A Estética da Perda em Caetano Veloso: Estudo das Composições de Domingo

Carregando...
Imagem de Miniatura
Data
2017
Orientador
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo

Neste estudo buscou-se investigar o sentido da inscrição do sentimento de perda na Bossa Nova de Caetano Veloso, evidenciar os efeitos estéticos desse fenômeno no long-playing Domingo, gravado coletivamente com Gal Costa em 1967, e em que medida ocorre uma descontinuidade estética com a Bossa Nova standard. Por meio da análise das canções integrantes do referido elepê e das declarações do autor verificam-se os traços formais e ideológicos que compõem a performance do artista como sujeito enraizado, a afirmação da Bahia, a crítica à exaltação do urbanismo, a manifestação de estereótipos a respeito da Bahia, a dicção melancólica e nostálgica. A partir do conceito de perda, cunhado por Albuquerque Júnior (2001) para designar a invenção do Nordeste, elencou-se tais questões como forma de mostrar como Caetano Veloso, diante das alterações políticas e culturais ocorridas nos anos 60, fabula um espaço de lirismo e saudade na contracorrente da modernização pela qual passava o Brasil, opondo-se, por conseguinte, à estética bossa-novista. Orientam estas reflexões os estudos historiográficos em música popular brasileira, Tinhorão (2010), Tatit (2008) e Medaglia (1974), as pesquisas de Ridenti (2014) e Santiago (2002) acerca da irrupção da recusa à modernização na arte brasileira, a narrativa historiográfica sobre a Cidade da Bahia, bem como a ideia de “utopia de lugar”, propostas por Risério (2004; 2011), dentre outras obras.


Descrição
Palavras-chave
Música Popular Brasileira, Caetano Veloso, Bossa Nova
Citação