O presente trabalho procura discutir sobre um aspecto que acompanha e inquieta a humanidade há bastante tempo: o Mal. Para tal, buscaremos analisar a obra Tierra Fresca de su Tumba, da escritora Giovanna Rivero, lançada em 2021, a fim de observar como a narrativa adotada evidencia as propriedades edificantes do mal. O mal, presente na obra, nos convida a testemunhar o horror e a enfrentar a violência que segue seu curso em uma realidade conflituosa, apoiando-se no cotidiano e, preferencialmente, na fatalidade como condição humana. No intuito de identificar as modulações do mal, buscamos delimitar as particularidades dessa presença, a partir das ações humanas que são projetadas na violência e na crueldade, as quais desembocam quase sempre na morte. Tal conjunto tem correspondência com as proposições levantadas por Denis L. Rosenfield, em seu livro Retratos do mal (2003). Para ampliar o referencial teórico, contaremos com as considerações de Gérard Genette, em Discurso da narrativa (1976), como aporte para a compreensão dos elementos estruturais narrativos. Como corpus, analisaremos os contos La mansedumbre e Pez tortuga, buitre que integra a contística da obra literária em análise. Tendo em vista o espaço reservado, discutiremos as feições do mal na ficção de Giovanna Rivero.