A Cidade que não Habita em mim! Diversas Ruralidades, Múltiplas Territorialidades e Narrativas de Alunos da Roça sobre a Cidade

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2018-12-17
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Resumo

Esta pesquisa, articulando conhecimentos das áreas de Educação, Geografia, Sociologia e Filosofia, objetivou compreender leituras dos alunos da roça sobre a cidade de Castro Alves, sede do município localizado no Território de Identidade do Recôncavo da Bahia/Brasil. O lócus da pesquisa foi o Colégio Estadual do Campo Polivalente de Castro Alves, lugar de convergência dos alunos rurais para realizar o Ensino Médio. A investigação ao valorizar e apreender as diferentes leituras que estes estudantes fazem de si, da roça, da cidade e do mundo, revela a Geografia ausente/invisibilizada nas salas de aula, mas constitutiva da vida e do cotidiano de cada um desses sujeitos, que vivenciam diversas ruralidades e múltiplas territorialidades. O estudo vincula-se ao projeto de pesquisa e inovação educacional Multisseriação e trabalho docente: diferenças, cotidiano escolar e ritos de passagem (GRAFHO/UNEB), validou a relevância da cartografia pessoal: mapas interiores preenchidos com as referências, signos, relações, experiências, histórias e percursos construídos pelo sujeito ao longo de sua trajetória no/com o espaço vivido e/ou experienciado. Do ponto de vista epistêmico-metodológico, a investigação configura-se como uma pesquisa qualitativa, através da adoção de princípios da abordagem (auto)biográfica, com ênfase nas narrativas de nove alunos da roça construídas através de três dispositivos de pesquisa: fotografias da cidade, grupos de discussão e entrevistas narrativas individuais. A partir dos temas, trajetórias e experiências que emergiram das narrativas orais, escritas e imagéticas dos nove colaboradores, foi possível realizar uma análise interpretativa-compreensiva das outras leituras que os alunos, marcados pelos ritos de passagem, constroem sobre a roça e a cidade: as espacialidades e territorialidades produzidas no contexto rural e urbano; as inter-relações entre habitar e ser habitado pelo lugar; as referências, marcas e itinerários criados para circular e se orientar nos espaços estranhos; a produção do não lugar na contemporaneidade, além da relevância da formação para a leitura geográfica da cidade. A pesquisa conclui que é importante uma atenção maior e escuta especial em relação ao que vivem e dizem os alunos da roça sobre experiências com os ritos de passagem rural/urbano, pois, conhecendo e respeitando as distintas formas de se ler a cidade, é possível a construção, na sala de aula e no cotidiano, de novas aprendizagens, reflexões, complexidades e, principalmente, outras Geografias. Palavras-chave: Alunos da roça, Cidade, Narrativas (auto)biográficas, Ruralidades, Territorialidades.


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Palavras-chave
Alunos da Roça, Narrativas (auto)biográficas, Ruralidades, Territorialidades
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