Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, exploratória e descritiva desenvolvido em uma instituição hospitalar filantrópica tida pelo Ministério da Saúde como um Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON). Teve como principal objetivo analisar as estratégias utilizadas pelos enfermeiros na assistência ao paciente com dor oncológica. Foram sujeitos do estudo nove enfermeiros que desenvolvem atividades assistências junto ao paciente oncológico. Os dados foram obtidos através do emprego de entrevistas semi-estruturadas, guiadas por nove questões. Na análise, foram identificadas três categorias analíticas: Estratégias de enfermagem no cuidado ao paciente com dor oncológica: sua avaliação, formas de monitorar a resposta, métodos mais utilizados e métodos alternativos; Dificuldades no manejo a dor oncológica e qualificação dos profissionais. Os resultados mostram que: os enfermeiros possuem conhecimento limitado sobre o manejo com o quadro álgico e que ficam muito atrelados à terapêutica médica; a existência de algumas lacunas na assistência de enfermagem relacionado ao monitoramento da dor do cliente ontológico; e a falta de participação por parte dos enfermeiros em cursos e programas de educação continuada voltados para instrumentalização dos mesmos para atuarem no cuidado ao cliente com dor oncologica. Por fim constatou-se o predomínio de inabilidade na utilização de estratégias no manejo da dor do paciente acometido por neoplasias. Propõe-se a valorização do aspecto educacional dentro da própria Instituição, fornecendo educação continuada aos profissionais como incentivo e valorização pessoal, com vistas a promoção de uma maior capacitação para que os enfermeiros possam dar uma melhor assistência e qualidade de vida aos pacientes assistidos.