O artigo pretende explorar como acontecia os ritos e ritmos, para a comemoração da mais importante festa profana da cidade de Iaçu, no interior do estado da Bahia localizada a 278 km de distância da sua capital Salvador durante a segunda metade do século XX. Assim, o período analisado vai da década de 1959-1990, período de surgimento, estruturação e fim. A Micareta de Iaçu configurou-se como uma festa cultural na promoção de compartilhamento e troca de ideias simbólicas, uma vez que essa garante a interação de diversidade cultural dos diversos participantes envolvidos nesse contexto. O momento de realização da festa aparece aqui como um ritual revelador de práticas sociais, carregado de tradições, sentimentos e identidades dos grupos participantes. A Micareta de Iaçu-Ba proporcionava um momento marcante para a comunidade, pois, naquele ambiente pairava um cenário bastante prazeroso à luz da diversão que só a festa podia promover. Entender como a Micareta acontecia, quais eram os grupos envolvidos e seus significados, configura-se objeto primordial desse trabalho.