Colesterol total e lipoproteínas plasmáticas na lipemia pós-prandial de mulheres que utilizam e não utilizam contraceptivo oral

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2011-12-05
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Resumo

FUNDAMENTO: A lipemia pós prandial (LPP) caracteriza-se por uma série de eventos metabólicos relacionados ao aumento dos triglicérides e das lipoproteínas, após a ingestão de gordura. As lipoproteínas dividem-se em quilomícrons, VLDL, LDL e HDL, sendo responsáveis pelo carreamento dos lipídes, incluindo o colesterol. Alguns estudos mostram que mulheres que utilizam contraceptivo oral (CO) apresentam níveis de colesterol total (CT), colesterol LDL (LDL-C) e colesterol HDL (HDL-C) aumentados no jejum, o que interfere no perfil lipídico das mesmas, podendo elevar o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). Porém, o efeito dessas moléculas na LPP de mulheres que fazem uso continuado de CO é praticamente desconhecido. OBJETIVO: Comparar os níveis do colesterol e das lipoproteínas plasmáticas na lipemia pós-prandial de mulheres jovens que utilizam contraceptivo oral com aquelas que não utilizam. MÉTODOS: Estudo analítico de corte transversal, onde foram avaliadas 36 mulheres não-ativas, idade de 23,2±2,9 anos, eutróficas com IMC 20,5±3,2 kg/m2 sem alteração metabólica. A amostra foi dividida em dois grupos, Grupo 1, formado por 18 mulheres que não utilizavam nenhum tipo de contraceptivo à base de hormônios, e Grupo 2, formado por 18 mulheres que estavam em uso continuado de CO há no mínimo um ano. Todas as voluntárias foram submetidas a um teste de LPP realizado dentro de um laboratório especializado. Amostras sanguíneas foram coletadas para dosagem do CT, LDL-C e HDL-C no tempo 0 (jejum de 12h), e após a ingestão de um composto contendo 50g de gordura simples, nos tempos 120, 180 e 240 minutos. Este trabalho foi submetido e aprovado pelo CEP da Faculdade de Tecnologia e Ciências. RESULTADOS: Os níveis do CT, dados em mg/dL, mostraram-se maiores, em todos os tempos de coleta, nas mulheres em uso continuado de CO (208,0±46,0; 212,6±49,1; 211,0±45,0 e 208,0±46,2), quando comparadas àquelas que não utilizavam a terapia contraceptiva (153,0±36,0; 158,7±36,0; 158,0±35,4 e 159±36,0). Os níveis de LDL, em mg/dL, também apresentaram-se elevados nas usuárias de CO (130,8±42,5; 128±43,5; 127±44,3 e 129,5±44,0), comparando-se com as não usuárias (91,9±32,6; 91,0±33,9; 88,1±30,6 e 89,8±31,9), em todos os tempos de coleta. Para essas duas variáveis, foi encontrado um p valor menor que 0,01. Para o HDL, os resultados não foram significantes, apresentando um p valor > 0,05. CONCLUSÕES: Os níveis de CT e LDL-C na LPP de mulheres em uso continuado de CO são significantemente maiores quando comparados aos de mulheres que não utilizam CO. O HDL-C não apresentou diferença significante entre os dois grupos.


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Palavras-chave
Colesterol, Lipoproteínas, Contraceptivos orais
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