O artigo tem como objetivo analisar as alterações antrópicas na paisagem fluvial do Itapicuru- Mirim no século XX utilizando a abordagem antropogeomofológica fluvial, por meio da qual é possível analisar a cartografia, a paisagem fluvial aos processos históricos, sociais de sua apropriação. Foram analisadas diversas intervenções desde o ano de 1937 à 1994, as quais modificaram a paisagem fluvial do rio Itapicuru-Mirim em seu trecho urbano, acarretando consequências sociais, econômicas e principalmente ambientais. As modificações antropogênicas na paisagem fluvial do Itapicuru-Mirim no século XX apresentam impactos positivos no sentido de atender às necessidades sociais, econômicas, culturais da população de acordo com o nível de urbanização do período como construções de pontes, passarelas, avenida para facilitar a locomoção e definir o sentido do desenvolvimento da cidade. No entanto, também é necessário reconhecer os impactos negativos dessas alterações, que podem ser reconhecidas pela redução da vazão, assoreamento do leito menor com impacto na redução da profundidade do canal, aumento das inundações, aumento de vetores de doenças como mosquitos aedes aegypti, o desconforto odorífero, principalmente em período de estiagem e pela mudança da relação da sociedade com o Itapicuru-Mirim.