Conhecimento, atitudes e práticas de pais de adolescentes em relação à vacina contra o hpv em salvador

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Data
2018
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Universidade do Estado da Bahia
Resumo

INTRODUÇÃO: O Papilomavírus humano é um vírus responsável por uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns que existem no mundo. Com isso possui uma alta incidência e prevalência entre homens e mulheres sexualmente ativos, sendo responsável pela maioria dos cânceres de colo de útero, pênis, vulva, ânus e orofaringe. Com isso o vírus tornou-se um importante problema de saúde pública e em 2014, a vacina contra o HPV foi introduzida no PNI para meninas de 11 a 13 anos a princípio com recomendação de três doses, contudo as taxas de cobertura vacinal com a segunda dose da vacina estão abaixo da meta de 80% preconizada pelo Ministério da Saúde. OBJETIVO: Avaliar de que forma o conhecimento, as atitudes e práticas de pais de adolescentes, residentes em Salvador, podem influenciar na aceitação da vacina contra o HPV. MATERIAIS E MÉTODOS: A pesquisa foi realizada com pais/responsáveis de adolescentes menores de 18 anos que residiam em Salvador, através de entrevistas telefônicas de discagem aleatória, entre julho de 2015 e outubro de 2016. Um questionário de conhecimento, atitude e práticas (KAP) foi desenvolvido e validado, utilizando pressupostos do modelo de crenças em saúde: susceptibilidade, gravidade, benefícios, e barreiras percebidas. As variáveis independentes foram: dados sociodemográficos, conhecimento, atitudes e práticas dos pais em relação à vacina contra o HPV. Utilizamos o teste qui-quadrado (x2), para verificar a diferença entre grupos considerando os dados estatisticamente significativos para p<0,05, os dados foram expressos através de gráficos e tabelas com auxilio dos programas Excel e Stata versão 12. RESULTADOS: Dos 129 pais/responsáveis que responderam a pesquisa. A maioria era mulher (93,8%), com idade média de 30 a 50 anos (62,4%). A aceitação parental da vacina contra o HPV para filhos e filhas menores de 18 anos foi 91% e 93% respectivamente,não diferiram relacionado ao sexo do adolescente. Os pais que recusaram vacinar foram menos propensos a saber, que o HPV era transmitido por via sexual e que o HPV pode causar o câncer do colo do útero. Os pais que aceitaram a vacina para as filhas, mas não para filhos eram menos propensos a saber que a vacina também é recomendada para meninos. As atitudes associadas à aceitação da vacina contra o HPV incluíram crença nas vacinas em geral, confiança no PNI e na eficácia da vacina contra o HPV. Metade dos pais que não aceitaram vacinar apontaram a religião como motivo e a prática em saúde significativamente relacionada à aceitação está relacionada à confiança em amigas que também deram a vacina em seus filhos. E apesar de 94% dos pais terem conhecimento sobre o vírus do HPV e a saberem da existência de uma vacina ainda há lacunas relacionadas a considerar as meninas muito novas para serem vacinadas, e a vacina não servir para meninos, diretamente relacionadas a não aceitação da vacina CONCLUSÕES: O nosso estudo pôde demonstrar que após quatro anos da vacina introduzida no PNI os pais de adolescentes da cidade de Salvador se posicionam de maneira positiva para vacinar seus filhos e filhas contra o HPV. Porém os nossos dados sugerem que as práticas relacionadas à aceitação estão muito mais ligadas à mudança na estratégia de vacinação, o que repercutiu fortemente nas taxas de cobertura vacinal para assim poder intervir em crenças de saúde modificáveis.


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SANTOS, Gleice Almeida Conceição dos. Conhecimento, atitudes e práticas de pais de adolescentes em relação à vacina contra o hpv em salvador. Orientador: Wiliam Mendes Lobão. 2018. 67f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Enfermagem) - Departamento de Ciências da Vida, Campus I, Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2018.
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