A identidade da pessoa ocorre a partir do seu nascimento, em um determinado reduto de vivência, do qual vai se tomando consciência com passar do tempo. O impacto da tomada de consciência, de pertencimento, à determinada identidade vai acontecendo a medida do amadurecimento, assim como os questionamentos sobre si mesmo vão se aflorando. Frente a percepção que no Colégio Estadual Eloyna Barradas, a juventude não se reconhece com a identidade definida para o seu território, surge o questionamento dos prováveis motivos pelo qual isso ocorre. Diante disso se dá pesquisa científica para compreender o processo de construção da identidade desta juventude. A hipótese levantada é de que este coletivo jovem, se trata de uma “gente nova” e para compreender o problema da identidade, foi alcançado o objetivo primário de: Compreender o sentido de pertença, no processo de construção identitária da juventude de estudantes do Colégio Estadual Eloyna Barradas em Eunápolis e os objetivos secundários de: Abordar o conceito identidade como um processo de construção na perspectiva da sociedade líquida, tendo como base Bauman (2005); discutir o que é ser “gente nova”, como possibilidade de identidade da juventude eunapolitana, tendo como base Ribeiro (1995); caracterizar o Programa de Educação Integral tendo como base Ébole (1969) e Menezes (2012), e sua relação com a nova Base Nacional Comum Curricular, tendo como base Pondelek (2018) e construir como produto final, uma proposta de estudos, em forma Sequência Didática, à ser utilizada, no componente curricular de Humanidade, sociedade e cidadania, para discutir a questão da identidade, como base Freitas (2017). A metodologia adotada foi de pesquisa com finalidade aplicada, por gerar conhecimento para solução de um problema específico, com objetivo exploratório, porque explora as informações existentes sobre a temática, de abordagem qualitativa, pois intenciona atribuir significado, interpretar e analisar a realidade, de procedimento empírico, por utilizar o campo para coletar os dados e do tipo participante, por existir a interação do pesquisador com o objeto de pesquisa. O universo da pesquisa foi constituído por 7 estudantes, maiores de 18 anos de idade, regularmente matriculados nos anos finais do Ensino Médio. Foi adotada como técnica de coleta questionário aberto, através de perguntas semiestruturadas respondidas pelos sujeitos da pesquisa, de forma livre e esclarecida. A intervenção se deu através de rodas de conversa sobre a identidade de “gente nova”, no intuito de desenvolver o sentido de pertença a identidade local. Vale salientar que antes da coleta das informações o projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado da Bahia, e aprovado conforme parecer nº 5.964.378, de 27 de março de 2023. Ao final foi construída a Sequência Didática, para as três unidades letivas do ano, dentro dos parâmetros orientados pela Secretaria Estadual de Educação da Bahia.