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Dificuldades de alunos do ensino médio na produção textual
(Universidade do Estado da Bahia, 2012) Oliveira, Tamyres Costa Vieira; Montalvão, Valdívia Martins; Ramos, Ricardo Tupiniquim; Moraes, Edmilson de Senna; Brito, Rogério Soares
O objetivo do ensino de língua Portuguesa é preparar o aluno para a convivência com as múltiplas linguagens que circulam na sociedade e que se materializam em gêneros. No entanto, a prática pedagógica tradicional - balizada na gramática normativa - esquece-se que o domínio desta habilidade não é fruto da abordagem mecânica e ineficaz de estruturas gramaticais, mas da consolidação de um trabalho contextualizado que acontecerá por meio da viabilização de situações concretas em sala de aula, que envolvam os mais variados gêneros discursivos, a partir do estudo de suas condições de produção, recepção e veiculação na sociedade. Neste sentido, esta pesquisa procurou verificar quais motivações demandam as dificuldades de alunos do Ensino Médio durante o processo de produção textual, e o que pode ser feito, de acordo com os documentos oficiais que fundamentam esta etapa da educação básica e com as disposições teóricas de pesquisadores da Linguística Aplicada e Textual, para dirimi-las. Para tanto, procurou-se verificar se a prática pedagógica está condizente com as orientações presentes nestes documentos e na teoria disponível, com vistas a elencar possíveis estímulos que provocam tais dificuldades, pois se comunga, aqui, da premissa de que a prática docente influencia de maneira significativa o processo de ensino-aprendizagem e de que os gêneros discursivos são ferramentas privilegiadas para o alcance dos objetivos do Ensino de Língua Portuguesa.
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Ensino e aprendizagem da álgebra para alunos cegos: garimpando e analisando dissertações e teses nacionais no período de 2015 a 2018
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-05) Lima, Rodrigo Santos de; Baqueiro, Grace Dórea Santos; Silva, Maria Eliana Santana da cruz; Ferreira, Maridete Brito Cunha
Este estudo, de natureza bibliográfica e do tipo “estado da arte”, tem como objetivo investigar e analisar as contribuições de autores que desenvolveram dissertações nacionais, defendidas entre os anos de 2015 a 2018, sobre o tema “Desenvolvimento do pensamento algébrico de alunos cegos”. A escolha desse recorte temporal e temático se deu pela necessidade de compreender como o ensino de álgebra vem sendo trabalhado em produções acadêmicas voltadas para a inclusão de estudantes com deficiência visual, especialmente considerando os desafios impostos por conteúdos de natureza abstrata, como a álgebra. Por meio do mapeamento das produções acadêmicas, buscou-se responder à seguinte questão de pesquisa: qual é o potencial dos materiais didáticos manipuláveis, presentes nas pesquisas analisadas, para o desenvolvimento do pensamento algébrico de alunos cegos? Para isso, foi realizada uma busca no banco de teses e dissertações da CAPES, da qual resultou a seleção de (4) quatro trabalhos que compuseram o corpus da pesquisa. Todas as produções analisadas são dissertações de mestrado profissional. A análise do material foi orientada nas ideias teórica-metodológicas de Bardin, e pelos procedimentos metodológicos de Baqueiro. As dissertações selecionadas foram agrupadas em uma única categoria de análise: pesquisas que tratam do ensino de álgebra voltado para alunos cegos, com o uso de materiais táteis. Encerramos a análise com a seguinte inferência: que os materiais presentes nas dissertações analisadas são relevantes e possuem potencial para desenvolver o pensamento algébrico dos alunos cegos, desde que o professor que porventura queira aplicá-los, tenha essa intencionalidade, principalmente no que diz respeito à condição da analiticidade.
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Dos crimes de furto e roubo durante a pandemia: uma análise do município de Paulo Afonso (Bahia)
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-10) Menezes, Gibson de Sá; Menezes, Ivandro PInto de Menezes; Limeira, Carlos Henrique Alves; Ferreira, José Ivaldo de Brito
Com a proposta de recortar e analisar um quadro do Brasil durante a pandemia na questão da criminalidade, especificamente se houve aumento, traremos dados da cidade de Paulo Afonso, cidade da Bahia, que conta atualmente com uma população de 118.516 habitantes, conforme resultado do censo IBGE de 2022. A cidade de Paulo Afonso tem um referencial histórico importante para o sertão, assim como perante as realidades do processo de desenvolvimento econômico da região em virtude de suas usinas hidrelétrica, contudo, dentro do período pandêmico sofreu com as mais variadas situações, assim como as demais cidades brasileira, com os furtos e roubos. Tendo como objetivo identificar se houve aumento ou diminuição dos Crimes Contra a Patrimônio na cidade de Paulo Afonso durante a pandemia, o estudo metodológico deste trabalho está na realidade de campo e de referencias para melhor embasar os dados obtidos no SINESP, que é o sistema nacional de informação de referências da justiça. Concluindo que o estudo é essencial para compreender o comportamento populacional dentro de realidade que vai além do programado, de extrema complexidade em saúde pública em que pessoas usaram de má fé para prejudicar outras com furto e roubos.
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Escolarização da população negra e a legislação brasileira: dificuldades, acesso e permanência
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-29) Santana, Rita de Cássia Lopes de; Cardoso, Claudia Pons; Silva , Antônio Cosme Lima da; Carvalho, Silvio Roberto S.
Este estudo analisa criticamente os desafios históricos e legislativos na educação da população negra no Brasil e busca avaliar os obstáculos à permanência, como o racismo no ambiente escolar, a carência de representatividade nos currículos e os fatores socioeconômicos que contribuem para a evasão. O objetivo central é avaliar as contribuições das Leis de Diretrizes e Bases (LDB) 5692/71 e 9394/96 para o avanço dessa escolarização, partindo da trajetória pessoal da autora, marcada pelo racismo e por barreiras socioeconômicas, para analisar as raízes elitistas e eurocêntricas da educação no país. Debatemos como a estrutura educacional foi historicamente construída para excluir a população negra e que as primeiras reformas, incluindo a LDB de 1961, não alteraram esse cenário de desigualdade, mantendo os privilégios das elites brancas e abastadas. Os pontos centrais são o papel dos movimentos sociais negros, cuja luta resultou em conquistas como a Lei 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira; e a importância da Educação Quilombola, que desenvolve currículos baseados nos valores e interesses das comunidades negras. Portanto, apesar dos avanços legais, as desigualdades educacionais persistem. Por conta disso, reforçamos a necessidade de ampliar políticas públicas eficazes para garantir o acesso e a permanência com equidade, sublinhando a resistência histórica da população negra contra um projeto de exclusão educacional e social.
Palavras-chave: Educação e Relações Étnico-Raciais; Legislação Educacional; Racismo e Desigualdade Educacional; Movimentos Negros.
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Os becos da memória viva: o trauma da diáspora e a solidão-ridade na “escrevivência” evaristiana.
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-02-26) Cabral, Jânie Carla Martins Almeida; Prazeres, Lílian Lima Gonçalves dos; Nascimento, Juciene Silva de Sousa; Almeida, Liz Maria Teles de Sá
O estudo fundamenta-se na análise do romance ficcional Becos da Memória (2018) da escritora negro-brasileira, Conceição Evaristo, explorando categorias como memória, solidão-ridade e “escrevivência”, com ênfase especial nas personagens femininas, Maria-Nova, Maria-Velha e Vó-Rita. Este estudo propõe como objetivo geral, analisar as narrativas memorialísticas individuais e coletivas, inseridas em um contexto sociocultural de trauma da diáspora e de solidão-ridade de mulheres negras na “escrevivência” evaristiana. Traz como objetivos específicos, apresentar a “escrevivência” como mote da narrativa em Becos da memória e como ferramenta de contribuição para o resgate histórico do negro e negra brasileiros, como conceito na busca do combate ao epistemicídio em uma perspectiva antirracista e de resistência; descrever a biografia de Conceição Evaristo alinhavando os fios da narrativa em sua autobiografia, evidenciando o romance memorialista Becos da memória; analisar as vozes que ecoam na favela inominada, através da junção da categoria memória e o discurso do lembrar, reverberando as vozes das personagens negras, que precisam “seguir segurando a vida”; evidenciar o trauma da dispersão e a solidão, apresentando a solidão-ridade como atenuante das dores e cesuras na narrativa de Conceição, como manifestações individuais e coletivas à comunidade diaspórica. O problema da pesquisa questiona: Como se estabelecem as narrativas memorialísticas individuais e coletivas, a partir da “escrevivência” evaristiana em Becos da memória, sob a influência do trauma da diáspora e da solidão-ridade na ambiência de um desfavelamento? No que se refere à metodologia, a pesquisa é bibliográfica, exploratória e de natureza qualitativa. Fundamenta-se na análise como Prática Social (Foucault, 2008), cujo método é o dedutivo. Traz uma escrita traçada sob o olhar de uma autora negra, protagonista da sua história, Conceição Evaristo, e a visão de uma mulher negra jovem, protagonista do romance, Maria-Nova, acerca das narrativas sobrepostas ocorridas em uma favela, tornando-a um espaço discursivo memorialístico. O estudo traz relatos de experiências diversas dos moradores da favela, transcritos através do discurso do lembrar, dimanando atos de resistência e questões sociorraciais e políticas. Discute como a “escrevivência” evaristiana permeia as suas memórias individuais, urbanas e coletivas. Apresenta nuances dicotômicas, que ora trazem aspectos relacionados à tradição, ora tecem escritos atemporais, em que os movimentos diaspóricos se entrecruzam com outras epistemologias (saberes próprios). O aporte teórico que fundamenta o estudo ancora-se no decolonialismo, na literatura negro-brasileira, “escrevivência” e estudos culturais, sustentada por autores como Quijano (2020), Cuti (2000), Seligmann-Silva (2003), Heidegger (2007), Halbwachs (2013), Silva, Saunders e Ohmer (2021). As análises realizadas revelaram que a autora por meio da memória ancestral e as experiências relacionadas ao trauma da diáspora, fortalece a identidade das mulheres negras unindo-as na solidão-ridade. Mesmo diante de relatos de cesuras, solidão e lutas, elas reverberam a sua re(existência), apresentando o protagonismo negro em suas trajetórias de vida, dando relevância à ancestralidade e à territorialidade. Por vezes, são invisibilizadas e estigmatizadas pelo racismo estrutural, que remonta aos traumas da dispersão e às marcas ancestrais. Entretanto, a "escrevivência" evaristiana prima por visibilizar a mulher negra em uma ótica de resistência, através da memória individual, urbana e coletiva.