Navegando por Autor "Araújo, Ivete Silveira de"
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- ItemUsos funcionais da escrita na história de vida dos atores da educação de jovens e adultos da escola municipal de Bananeiras/Ilha de Maré – Salvador/BA(2009-09-29) Araújo, Ivete Silveira de; Mota, Kátia Maria Santos; Gallego, Rita de Cassia; Nascimento, Antonio DiasA pesquisa que deu origem a esta dissertação foi qualitativa, inserida no campo educacional, e objetivou investigar qual o lugar da escrita na História de Vida dos atores da Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Escola Municipal de Bananeiras, em Ilha de Maré, localidade pertencente ao município de Salvador – Bahia. Para dar conta dessa investigação, realizou-se um estudo de cunho etnográfico, a partir da observação participante, no qual foram empregados instrumentos variados, como a entrevista focalizada e semiestruturada, o grupo focal, o questionário de perfil socioeconômico para os estudantes e outro questionário para o perfil da professora. Para a análise do material de linguagem coletado, empregou-se a Análise de Discurso (AD), da linha franco-brasileira de Michel Pêcheux e Eni Orlandi, que tem no discurso o objeto da sua construção científica. Para a AD, o discurso é a linguagem em funcionamento, que se materializa em um texto, falado ou escrito, no qual o sujeito discursivo atribui sentidos, significando a si e ao mundo no qual está inserido. Por esse caminho, foi possível revelar, e desvelar, que, mesmo inseridos em uma comunidade onde prevalece a oralidade, os educandos e educandas desejam se apropriar da escrita para: aqueles que são evangélicos, inserir-se, de fato, na Igreja protestante; manter a privacidade, porque só o destinatário é que vai saber o conteúdo do bilhete enviado; tornar-se independente daquele que escreve e lhe serve de escriba; registrar sentimentos e emoções vividos com intensidade; autorreconhecer-se como também possuidor da beleza do ato de escrever. Já para a professora, a escrita tem a finalidade de responder às demandas pessoais, religiosas e profissionais do seu cotidiano. A partir disso, sugere-se que os poderes públicos municipal e estadual, em parceria, deveriam: construir salas de aula, em Bananeiras, para a matrícula de estudantes da 5ª à 8ª série; formar um corpo docente com profissionais da própria Ilha de Maré; ofertar a formação continuada, de imediato, para a professora que atua na EJA, em Bananeiras e, por fim, implementar a biblioteca que está em fase embrionária, transformando-a em um Centro Cultural para o Letramento, inclusive com a instalação de uma lan house pública.