Permanência e evasão estudantil na Universidade do Estado da Bahia (UNEB): O caso do Campus XII – Guanambi

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Data
2021-12-17
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Universidade do Estado da Bahia
Resumo

A evasão é um fenômeno presente em todas as instituições educacionais. No ensino superior, é um problema recorrente em nível mundial, e seus índices variam conforme o país, a instituição e o curso. No Brasil, a evasão não é algo recente, mas com a maior democratização e massificação desse nível nos últimos 20 anos, com a chegada de um público historicamente excluído, a evasão e a mobilidade discente ganharam novos contornos como um fenômeno a ser compreendido. Assim, este estudo investigou as relações entre as formas de ingresso (Sisu e vestibular) e as influências dos fatores econômicos, acadêmicos, pessoais e sociais no processo de permanência, evasão e mobilidade dos estudantes dos quatro cursos de graduação do campus XII da UNEB, em um recorte temporal d e 2005 a 2018. Buscou, também, levantar o índice de titulação e o perfil dos estudantes que evadiram ou deixaram o curso no exercício da mobilidade nesse período. Dessa forma, foi realizada uma pesquisa de campo em uma abordagem qualitativa e quantitativa nos cursos de graduação em Pedagogia, Educação Física, Enfermagem e Administração. A coleta de dados deu-se por meio de análise documental nos arquivos da secretaria acadêmica do campus XII, e aplicação de questionários com questões abertas e fechadas por meio da plataforma Google Forms, respondidos por 43 estudantes. As questões fechadas levantaram características da vida pessoal e social dos estudantes que deixaram o campus XII, e as questões abertas mostraram as motivações para abandonar ou transferir-se do curso ou da instituição. O tratamento dos dados foi por meio de análise qualitativa e interpretativa. No marco teórico, a evasão e a mobilidade são questões antagônicas no contexto do ensino superior. Assim, as ideias de Gaioso (2005), Silva Filho et al.., (2007), Cardoso (2008), Ristoff (2021; 2014; 1999), Montmarquette, Mahseredjian e Houle (2001) e Tinto (1975; 1982; 2015) foram as bases teóricas para a construção e ampliação dos conceitos das duas categorias centrais deste estudo: a evasão e a mobilidade. O estudo evidenciou que mais da metade da amostra não deseja retornar ao curso de origem, mas 1/3 deixou em dúvida uma possível volta. Aproximadamente 36% da amostra já concluiu ou está frequentando outro curso superior. As condições pessoais, financeiras, de trabalho, maior identificação, convocação e interesse pelo novo curso foram as razões mais evidentes para o exercício da mobilidade, mas problemas de saúde, greve e distância do campus também foram citados como fatores que motivaram a movimentação. O abandono voluntário da graduação teve como causas os fatores trabalho, finanças e falta de identificação com o curso como as motivações mais fortes na percepção dos estudantes.


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PEREIRA, José Aparecido Alves. Permanência e evasão estudantil na Universidade do Estado da Bahia (UNEB): O caso do Campus XII – Guanambi. 2021. 198 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
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