Pós-Graduação
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Navegando Pós-Graduação por Autor "Auad, Daniela"
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- ItemDissidências e (Im)pertinências de gênero no território escolar: memorial cartográfico Lucemberg(2018) Oliveira, Lucemberg Rosa ; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Salvadori, Juliana Cristina; Auad, Daniela; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoA pesquisa de mestrado intitulada Memorial Cartográfico: dissidências e (Im)pertinências de gênero no espaço escolar, realizada numa escola municipal da rede de Barra do Mendes - BA, toma como centralidade as questões que envolvem o gênero, entre eles as performances, bem como as práticas pedagógicas e formação docente. Teve como objetivo principal compreender como as performances de gênero são apresentadas na escola a partir das reflexões sobre as práticas pedagógicas dos/a colaboradores/a da pesquisa e como objetivos específicos: descrever por meio de observações participantes em quais momentos as performances de gênero são identificadas/silenciadas na escola e cartografar os conceitos- chave relativos às performances de gênero. A pesquisa se ancora no horizonte qualitativo, utilizando o método cartográfico para apontar epistemologicamente e metodologicamente a esta procedimento de construção e análise dos dados, tendo em vista a perspectiva pós-crítica, de questionar os próprios modos de fazer pesquisa, permitindo ao pesquisador se emaranhar por uma gama de procedimentos aos quais outros tipos de pesquisa tradicionais não permitiriam, ela não se prende ao formalismo metodológico, o que nos permite classificá-la como pós-moderna, pós-crítica e pós-estruturalista. A pesquisa cartográfica difere de outros modos de fazer pesquisa. Baseados, sobretudo, no impacto epistemológico conduzido por Deleuze e Guatarri (1995) – propositores desse conceito – no campo da filosofia, acabam por cotejar no que concerne à produção investigativa na área das ciências humanas, em geral, e especialmente no campo da educação. Como dispositivos de construção dos dados, utilizaram-se Ateliês de pesquisa, e observação participante, buscando registrar, problematizar e refletir sobre as práticas e, consequentemente, formar professores/a em exercício para o trato com a temática. Assim o saber é, sobretudo, produto e processo das redes heterogêneas de interações de agregados sociais humanos e não-humanos (condições objetivas e subjetivas da realidade). Como resultado/produto final, foi elaborado pelo coletivo docente o Projeto didático-pedagógico para o trato da diversidade de gênero na sala de aula. Além disso, a pesquisa apontou que ainda há um longo caminho para implementar as discussões sobre gênero na escola, uma vez que as pessoas que foram o corpo dessa instituição ainda buscam maneira de silenciar tais questões e quando estas ultrapassam os limites do que ocasionou a ser “normal”, os (a) estudantes são vistos como objetos. Ainda, foi possível verificar que muitos professores e professoras ainda se sentem, em muitas ocasiões, reféns de práticas pedagógicas, ainda distantes das demandas dos sujeitos da contemporaneidade, embora estes estejam presentes na escola, no cenário da diversidade, esta ainda é regida, por uma estrutura muito hierárquica, que insiste em olhar mais para a normatividade do que para a diversidade, principalmente no que se refere às questões de gênero.
- ItemPedagogia feminista no território escolar: devires cartográficos no enfrentamento da violência sexual infantil(2020) Abreu, Laís Oliveira; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Silva, Zuleide Paiva da; Auad, Daniela; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoA presente pesquisa surge das inquietações corporificadas acerca da síndrome do silêncio diante do fenômeno da violência sexual infantil e dos altos índices desta prática criminosa no contexto brasileiro. Esta grave problemática perpassa os diversos âmbitos da sociedade e se reproduz no território escolar seja pela omissão ou por discursos e práticas que a naturaliza, mas este espaço tem papel preventivo e repressivo na rede de proteção prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA. Ao tomar este tema como objeto de pesquisa e a escola pública da educação básica como locus, nosso objetivo central buscou compreender as principais contribuições da pedagogia feminista para o enfrentamento da violência sexual infantil no território escolar na perspectiva da pesquisa-intervenção. Os objetivos específicos consistiram em: caracterizar o fenômeno da violência sexual infantil e suas principais implicações nas infâncias das crianças; mapear ações pedagógicas, ancoradas na pedagogia feminista, que contribuam para a prevenção da violência sexual infantil no território escolar e construir colaborativamente uma cartografia de afetos, visando contribuir para o enfrentamento da violência sexual infantil no território escolar. A pesquisa de abordagem qualitativa adotou o método cartográfico a partir de Deleuze e Guattari (1995) e Barros e Kastrup (2015), o qual se ancora no paradigma pós-crítico. Os dispositivos de pesquisa utilizados para a construção dos dados foram: observação, diário de campo/pesquisa e Ateliês de Pesquisa. Os sujeitos participantes, num total de nove, foram os/as docentes do turno matutino da escola pesquisada, coordenação pedagógica e direção, cuja participação se deu por livre adesão. Construímos na processualidade da cartografia um total de seis Ateliês de Pesquisa entre julho de 2019 e agosto de 2020, sendo o primeiro deles de caráter exploratório e os dois últimos realizados em ambiente virtual. Os resultados indicam pistas cartográficas dos agenciamentos tecidos pelo coletivo participante na tentativa de enfrentar as linhas duras que rizomatizam o contexto das temáticas que se conectam ao enfrentamento da violência sexual infantil: gênero, sexualidade, educação sexual. As linhas de fuga e suas dobras apontam a educação menor como um devir possível para promover desterritorializações no terreno liso da escola face às políticas públicas locais que não convocam a intersetorialidade para a ação em rede. A pedagogia feminista, mesmo que timidamente reconhecida, emerge nas narrativas que promoveram ação-reflexão-ação acerca das vivências, subjetividades e práticas pedagógicas nas paisagens do território escolar. Os resultados apontam ainda a ausência do viés interseccional nas práticas pedagógicas quanto às categorias de gênero, raça, classe, sexualidade etc, demandando reinvenções. Assim, o coletivo vê na Cartografia de Afetos uma possibilidade de ação concreta no território escolar. Contudo, percebe a necessidade de estudar mais as pedagogias feministas, inserir a discussão do ECA no Projeto Político Pedagógico-PPP da escola para que as práticas refletidas/construídas, a exemplo das palestras, entrevistas, rodas de conversa, caminhada/pedalada possam transbordar numa ação que de fato promova o enfrentamento da violência sexual infantil no território escolar.