Utilização do belimumabe em uma paciente com lúpus eritematoso sistêmico refratária à terapia padrão no contexto de vida real: um relato de caso

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Data
2023-12-14
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Universidade do Estado da Bahia
Resumo

O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença imunomediada por anticorpos, de causa indefinida, porém, credita-se a fatores genéticos, ambientais e hormonais. A doença é crônica e atua sobre diversos sistemas do corpo humano, acometendo principalmente as articulações, a pele e os rins, promovendo uma redução significativa na qualidade de vida do portador do lúpus, sendo atingido, principalmente, mulheres em idade reprodutiva. Apesar de não possuir cura, a doença pode ser controlada através do uso de medicamentos definidos pelo protocolo de diretrizes e condutas terapêuticas elaborado pelo Ministério da Saúde. O tratamento padrão do lúpus é composto por corticoides e imunossupressores, sendo indicado também imunomoduladores e antimaláricos. A utilização dos medicamentos definidos pelo protocolo de diretrizes clínicas e terapêuticas do lúpus é composta por imunossupressores, imunomoduladores e corticoides, que devido a sua cronicidade de uso, aumentam a possibilidade de morbimortalidade, ocasionada pelo desenvolvimento de infecções, hipertensão arterial (HAS), diabetes, eventos cardiovasculares e fragilidade óssea. O Belimumabe (BLM) surge como uma alternativa terapêutica no controle da atividade do lúpus. O BLM é um anticorpo monoclonal utilizado para controlar a atividade do Lúpus em pacientes resistentes aos fármacos presentes nos protocolos clínicos. Desta forma, tem como objetivo apresentar a efetividade do belimumabe como monoterapia ou terapia coadjuvante no tratamento do lúpus eritematoso sistêmico, garantindo qualidade de vida a paciente. A metodologia da pesquisa foi realizada a partir de levantamento teórico para embasamento da revisão de literatura, seguido de levantamento de dados de prontuário, de assistência de enfermagem e de entrevista para elaboração do relato de caso. Paciente feminina, 46 anos, portadora de lúpus eritematoso sistêmico (LES) desde 2016 e de HAS como consequência do desenvolvimento de uma glomerulonefrite. Inicialmente com farmacoterapia baseada em hidroxicloroquina 400mg/dia, prednisona 60mg/dia e enalapril 20mg/dia, e com pontuação inicial do Índice de atividade da doença do lúpus eritematoso sistêmico (SLEDAI) 24. Participou de um protocolo de pesquisa, e encontra-se atualmente no pós-estudo, sendo avaliada a sua qualidade de vida e de saúde no contexto de mundo real, bem como avaliação do desfecho primário, que é redução do critério SLEDAI e desfecho secundário a redução ou suspensão de prednisona. A paciente apresentou remissão completa da doença, sem critérios que indiquem a atividade da doença, alcançando o primeiro objetivo que era a ausência total de pontuação SLEDAI. Conseguiu também a suspensão completa da prednisona, mantendo-se estável, sem nenhum tipo de exacerbação, atingindo o segundo objetivo, a redução de corticoides. Além disso, refere melhora significativa na qualidade de vida, sem exacerbações e necessidades de internações recorrentes, e da saúde, com controle dos níveis laboratoriais e da glomerulonefrite, demostrando desta forma, a efetividade do belimumabe como coadjuvante no tratamento de pacientes portadores de LES, refratários a terapia padronizada pelo protocolo de diretrizes clínicas e terapêuticas do lúpus.


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SENNA, Larissa Milena De Moura Maia. Utilização do belimumabe em uma paciente com lúpus eritematoso sistêmico refratária à terapia padrão no contexto de vida real: um relato de caso. Salvador, 2023, 39 fl.: Trabalho de Conclusão de Curso - Curso de Bacharelado em Farmácia, Departamento de Ciências da Vida, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Salvador, 2023.
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