Diante da intensa utilização de tecnologias voltadas às operações agrícolas, o processo de compactação do solo é um fator limitante à obtenção de maior produtividade agrícola. Em solos compactados observam-se mudanças na distribuição do sistema radicular das plantas em profundidade, na densidade, porosidade e infiltração de água. A resistência do solo à penetração (RP) torna-se um atributo físico utilizado indiretamente para estabelecer o grau de compactação do solo. Objetivou-se estudar em condições de campo, e posterior avaliação em laboratório a estrutura, capacidade de compactação e RP em solos sob diferentes usos na Região Oeste da Bahia. As amostras foram coletadas em quatro locais abrangendo as seguintes classes de solos: Neossolo Quartzarênico órtico (RQo), Neossolo Flúvico (NY) e dois Latossolos Vermelho-Amarelo, sendo um já cultivado (LVA) e outro com cerrado nativo (LVA1). Realizou-se em cada área o teste com o penetrômetro de impacto, e coletouse o solo na profundidade de 0-20 cm, onde através do ensaio de Proctor, efetuou-se o teste de compactação. Nas áreas amostradas há uma ampla variação dos dados de RP, a qual pode ser atribuída ao gradiente de umidade imposto e variabilidade da densidade do solo. Ao observar as curvas de compactação aplicando uma mesma energia, a densidade do solo aumentou com o teor de água até alcançar um ponto máximo. Após atingi-lo, adições de água provocaram diminuição da densidade do solo. A equação polinomial de grau 2, gerou para a umidade ótima (wot) uma variação entre 7,78% e 9,25%, no caso da DsMax, os valores encontrados variaram entre 1,96Mg m-3 e 1,99Mg m-3 . A wot foi diretamente proporcional ao conteúdo de argila e inversamente proporcional ao teor de areia do solo. No caso da DsMax, a argila influenciou de forma inversamente proporcional. A wot do Cerrado Nativo foi a maior em comparação aos demais solos.