perspectiva multicultural no ensino secundário: desafios e possibilidades(2023-02-24) Carvalho, Dairine Lara Tavares de; Sales, Mary Valda Souza; Teodoro, Cristina; Monteiro, Emanuel Alberto Cardoso; Araújo, Sandra Regina Magalhães deEsta pesquisa de mestrado teve como objetivo central analisar de que modo as políticas curriculares implementadas em Cabo Verde de 2010-2020 orientam, normatizam o desenvolvimento de práticas multiculturais no processo educativo das escolas secundárias e foi guiada pela seguinte pergunta problematizadora: de que forma as políticas curriculares de Cabo Verde implementadas de 2010-2020 proporcionam o desenvolvimento de uma perspectiva multicultural nas práticas curriculares e educativas das escolas secundárias? A metodologia constitui-se na abordagem qualitativa que subsidiou a construção teórica e conceitual da pesquisa, que teve como método o estudo de caso descritivo, como dispositivos de produção e coleta de dados o questionário misto online e análise dos documentos legais e pedagógicos disponibilizados pelo Ministério de Educação de Cabo Verde e pelas escolas pesquisadas. O campo da pesquisa empírica foi constituído pela Escola Secundária Cónego Jacinto Peregrino da Costa, localizada na ilha de Santiago e a Escola Secundária Cova Figueira, situada na ilha do Fogo, os sujeitos da pesquisa foram 13 (treze) professores e 2 (dois) diretores das referidas instituições. Constatamos que os estudos sobre o multiculturalismo se baseiam nas teorias críticas e pós-críticas que evidenciaram o currículo como um mecanismo de reprodução das relações de poder e de transmissão de ideologias e, também, como meio de ação política e de transformação social, incentivando o pensamento crítico para as desigualdades sociais impostas a partir da ideia da neutralidade atribuída aos processos de produção do currículo. Em Cabo Verde as demandas curriculares e educativas são impostas por organismos internacionais, comissão europeia e as nações unidas, que tomam como modelo o contexto global enquanto deveriam considerar o contexto local para o desenvolvimento das políticas curriculares e educativas. Assim as diferenças culturais existentes no país possibilitaram reconhecer que a sociedade cabo-verdiana é multicultural interferindo em todas as áreas e a educação não fica alheia a esse fenômeno.