Navegando por Autor "Amaral, Emília Karla"
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- ItemNarrativas sobre o afastamento da escola: percepção de crianças hospitalizadas e de mães acompanhantes(Universidade do Estado da Bahia, 2025-02-21) Amaral, Emília Karla; Souza, Elizeu Clementino; Kondratiuk, Carolina; Costa, Lívia Fialho; Passeggi, Maria da Conceição; Coêlho, Patrícia Julia SouzaO adoecer faz parte da vida! Em algum momento, todos nós já nos defrontamos com essa experiência, às vezes passageira, sem grandes sofrimentos, outras vezes demorada, traumática. De qualquer modo, a enfermidade atinge não somente o corpo, mas a identidade da pessoa, causando rupturas no cotidiano e, muitas vezes, desestruturando toda a rotina familiar. Em se tratando de crianças em idade escolar, que necessitam de uma internação hospitalar prolongada, essa quebra da rotina implica também na perda do vínculo com a escola regular, quando a instituição de saúde não dispõe de classe hospitalar. A centralidade da pesquisa realizada foi a criança em tratamento, o que ela pensa, sente e narra a respeito da sua escolarização interrompida. Ouvir a criança, conhecer seus medos, suas expectativas e tudo o que ela quiser expressar é legitimar a sua palavra e reconhecê-la como sujeito de direitos. Participou também o/a familiar acompanhante, pela sua importância no tratamento e na recuperação da criança. O objetivo desse estudo foi compreender sentidos que as crianças e seus acompanhantes em situação de hospitalização prolongada dão à escolar regular e ao afastamento desta instituição, por ocasião do adoecimento. Para tanto, objetivouse, de modo mais específico, conhecer as percepções e sentimentos das crianças sobre o adoecimento; captar os sentimentos destas em relação ao afastamento das atividades escolares e como a experiência da escolarização interrompida repercute em seus horizontes de vida e ainda analisar percepções de acompanhantes sobre esse afastamento da escola no período da internação. A pesquisa foi realizada na Clínica Pediátrica do Hospital do Oeste - HO, localizado na cidade de Barreiras, oeste da Bahia e contou com a participação de duas crianças (uma de 11 e a outra de 14 anos) e de suas mães, acompanhantes no percurso da hospitalização. Ancorou-se na abordagem biográfico-narrativa, tendo como base epistêmicometodológica a Fenomenologia, devido ao interesse nos processos de individuação e de socialização humana, no universo dos significados, das aspirações, dos valores e das atitudes do/das participante/s. Além das entrevistas narrativas, foram utilizados como dispositivos o desenho infantil e o diário de campo. Vale destacar a importância política do presente estudo, que evidencia a ausência de atendimento ao direito básico que todo cidadão tem à educação, uma vez que inexiste na região qualquer atividade educacional formal para estudantes que perdem o contato com a escola regular por motivo de enfermidade e internação prolongada.