O professor e sua formação são considerados elementos-chave para a mudança na qualidade do cenário educacional brasileiro. Nesse sentido, programas de formação inicial são importantes para a mudança desse cenário. Nessa perspectiva, no ano de 2018, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), publicou o Edital nº 06/2018 com o objetivo de selecionar Instituições de Ensino Superior (IES) para implementar o Programa Residência Pedagógica (PRP), com o intuito de promover uma imersão dos estudantes de licenciatura para além das atividades didático-pedagógicas da matriz curricular, exigia-se uma carga-horaria de 440 (quatrocentos e quarenta) horas e subsequentemente 414 (quatrocentos e catorze) horas subdividas em três módulos. Encontra-se em vigor o Edital 24/2022, o terceiro publicado, contempla uma carga-horária mínima de 432 (quatrocentos e trinta e duas) horas. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar as contribuições e os desafios vivenciados no Programa Residência Pedagógica (PRP), Edital 24/2022, pelos acadêmicos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus IX e preceptoras do Colégio Municipal de Aplicação Octávio Mangabeira Filho. Quanto à coleta de dados, utilizou-se uma pesquisa de campo do tipo descritivo, com uma abordagem quali-quantitativa. A coleta de dados foi feita por meio de questionários para os residentes e preceptoras inscritos no programa, os questionários foram aplicados para os 18 (dezoito) residentes e as 3 (três) preceptoras, um total de 21 (vinte e um) participantes. Para a análise dos dados coletados, foi utilizado o programa Microsoft Word, neste programa foram transferidas e elencadas as informações para uma análise através de gráficos e transcrição das respostas. Através desse estudo é possível afirmar que a maior motivação de aderência do projeto por parte dos acadêmicos, é o interesse em vivenciar as experiências formativas oferecidas pelo Programa. A maioria deles se enxerga como protagonistas do Programa e se dedicam as suas atribuições impostas pelo Edital. Dentre as fragilidades identificadas para o desenvolvimento da Residência, destaca-se a escassa interação entre Universidade e escola-campo, no intuito de analisar os desafios da escola e desenvolver em parceria ações que busquem sanar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem. Outra fragilidade que implica diretamente na Residência, é a baixa frequência com que é ofertada formação continuada aos professores da Educação Básica. Contudo, mesmo diante dos desafios enfrentados pelos residentes e preceptoras durante o processo do Programa, a Residência se configura como uma experiência formativa ímpar para os futuros professores, dando a oportunidade de conhecer o ambiente escolar, bem como oportunizar articulação entre a teoria e a prática, com foco no desenvolvimento de práticas voltadas para a formação docente sólida e qualificada.