Esta pesquisa origina-se da análise da temática identidade docente da qual selecionamos o seguinte problema: Como os professores da EJA constituem sua identidade profissional? Compreender, no âmbito de uma escola municipal, o processo identitário pelo qual os professores tornam-se docentes da EJA é o objetivo geral do presente estudo. Como objetivos específicos elencamos: Analisar o processo de ser professor com base nas perspectiva de Freire e de Sartre; Apresentar o conceito de formação permanente e de auto formação, situando a identidade como elemento desses processos formativos; Contribuir para que os momentos de escuta dos professores façam parte da formação na escola tal como nas Ações Complementares. Com base nas obras de Arroyo (2005), Dantas (2016 e 2019) Freire, Josso (2010), Sartre (2012), Woodward (2005), entre outros autores, analisamos proposições a respeito da constituição da identidade docente na EJA. Utilizamos, para tanto, abordagem qualitativa e metodologia de pesquisa que concorda com a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso. Verificamos que a concepção de docência de Paulo Freire baseia-se em uma visão filosófica antropológica do inacabamento ou inconclusão do homem, a qual concebe o professor como um ser em constante formação. Essa compreensão concorda com o não determinismo do ser, encontrado no existencialismo sartriano. Foi constatado na pesquisa de Campo que o tonar-se professor da EJA se realiza, em geral, nas experiências ao longo da carreira docente, como processo autônomo e permanente. Partindo desse entendimento, propomos alternativas que primam pela formação permanente e auto formação nas escolas de EJA.