Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Estudos Territoriais (PROET)

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    Caminho da fé ou caminho do povo? :Ordenamento territorial na Península de Itapagipe – Salvador/BA
    (Universidade do Estado da Bahia, 2023-07-31) Amorim, Jaqueline Lima; Baitz, Ednice de Oliveira Fontes; Castro, Janio Roque Barros de; Camboim, Silvana Philippi
    O ordenamento territorial busca, captar os grandes padrões de ocupação, as formas predominantes de valorização do espaço, os eixos de inserção do povoamento e das inovações técnicas e econômicas e a direção prioritária dos fluxos demográficos e de produto, visando estabelecer um diagnóstico geográfico do território, indicando tendências e aferindo demandas e potencialidades, de modo a articular as políticas públicas setoriais, com vista a realizar os objetivos estratégicos do governo. Porém, este vem sendo pensado em Salvador para fornecer discursos técnicos para intervenção governamental, orientando-se efetivamente para uma modernização excludente da cidade onde os planos de desenvolvimento urbano se sucederam, como em outras capitais brasileiras, favorecendo múltiplos interesses econômicos. Nesse contexto, o capital imobiliário vem adquirindo um novo poder e protagonismo sobre o desenvolvimento da cidade, acentuado pela sua maior capacidade de intervenção no espaço urbano e pelo grau de liberdade do qual passou a desfrutar a partir do “empreendedorismo urbano”. Essa liberdade para a atuação do mercado imobiliário atingiu de forma mais direta e imediata alguns territórios como a Península de Itapagipe, que passou a despertar a cobiça do capital imobiliário por sua localização nas bordas da Baía de Todos os Santos. Diante desse novo padrão de governança sobre a cidade de Salvador, que parece estar sendo aplicado à risca na Península de Itapagipe, fica a seguinte indagação: Quais são os impactos das políticas públicas no planejamento urbano na Península de Itapagipe de 2000 a 2020? Por essas razões, esta pesquisa tem como objetivo a análise do processo de planejamento urbano e o ordenamento territorial na Península de Itapagipe – Salvador/BA entre 2000 e 2020 por meio dos planos e projetos urbanísticos, indicando os seus possíveis impactos territoriais para a população local. Esta pesquisa é documental, mas utiliza técnicas de cunho quantitativo e qualitativo para alcançar seus resultados. Uma técnica importante para a presente análise é a pesquisa bibliográfica sobre a Península de Itapagipe, seu desenvolvimento social e histórico, e sobre os sucessivos planos e políticas urbanas definidas pela Prefeitura de Salvador entre 2000 e 2020 para a área. Entre estas fontes encontram-se a imprensa soteropolitana, livros e artigos sobre a História de Salvador e da Península de Itapagipe. A caracterização socioeconômica da área exigiu o levantamento de dados demográficos, sociais e econômicos junto a órgãos públicos. A identificação dos proponentes, financiadores e beneficiários dos projetos e planos urbanísticos estabelecidos para a Península de Itapagipe exigiu também um mapeamento da sociedade civil local, por meio de análise de notícias. A análise dos impactos territoriais do ordenamento territorial da Península de Itapagipe foi objetivado por meio da criação de uma metodologia para Avaliação de Impacto Territorial para a realidade brasileira, aplicada no Projeto Caminho da Fé, o qual foi criado em homenagem a Irmã Dulce, santa brasileira cuja a história está ligado ao território itapagipano. Este estudo possibilitou a criação de uma metodologia de Avaliação de Impacto Territorial a qual tornou possível a identificação dos impactos territoriais do empresariamento urbano aplicado pelo poder local de Salvador no ordenamento territorial da Península de Itapagipe, sendo estes o impacto na infraestrutura e na economia do turismo, e os resultados desta pesquisa estão disponibilizados em um dashboard.
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    Biogeografia em sala de aula: práticas e narrativas docentes
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-19) Moreira, Andréa dos Santos; Franco, Gustavo Barreto; Portugal, Jussara Fraga; Matos, Mara Rojane Barros de; Amorim, Raul Reis
    Esta pesquisa intitulada “Biogeografia em sala de aula: práticas e narrativas docentes” apresenta como foco de abordagem a análise e interpretação das narrativas sobre o saber-fazer de seis professoras (três licenciadas em Biologia e três em Geografia) de escolas públicas da rede estadual, localizadas na cidade de Feira de Santana (BA), como estas abordam em suas práticas de ensino os conceitos, conteúdos e temas ligados à Biogeografia. Trata-se de uma investigação ancorada na abordagem qualitativa na perspectiva da pesquisa narrativa, cujo dispositivo de recolha de dados (fonte) foi a entrevista narrativa. A questão norteadora foi: como os conteúdos, conceitos e temas que transversalizam a abordagem da Biogeografia reverberam no saber-fazer de professores que praticam à docência em três escolas vinculadas à rede pública estadual na cidade de Feira de Santana (BA). Os objetivos que demarcaram o processo de investigação foram: conhecer as trajetórias de formação e atuação profissional das professoras de Biologia e de Geografia que atuam em escolas públicas estaduais de Ensino Médio na cidade de Feira de Santana; descrever as estratégias metodológicas elaboradas e/ou utilizadas pelas professoras no seu fazer pedagógico, na abordagem de conteúdos, conceitos e temas vinculados à Biogeografia; cotejar, por meio da análise e interpretação das narrativas, as práticas de ensino de professoras de Biologia e de Geografia referentes à abordagem dos conteúdos, conceitos e temas da Biogeografia. Ao narrar sobre a trajetória de formação-profissão, as professoras colaboradoras da pesquisa sinalizaram que as experiências de vida-formação-profissão e suas dimensões reverberam no seu saberfazer-docente. As metodologias citadas são resultantes das experiências construídas no cotidiano da sala de aula.
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    Integridade ecológica da Bacia do Rio Bu- Litoral Norte - Bahia: subsídio para conservação da espécie preguiça-de-coleira (Bradypus Torquatus Illiger, 1811)
    (Universidade do Estado da Bahia, 2023-09-08) Nunes Neta, Maria Marques; Matos, Mara Rojane Barros de; Franco, Gustavo Barreto; Jesus, Edilma Nunes de
    Atualmente, a conversão de terras em ecossistemas agrícolas representa 80% do desmatamento global, sendo a principal causa da atual taxa de perda de biodiversidade. Essa conversão resulta na perda e fragmentação de habitats, que são os principais impulsionadores da crise global de biodiversidade. Na Bahia, os remanescentes de Mata Atlântica encontram-se atualmente reduzidos a apenas 6% da cobertura original. Dentre os remanescentes florestais, destaca-se a Mata do Bu como o remanescente mais importante do Litoral Norte da Bahia. No litoral norte baiano, intensas alterações ambientais, fragmentação e perda de habitats, vem ocorrendo após a construção da rodovia Linha Verde – BA 099 em 1970. Objetivando avaliar o cenário atual da bacia do rio Bu no Litoral Norte da Bahia, propõe-se quantificar o grau da fragmentação da paisagem, principalmente as áreas de habitats da espécie Bradypus torquatus (preguiça-de-coleira). Buscar-se-á identificar as áreas prioritárias para conservação e subsidiar restauração ecológica. Esta dissertação está dividida em três capítulos. O primeiro capítulo, aborda os aspectos ambientais da Bacia hidrográfica do Rio Bu, com apresentação de dados espaciais e mapas temáticos da caracterização da geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e unidades de conservação. Caracterização ambiental fundamental para compreensão dos capítulos posteriores como as formas de uso e ocupação da terra e quantificação dos remanescentes florestais na área de estudo. O segundo capítulo, apresenta uma análise espaço-temporal no uso e cobertura da terra da bacia do rio Bu, em um período de 31 anos (1990 a 2021). As análises demonstram que há perda de área florestal equivalente a 5.700,78 hectares no período de 31 anos. Esta tipologia foi substituída em maior parte por Silvicultura, Pastagem e Mosaicos de Uso. O terceiro capítulo, traz uma análise quantitativa dos remanescentes florestais existentes na Bacia do rio Bu, com uso de métricas da paisagem calculadas pelo software “Fragstat”. Os índices de borda, forma, conectividade e área da paisagem são relacionadas as possíveis implicações na biodiversidade e na espécie-alvo Bradypus torquatus. A paisagem local mostra perda e descontinuidade de habitat florestal, demonstrando a degradação da sua integridade ecológica, implicando na sobrevivência da preguiça-de-coleira. Porém ainda há fragmentos grandes que mesmo possuindo formas irregulares e valores maiores de índices de forma, possuem a maior área core dentre os fragmentos da paisagem, favorecendo as espécies de interior da mata, como a espécie preguiça-de-coleira. Ressalta-se que se deve priorizar para restauração àqueles remanescentes pequenos que ainda não se encontram dentro de áreas protegidas e estão vulneráveis a perda total de habitat. E quanto aos grandes remanescentes, deve-se fortalecer as políticas de conservação que já existem.
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    Comunidades quilombolas do Vale do Iguape, Bahia: histórico de uso, manejo e qualidade dos solos pelo habitar quilombola
    (Universidade do Estado da Bahia, 2023-09-04) Santos, Daiane Cristina Maltez dos; Oliveira , Rozilda Vieira; Lima, Genilda de Souza; Souza, Sirius Oliveira
    A qualidade dos solos foi um fator decisivo para implantação do projeto de ocupação portuguesa na região recôncava da Kirimurê e permitiu sua exploração por cerca de trezentos anos sem registros de adoção de práticas de conservação dos solos. Após mais de 500 anos de exploração e ocupação desconsiderando os usos tradicionais e mesmo com a delimitação de áreas protegidas, a diversidade biológica associada aos remanescentes de Mata Atlântica, manguezais, restingas e áreas úmidas, ainda se encontra sob a ameaça do capital do modo habitar colonial. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar o uso, manejo e qualidade do solo nas comunidades da RESEX Marinha da Baía do Iguape, sob a perspectiva quilombola. Para realização do estudo foi realizada pesquisa bibliográfica e documental, além de visitas dialogadas, a partir de perguntas orientadoras durante a coleta de amostras de solo. As amostras foram coletadas na profundidade de 0 a 20cm e analisadas em laboratório para aferição dos atributos físicos e químicos. Os resultados demonstraram que os solos conservam boa reserva química para produção agrícola, porém com desequilíbrios nas relações entre alguns elementos, mesmo em agroecossistemas sob manejo em transição agroecológica. O cruzamento entre os dados demonstrou que o manejo e conservação do solo está sob ameaça do racismo ambiental pelo impacto de atividades potencialmente poluidoras agravado pela falta de regularização fundiária das comunidades quilombolas. Os remanescentes de ombrófila da Bacia do Paraguaçu estão nas áreas das comunidades quilombolas, portanto garantir o território das comunidades quilombolas no Vale do Iguape é garantir sua conservação ambiental com integração entre as políticas públicas dos espaços protegidos.
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    Universidade aberta à terceira idade em Serrinha – BA: narrativas (auto)biográficas e territorialidades
    (Universidade do Estado da Bahia, 2023-06-20) Nunes, Fernando de Souza; Santos, Simone Ribeiro; Pereira, Áurea da Silva; Copatti, Carina
    Este trabalho tem como objeto de estudo as territorialidades presentes nos modos de vida das estudantes idosas, cujo lócus de investigação é a Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI), vinculada à Universidade do Estado da Bahia (UNEB), presente nos Campi da instituição, em especial, no Campus XI - Serrinha, tendo como problemática a seguinte questão: Quais territorialidades emergem das narrativas (auto)biográficas das estudantes da Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI) do Departamento de Educação (DEDC) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus XI/Serrinha? Em questões secundárias: a) O que é a UATI e quem são as idosas que frequentam o programa? b) Quais histórias narram as estudantes da UATI do DEDC/UNEB/Campus XI? c) Quais territorialidades são praticadas pelas estudantes da UATI que as caracterizam como sujeitos que vivem na região do sisal da Bahia? d) De que maneira as narrativas (auto)biográficas permitem compreender as territorialidades praticadas pelas estudantes da UATI em Serrinha? Objetiva-se analisar, através das narrativas (auto)biográficas, quais são e como são construídas as territorialidades das estudantes da UATI do Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia. Os objetivos específicos deste estudo são: a) apresentar a UATI da UNEB de Serrinha como um importante programa formativo para estudantes idosas; b) identificar as territorialidades praticadas pelas estudantes da UATI que emergem das narrativas (auto)biográficas; c) identificar as territorialidades praticadas pelas estudantes do UATI; d) caracterizar as expressões identitárias das idosas, presentes nas narrativas das estudantes da UATI/UNEB de Serrinha que vivem na região do sisal da Bahia. Trata-se, portanto, de um trabalho decorrente de uma pesquisa qualitativa, ancorada no método (auto)biográfico, cujos instrumentos de recolha de dados e informações foram o questionário socioeconômico e a entrevista narrativa gravada, realizada com seis mulheres idosas que são estudantes da UATI em Serrinha-BA. As análises feitas a partir deste trabalho sobre a UATI possibilitou investigar as múltiplas temáticas que envolvem as territorialidades e as narrativas (auto)biográficas de seis mulheres idosas, cujo enredo poderá indicar contribuições para as políticas públicas voltadas à valorização e defesa da pessoa idosa, pois este estudo possui relevância social e acadêmica ao contribuir para o debate sobre a condição da pessoa idosa a partir da valorização dos saberes, experiências de vida e vivências por meio das narrativas (auto)biográficas das alunas da UATI de Serrinha-BA.