Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Educação e Diversidade (MPED)
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Educação e Diversidade (MPED) por Orientador "Silva, Zuleide Paiva da"
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- ItemEscrevivências de professoras-negras-lésbicas: práticas educativas e produções de intelectualidades(2022-03-03) Santos, Gersier Ribeiro dos; Silva, Zuleide Paiva da; Oliveira, Iris Verena Santos; Barbosa, Licia Maria de Lima; Souza, Simone BrandaoEssa pesquisa tem o intuito primário de discorrer sobre Escrevivências e experiências docentes de professoras-negras-lésbicas na Universidade e na Educação Básica, sobre suas inferências e ações no campo acadêmico intelectual e produtor de saber. Parto do reconhecimento da importância que essas mulheres representam na configuração da institucionalização de práticas educativas que primam pelo compromisso do respeito às diferenças. O objetivo geral é compreender como se dão as trajetórias pessoais e as experiências de práticas pedagógicas e políticas de professoras-negras-lésbicas no âmbito acadêmico e na Educação Básica. Para os objetivos específicos tenho as seguintes proposições: a) interpretar como o intercruzamento de raça, gênero e sexualidade interfere nas relações estabelecidas por professoras-negras-lésbicas no espaço acadêmico profissional e na educação básica; b) perceber como suas práticas pedagógicas e experiências docentes se constituem enquanto relevância institucional; c) entender como as relações de trocas, afetações, sentimentos de pertença e solidariedade são estabelecidos entre essas mulheres no ambiente profissional. O amparo teórico consolidado nessa pesquisa para tratar de mulheres-negras-lésbicas foi firmado nos ensinamentos de Audre Lorde, (2020), como também na compreensão política de Glória Anzaldúa (2000). Aparenta como proposta de intervenção a constituição de um livro, esse que será fruto das narrativas apresentadas e analisadas nesta pesquisa. O estudo teve o amparo epistêmico da decolonialidade, utiliza as escrevivências como método de pesquisa e tem como instrumento as entrevistas narrativas. Os resultados apresentados apontam que as trajetórias educacionais das interlocutoras foram marcadas por episódios de racismo e lesbofobia, também foi possível perceber que diante das opressões do ambiente escolar, o mecanismo de proteção em relação à sexualidade ainda é usado pelas professoras-negras-lésbicas em formação, como também fica evidente que a presenças dessas mulheres na educação básica pode representar nos seus estudantes sentimento de pertença e acolhimento. Também foi possível notar como as professoras-negras-lésbicas desenvolvem no ambiente acadêmico um movimento de solidariedade diante das dificuldades enfrentadas por estudantes que se identificam com o corpo e com a forma de ser, suas práticas pedagógicas também refletem um posicionamento político e ativista.
- ItemImagensnarrativas das práticas pedagógicas em perspectiva de gênero: tessituras cotidianistas(2020-09-16) Carvalho, Graciele Mendes; Silva, Zuleide Paiva da; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Souza, Milena Cristina Aragão Ribeiro deLocalizada no campo dos estudos feministas de gênero, esta pesquisa tem o propósito de compreender como as práticas pedagógicas referentes às questões de gênero são produzidas nos/com os cotidianos da educação infantil. Para tanto, foi produzido um estudo cartográfico com educadoras de uma instituição de educação infantil localizada no município de Olindina/BA. O mergulho nos/com os cotidianos foi inspirado pelos objetivos específicos: a) refletir os saberesfazeres sobre gênero; b) identificar fios do dentrofora escolar que participam das produções das práticas pedagógicas; c) mapear as invenções e/ou reproduções das práticas pedagógicas referentes às questões de gênero e, d) produzir projeto de intervenção visando (re) criar práticas pedagógicas em perspectiva de gênero. Com abertura aos aconteceres cotidianos, “bebendo de todas as fontes”, “virando de ponta cabeça”, “narrando a vida e literatizando à ciência”, as imagensnarrativas produzidas foram cartografadas a partir dos dispositivos Ateliê de Pesquisa e Diário de Campo, sendo compartilhadas àquelas que se caracterizam como rastros das práticas pedagógicas referentes às questões de gênero. Devido à impossibilidade de cartografar a totalidade das produções nos/com os cotidianos e como as imagensnarrativas são ficcionais e não uma representação de uma “realidade”, as compreensões tecidas se caracterizam como um mapa aberto. As conexões ficcionais evidenciam que as práticas pedagógicas são produzidas por muitos fios que se embaraçam, onde tramas são formadas e desatadas em um movimento complexo. Mesmo havendo produção de práticas pedagógicas que intentam a constituição de uma base sólida para controle dos corpos infantis em torno das padronizações de gênero, a aprendizagemensino com as crianças e outros aconteceres cotidianos possibilitam deslocamentos que criam outro (s) território (s). A partir das conexões ficcionais e anseios do coletivo a prepositiva de (re) invenção “Ateliê de leitura nos/dos/com os cotidianos da educação infantil”, intenta a construção de um espaço dinâmico para germinação de olhares em perspectiva de gênero e de caminhos que se deslocam para uma educação mais igualitária para as crianças da educação infantil.
- ItemPolíticas intersetoriais e interseccionais de enfrentamento à violência contra mulher e escolas públicas do município de Biritinga-BA: Redes e reexistências(2021-12-10) Araújo, Sandra Santos de; Silva, Zuleide Paiva da; Pinho, Maria José Souza; Cardoso, Claudia Pons; Albano, Denise Leal FontesAo longo dos séculos, temos observado o desenvolvimento de vários âmbitos da sociedade – ciência, tecnologia etc. – que, de alguma forma, influenciam no modo como nos relacionamos uns com os outros; apesar desse desenvolvimento, e supostas conquistas de liberdade e direitos das mulheres, destacamos que a relação entre o feminino e o masculino segue, muitas vezes, de forma conflituosa, dados os casos de violência sofrida por elas, desde seu silenciamento até formas mais graves de agressão e morte. Nesse contexto, a escola, em nossos tempos, é considerada um espaço privilegiado de conhecimentos para a promoção dos direitos humanos, com importante papel no enfrentamento a todo tipo de discriminações e preconceitos. Desse modo, o objetivo geral desta pesquisa é compreender as interfaces entre as políticas intersetoriais de enfrentamento à violência contra a mulher e as escolas públicas do município de Biritinga-Ba. A fim de atingir o objetivo principal, traçamos alguns objetivos secundários: a) entender como as ações oriundas de políticas intersetoriais de enfrentamento à violência contra a mulher emergem nas construções discursivas das(os) participantes da pesquisa, e como suas concepções se materializam em suas palavras, uma vez que elas(es) estão situadas(os) em postos que exigem uma postura de enfrentamento e combate à violência de gênero, uma postura que considere os direitos das mulheres; b) compreender como as perspectivas de gênero que atravessam as políticas intersetoriais de enfrentamento à violência contra a mulher são entrelaçadas nas construções discursivas das(os) atelieristas, as(os) quais representam os gerenciamentos de políticas públicas e de escolas, quanto ao enfrentamento da violência imprimida conta as mulheres; c) perceber como a interseccionalidade irrompe nas narrativas das(os) participantes da pesquisa e se legitimam as ações intersetoriais de enfrentamento à violência contra mulher. Teoricamente, baseamos nossas discussões em pesquisas que tratam principalmente da temática violência contra a mulher, violência doméstica e violência de gênero, com foco especial nas políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher e nas políticas educacionais direcionadas à questão, pois cremos que a atuação nesse sentido envolve vários dispositivos de ordem política e social, com um trabalho em rede. Em aspecto metodológico, seguimos os seguintes passos: revisão sistemática sobre a temática violência contra mulher e educação no cenário acadêmico; e a realização de ateliês de pesquisa/encontro, de forma virtual, em razão da Pandemia da Covid-19, no intuito de dialogar com as construções discursivas de gestoras(es) de políticas públicas e educacionais. Com base em nosso diálogo com as(os) agentes políticos e educacionais e reflexões decorrentes dele, verificamos que: essas(es) agentes têm consciência da existência de dispositivos que devem atuar em rede, porém as agentes educacionais, por vezes, se sentem sozinhas e despreparadas para lidar com situações de violência; a perspectiva de enfrentamento à violência numa chave de gênero perpassa especialmente as construções das agentes educacionais; reconhecem que a violência atinge diferentes grupos sociais, os quais compõem um estrato social, subalternizado, devendo ser enfrentada forma interseccional. A pesquisa se desdobrada em um projeto de intervenção que visa desnaturalizar – através dos ateliês de encontros – as mais diversas formas de violência praticadas contra as mulheres.