Campus IV - Departamento de Ciências Humanas (DCH) - Jacobina
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Navegando Campus IV - Departamento de Ciências Humanas (DCH) - Jacobina por Tipo de documento "info:eu-repo/semantics/doctoralThesis"
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- ItemA Aula Universitária Figurações das Coreografias de Ensino(2012-12-15) BARBOZA, Maria das Graças Auxiliadora FidelisEste estudo foi delineado a partir de três dimensões relacionáveis que estruturam o campo da educação e são estruturadas por ele: a pedagogia universitária, a docência universitária e a aula universitária. A aula foi assumida como interesse investigativo, metaforizada como coreografia de ensino. O objetivo geral foi compreender a aula/coreografia de ensino, os modos como é produzida e interpretada pelos docentes universitários e o contexto/circunstâncias em que ela se desenvolve. A metodologia foi construída na perspectiva qualitativa com observação direta de situações de aula e entrevistas semidiretivas. Participaram oito docentes de uma Universidade privada brasileira. Os resultados demonstraram que a dinâmica da aula coreografada envolve: sequências didáticas, ritmos e temporalidades, corporeidade, gestos, modos de ação e interações pedagógicas que variam conforme as relações interativas, a intencionalidade e o contexto; os modos de ensinar, de ser e estar na sala de aula e a performance de aprendizagem do estudante. O estudo é também uma via para a compreensão da docência como construção que congrega as estruturas visíveis e a dimensão não visível (ressignificação da sala de aula e da docência). Conclui-se que a aula universitária é um acontecimento e, como tal, não pode ser pensada num enquadramento previsível e padronizado, aplicável em contextos diversos, devendo ser entendida no seu sentido plural, de “aulas”. A docência universitária é feita de rupturas, continuidades e contradição entre discurso e prática, e, embora o docente deseje uma coreografia centrada na aprendizagem do estudante, na prática predomina a coreografia centrada no ensino. Apesar das controvérsias existentes no campo pedagógico, atravessado por diferentes crenças e valores, a docência lida com desafios que a estão reconfigurando ou ressignificando. Consideramos a aula e a docência como um fenômeno que tem natureza coletiva e de alta complexidade, sendo vivido socialmente, não podendo, portanto, ser simplificado.
- ItemEducação carcerária: (des)encantos, (des)crenças e os (des)velamentos de leitura no cárcere, entre ditos, silêncios e subentendidos(2007-12-20) SILVA, Ana Lúcia Gomes daEducação carcerária é o tema central desta pesquisa, considerada como ato educativo informal, praticado no cotidiano do cárcere marcado pela intencionalidade em cada habilidade, modos de agir, astúcias e estratégias organizadas, com finalidades próprias e apropriadas, que influenciam e formam outros sujeitos. Objetivamos discutir as práticas educativas que se dão no cotidiano do cárcere e seus efeitos de sentido para os que nele se inserem, além de buscar compreender a tríade presente nas relações de poder: o saber, o discurso e as estratégias do dizer sobre a prisão e seus efeitos. A pesquisa teve como lócus a 16ª Delegacia Circunscricional de Jacobina/BA. O horizonte metodológico adotado foi o etnográfico, tendo como fundantes os estudos da Antropologia, utilizando como instrumentos de construção dos dados entrevistas abertas e/ou aprofundadas, as histórias orais de vida, o memorial, a observação participante, buscando apreender o máximo possível do cotidiano do cárcere e seus efeitos de sentido sobre os sujeitos da pesquisa. Para realizar a análise dos dados, utilizamos a Análise do Discurso (AD). Os resultados apontam a dimensão das (des)crenças, (des)encantos e (des)educação que marcam, de forma contundente, cada ser humano que experiencia o cotidiano do cárcere nos seus movediços caminhos. Por outro lado, os memoriais, relatos e narrativas, vão (des)velando outras nuances e aspectos do ser humano como ser que está em constante formação, em contraponto com os discursos oficiais que nos (des)velam, a partir de outros pontos de vista, o cotidiano do cárcere. As narrativas dos encarcerados desvelaram as práticas reais do cárcere e seu caráter educativo e promotor de (des)crenças, (des)educação, sofisticação das regras de poder, de organização que reproduz a violência, amedronta e os faz mais e mais marginais. Conclusivamente, o trabalho traz a cartografia das práticas educativas no cárcere, seus efeitos sobre os encarcerados e seus familiares, (des)vela (des)crenças, (des)esperanças, sinaliza possibilidades reeducativas e socializadoras dos encarcerados pós-presídio e indica que a educação em espaços de aprendizagem como o cárcere, seria promotora de significativas mudanças, considerando que os seres humanos que vivenciam processos educativos de toda ordem podem (res)significar suas atitudes e transformar suas vidas.
- ItemFalando em imagens! O processo de produção de sentido sócio-pedagógico no uso do texto imagético-verbal em atividades de ensino da língua portuguesa(2004-10-10) GOMES, Antenor RitaEste trabalho resulta de uma pesquisa sobre os processos pedagógicos de produção de sentido dos textos imagético-verbais (charges, tiras, quadrinhos, e outros similares) em atividades de ensino da Língua Portuguesa. Inicia-se por enfatizar a linguagem imagética-verbal como sendo híbrida, de natureza distinta da linguagem imagética e da linguagem verbal, separadamente, ou da simples junção delas. Considera a natureza social dos textos imagético-verbais, o gradativo aumento desses textos em práticas e materiais escolares e a perspectiva tecnicista/utilitarista que norteia as poucas produções sobre o tema. Para a realização da pesquisa foi considerada a premissa de que os textos imagético-verbais, em função da sua especificidade lingüística, guardam dobras potencializadoras de sentido que possibilitam os professores teóricos e ideologicamente orientados, transitarem da materialidade lingüística e textual para o significado pedagógico e social do texto, possibilitando a reflexão em torno de temas e interesses da sociedade contemporânea. Assim sendo, o trabalho de pesquisa se desenvolveu por meio da observação participante de um grupo de professores de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental de escolas públicas da DIREC 16 (Diretoria Regional de Ensino), participantes de um Curso de Extensão Universitária desenvolvido na Universidade do Estado da Bahia – UNEB (Cidade de Jacobina), sobre os sentidos dos textos imagético-verbais e o seu uso em sala de aula. Dessa vivência origina-se o corpus da análise, que se constitui de 37 (trinta e sete) textos imagético-verbais e suas respectivas propostas de atividades didáticas, extraídos de 03 (três) manuais didáticos (coleções de 5ª a 8ª Série) de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental, 04 (quatro) projetos de leitura envolvendo o texto imagético-verbal, elaborados pelos professores participantes do curso, depoimentos e entrevistas. O tratamento dos dados e a escrita do texto se deram numa perspectiva etnográfica de base interpretativa.
- ItemReforma curricular em geografia na Universidade do Estado da Bahia: construção social e o papel dos sujeitos em uma teia de significações entre o pensado e o possível(2017-08-04) NUNES, Marcone Denys dos Reis; STRAFORINI, Rafael; AMORIM, Raul Reis; ROSA, Maria Ines Petrucci Rosa; ASCENÇÃO,Valeria de Olveira Roque; GIROTTO, Eduardo DonizetiA discussão ora exposta, propõe uma reflexão de aspectos relevantes da teoria curricular, traçando um paralelo entre o currículo prescrito e o currículo vivenciado nas práticas cotidianas pedagógicas desses profissionais, superando a ideia de uma hegemonia curricular formal em detrimento das práticas pedagógicas cotidianas vivenciadas nos espaços escolares e fora deles como sujeitos produtores de sentidos, compreendendo que a produção dos currículos formais e a vivência do currículo são processos cotidianos de produção cultural, que envolvem relações de poder tanto em nível macro quanto micro. Trazemos como questão de pesquisa: quais sentidos discursivos de conhecimento escolar estão em disputas nos movimentos de permanências e mudanças curriculares do curso de Licenciatura em Geografia na Universidade do Estado da Bahia/Campus IV-Jacobina? Os discursos evidenciados trazem elementos que denotam a necessidade de relacionarmos as práticas curriculares, a fluidez do currículo como artefato social, a partir das discussões acerca dos padrões de estabilidade e padrões de mudança, a partir do conjunto de ações que sustentam o currículo. Compreender esta lógica, mesmo que não saibamos de imediato ou com total clareza com quais propósitos e intencionalidades elas se manifestam, torna-se fundamental a fim de identificarmos os elementos pelos quais, dentro da teoria curricular, trazem reflexos e influenciam na estrutura do conhecimento escolar e na formação dos profissionais de educação, no nosso caso, os profissionais da Geografia. Buscaremos, a partir destas questões chave explicitadas relacioná-las com o processo de reforma curricular da UNEB, à maneira como este currículo formal foi implementado, sendo os sujeitos envolvidos neste processo, os docentes do referido curso e como se dão as relações de poder, conflitos ideológicos, processos de (re)significação do conhecimento, estabilidades e mudanças do currículo em questão. Portanto, pensaremos as questões curriculares a partir do entendimento do currículo como uma construção social, uma teia de significados pautada nas questões sociais na construção do conhecimento escolar. Numa perspectiva do currículo enquanto agente político, ideológico e cultural, entrelaçado e transformado/construído cotidianamente através dos discursos, das relações de poder, superando a dicotomia, do embate surgido entre currículo prescrito e vivido, através do reconhecimento espaço-tempo como elemento central no crescimento dos estudos culturais acerca do currículo, destacando as influências dos estudos curriculares na formação dos profissionais de Geografia, a partir da reforma curricular na Universidade do Estado da Bahia ocorrida na primeira década deste século.