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Navegando Pós-Graduação por Orientador "Lima, Jamille da Silva"
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- ItemPretagogia quilombola nas práticas escolares do/no Quilombo do Rodeadouro (Juazeiro, Bahia)(2022) Nina, Cláudia Ramos; Lima, Jamille da Silva; Oliveira, Iris Verena Santos de; Paula Junior, Antonio Filogenio deOs processos de dominação e opressão advindos da modernidade/colonialidade restringiram o modelo de escolarização à perspectiva eurocêntrica, em detrimento da composição de vida das comunidades quilombolas, cujas temporalidades sociais, culturais e históricas são perpassadas pela ancestralidade. No contexto de promoção de uma educação antirracista, a educação escolar quilombola tem um papel central, mas para que tenha efetividade em seus propósitos, há necessidade de articulação com a docência quilombola, ou seja, com as práticas educativas que constituem a tradição e a cultura identitária das comunidades pretas. Essa docência está fundada na ancestralidade, cujos principípios são a oralidade e a circularidade, se fazendo presente pelas manifestações culturais, pela memória e pelo compartilhamento comunitário de base territorial, em uma educação para e pela vida. Como tal docência pode contribuir para a constituição de práticas escolares de enfrentamento da colonialidade no contexto da educação escolar quilombola? Esta é a pergunta diretriz desta pesquisa, que teve como lócus uma escola municipal de educação básica situada no Quilombo do Rodeadouro, na área rural do município de Juazerio (Bahia). O objetivo foi compreender a contribuição da docência quilombola na constituição de práticas escolares de enfrentamento da colonialidade, pela oralidade de matriz africana de suas lideranças (neste caso, com ênfase em Dona Ovídia Izabel de Sena). Sua docência contribui para fissurar os muros escolares, na permeabilidade e nas mútuas relações escola-comunidade, tão importantes na educação escolar quilombola. Pautada nos princípios da Pretagogia, a pesquisa contou, além da fala de Dona Ovídia, com a realização de vivências online, na forma rodas de conversa (como proposta de intervenção), com professoras da escola, tendo como objetivo repercutir a docência quilombola e ativar memórias ancestrais. Na circularidade da roda de conversa, as vivências foram momentos de compartrilhamento e de fortalecimento de práticas escolares que tenham como base a oralidade e os conhecimentos culturalmente construídos na vivência comunitária, constituindo-se assim como caminhos de enfrentamento da colonialidade na forma de uma educação antirracista e contextualizada.