Ensino de língua inglesa para alunos surdos: uma revisão sistemática.

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2019
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Resumo

Esta é uma pesquisa de caráter bibliográfico que teve como metodologia revisão sistemática de literatura pois buscou fontes primárias acerca do tema, para traçar um estudo secundário, mapeando trabalhos acadêmicos que tenham com objeto o ensino de Língua Inglesa para alunos surdos no Brasil. O banco de dados selecionado para busca foi o catálogo de teses e dissertações da CAPES, pois reúne a produção da pós-graduação stricto sensu brasileira. A revisão aqui se divide nos três processos indicados por Nakagawa (2017): Planejamento (Planning); Condução/Execução (Conduction) e Escrita do relatório da revisão (Reporting), e seguiu as seguintes etapas da construção do protocolo: escolha da temática, critérios de inclusão e exclusão da amostra para busca dos trabalhos científicos, procedimentos de coleta de dados, estratégia de avaliação e análise de dados. A questão norteadora que conduziu os procedimentos foi: como as práticas pedagógicas dos professores de língua inglesa, para alunos surdos na sala regular, contribuem para a sua aprendizagem? Os descritores usados para a busca foram Surdez, Língua de Sinais, Educação Inclusiva, Libras e Língua Inglesa, que foram combinados por meio dos operadores lógicos “AND” e “OR”. Os textos foram selecionados a partir de critérios de inclusão (Texto online acessível, na íntegra e em língua portuguesa; Texto publicado entre 2009 a 2019; Área de conhecimento Educação, Letras ou Linguística; Área de concentração Educação, Linguística Aplicada e correlatas; Textos que abordem a surdez e o ensino de língua inglesa para surdos no contexto da educação básica/escola regular; Textos que apresentem os descritores no título e/ou resumo) e exclusão (Publicações incompletas ou indisponíveis; Trabalhos repetidos; Trabalhos que não tratassem do tema proposto na revisão). As publicações foram selecionadas após a leitura do título e do resumo das mesmas, de forma a atenderem aos objetivos propostos neste trabalho. A análise dos trabalhos considerou: Objetivos da pesquisa, Problema de pesquisa/questões norteadoras, Método e Dispositivos de Pesquisa Participantes e Lócus da pesquisa, entre outras questões, de modo a traçar panorama dos achados nas pesquisas em nossa área. Entre os trabalhos analisados prevalece o consenso de opiniões dos docentes que ministram aulas de inglês em turmas inclusivas de que não se sentem preparados para estar à frente de uma turma inclusiva. Encontramos na maioria dos trabalhos analisados que, além de se estar ensinando a terceira língua ao surdo, utilizando o português, que é uma linguagem oral, as aulas estão acontecendo sem a presença de intérpretes, ferindo um direito do surdo garantido por lei, que lhes garante ensino bilíngue a partir da Língua Brasileira de Sinais. Diante do que observamos nos textos analisados, em resposta à pergunta levantada, no início do trabalho, inferimos que as práticas pedagógicas são descontextualizadas no que tange ao uso da LIBRAS, levando o estudante surdo ao processo de desinteresse e, consequentemente, de evasão. Assim, as práticas pedagógicas utilizadas pelos professores de inglês não estão contribuindo para a aprendizagem do aluno surdo, a não ser em casos específicos, quando se parte para diversificação da metodologia de aula e avaliação, uso de adaptações de pedagogia visual.


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SILVA, Maria Arlete Rodrigues da. Ensino de língua inglesa para alunos surdos: uma revisão sistemática. Orientadora: Dra. Juliana Cristina Salvadori. 2019. 56 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras - Língua Inglesa e Literaturas - DCH4) - Departamento de Ciências Humanas, Campus IV, Universidade do Estado da Bahia, Jacobina, 2019.
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