O estudo descreve o processo de crescimento e desenvolvimento promovido pelos investimentos públicos e privados realizados no setor da agricultura irrigada e como esses investimentos refletiram na organização da produção e no trabalho na região do Submédio do Vale do São Francisco. Inicialmente, faz-se uma apresentação dos principais marcos em torno dos quais foram assentados os investimentos estruturantes para a expansão da agricultura irrigada, a partir da década de cinquenta, até os dias atuais. Em seguida, um levantamento sobre a organização da produção voltada para fruticultura, que se desenvolveu através de investimentos em irrigação pública, e se fixaram como um arranjo produtivo na região. Na sequência, descrever como os projetos de irrigação contribuíram de forma positiva e negativa para a geração de riqueza, renda e empregos no SMVSF e suas principais implicações econômicas, sociais e ambientais no território. Por fim, descrever os aspectos ambientais negativos da fruticultura irrigada da região como o uso abusivo de agrotóxico, degradação, salinização dos solos e também assoreamento do Rio São Francisco com redução de sua vazão por causa do bombeamento intensivo. As buscas dos trabalhos foram feitas no portal periódico CAPES/MEC, Scielo e Google Acadêmico. Além disso, alguns sites foram visitados, como: EMBRAPA, CODEVASF, IBGE para o levantamento de dados sobre a região. Os grandes projetos de irrigação promoveram uma mudança significativa na economia, no social e no ambiental da região. E dessa forma, cumpriram importante papel na geração de riqueza, emprego e renda no Submédio do Vale do São Francisco. A fruticultura tornou a principal atividade econômica do Vale do São Francisco, com geração de emprego no setor agrícola e com forte participação das mulheres.