Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas - DCHT18

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    Uma escrita da vida: reflexões a partir de "olhos dágua" de Conceição Evaristo
    (2023-12-08) Sacramento, Débora Cardoso; Barreto , Andréia Cristina Freitas
    A literatura, possui suas raízes na experiência de cada indivíduo, e no conto ‘Olhos D´água’, a autora Conceição Evaristo utiliza fragmentos da sua realidade para compor o texto, usando o conceito de “Escrevivência”. Desse modo, este estudo objetiva-se analisar os fragmentos vivenciais de uma mulher e professora em formação (Essa que vos fala) a partir do conto “Olhos d’água” de Conceição Evaristo. Sendo assim, nos debruçamos nessa obra, para realizar uma série de discussões acerca das mazelas sociais. Após analisar os fragmentos vivenciais no conto Olhos D’água, é possível ter uma perspectiva dos conflitos sociais e históricos, sendo uma representação do grito dos negros que foram e são silenciados, representando a realidade da população brasileira, que é em sua maioria negra.
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    Preconceitos e estereótipos: uma análise das narrativas de violência de gênero em cordéis brasileiros
    (Universidade do Estado da Bahia, 2023-12-11) Santos, Rafaela Balbino dos; Silva, Leandro Soares da; Dias, Marcelo Nascimento; Nascimento, Hérvickton Israel de Oliveira
    O cordel, expressão vibrante da cultura popular, entrelaça narrativas passadas e presentes, resgatando tradições brasileiras. Originário da Europa, encontrou solo fértil no Brasil, disseminando-se como manifestação artística transcultural. Ao longo dos anos, estabeleceu-se como poesia popular, adaptando-se para permanecer relevante. A trajetória no Brasil remonta aos séculos passados, introduzida por imigrantes portugueses no Nordeste. Inicialmente oral, evoluiu para uma expressão escrita que abordava eventos cotidianos. A arte popular nordestina reflete desigualdades e machismo. A popularização do cordel resultou de sua capacidade única de traduzir a vida cotidiana em versos acessíveis, tornando-se a voz do povo. O cordel contribui para o resgate da memória cultural, preservando feitos e desafios. Na representação feminina nos cordéis, observase a dinâmica entre literatura e cultura, refletindo a sociedade patriarcal e as limitações enfrentadas pelas mulheres. Este artigo examina a interseção entre cordel e violência contra a mulher, explorando como essa expressão cultural pode contribuir para a conscientização e transformação dos padrões violentos que afetam as mulheres na sociedade contemporânea.
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    O uso do diminutivo em terras dos sem fim, de Jorge Amado
    (0004-12-23) Silva, Jessica Leal; Santos, Leandro Almeida dos; Sobral, Lícia da Silva; Dias, Marcelo Nascimento
    Este trabalho visa analisar o uso do fenômeno linguístico do diminutivo na obra Terras do Sem Fim, de Jorge Amado. É importante compreender a relevância do diminutivo dentro dos contextos proporcionados pela narrativa literária. Ao explorar essa estratégia linguística, pretende-se elucidar como o uso do diminutivo contribui para a construção da narrativa e para a caracterização dos elementos da trama, proporcionando uma compreensão mais ampla do texto e de suas nuances linguísticas. A seleção dos trechos da obra para o corpus analítico não apenas considerou as ocorrências de uso dos termos no diminutivo, mas também a riqueza dos campos semânticos em que estes estão inseridos. Os campos semânticos, representando conjuntos de vocábulos inter-relacionadas por seus significados, permitiram uma análise mais abrangente. Esses campos contextualizam as ocorrências dos diminutivos, oferecendo uma compreensão mais completa de como esses termos se entrelaçam, ampliando sua carga semântica e enriquecendo a narrativa. Isso proporcionou um olhar mais abrangente e contextualizado sobre o uso dos diminutivos na obra de Jorge Amado, oferecendo uma visão mais completa não apenas do uso dos vocábulos, mas também das sutilezas e nuances presentes nos diversos contextos em que esses termos são empregados. O embasamento teórico desta pesquisa está fundamentado na perspectiva da Semântica, abrangendo tanto a Semântica Lexical quanto a Formal. Ao empreendermos a análise do fenômeno do diminutivo na obra, recorremos a uma variedade de fontes, incluindo dicionários de língua portuguesa, gramáticas especializadas e pesquisas acadêmicas relevantes sobre esse fenômeno linguístico. O resultado da análise permitiu identificar a complexidade e a diversidade de usos do diminutivo dentro da narrativa, revelando sua influência na construção de significados e sua definição contextualizada no cenário em que se insere, enriquecendo a compreensão da obra e do fenômeno linguístico em questão. Palavras-chave: Fenômeno linguístico. Diminutivo. Vocábulos. Campos semânticos.
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    "Pretendemos ensinar bem os moços [...] aprendendo pouco a pouco a lingua para que entremos pelo sertão dentro": Gestão das línguas e as relações de ensino na América portuguesa (1549-1560)
    (2023-12-11) Pereira, Liliane Gomes; Souza, Pedro Daniel dos Santos; Sobral, Lícia da Silva; Nascimento, Hérvickton de Oliveira
    Desde a chegada dos portugueses à América, a língua portuguesa vem sendo introduzida nas terras “descobertas” desse lado de cá do Atlântico Sul. Nesses primeiros séculos da conquista e colonização, podem-se observar os contatos linguísticos do português com as línguas indígenas, africanas e, mais para meados do século XIX, as de imigração, além das interferências advindas da atuação da Companhia de Jesus, até meados do século XVIII. Fundamentando-se na História Social Linguística do Brasil em diálogo com a História Social da Cultura Escrita, essa monografia tem como objetivo apresentar uma análise da atuação dos jesuítas nos primeiros anos de missão catequética, bem como o funcionamento da gestão linguística durante este período e as relações de ensino havidas na América portuguesa, através de sistematizações de documentos presentes na obra intitulada de Cartas do Brasil (1549-1560), que constituiu o corpus da pesquisa. Para análise da documentação, foi-se utilizado o método indiciário, proposto por Ginzburg ([1989] 2014) e leituras e interpretações a contra, nos termos de Benjamin ([1940] 2012). O aporte teórico desta pesquisa parte das questões discutidas por Mattos e Silva (1998, 2004), Souza (2019), Saviani (2013), Calvet (2007), entre outros. A partir da análise documental, constatou-se como ocorreram os primeiros contatos dos povos originários da costa com os falantes da língua portuguesa através do ensino da doutrina cristã, da leitura e da escrita, além disso mapearam-se outras práticas de políticas e de planejamento linguístico, como a construção dos primeiros colégios jesuíticos, o uso de intérpretes para mediar os primeiros contatos e a atuação de mulheres, órfãos e mamelucos nos processos de instrução. Dessa forma, com esse trabalho, caminhos são abertos para uma maior compreensão dos processos linguísticos e educacionais que estão na gênese da formação do português brasileiro e das relações de ensino no Brasil.
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    A (não) variação linguística no livro didático de língua portuguesa
    Gomes, Mônica Silva; Barreto, Andréia Cristina Freitas
    Não é de se estranhar que o preconceito linguístico vem sendo abordado no cotidiano escolar de maneira genérica. Alguns estudos têm mostrado que diversos livros didáticos têm apresentado o conteúdo, entretanto, muitos professores têm deixado de abordar a variação linguística, pois não sentem segurança para contextualizar/problematizar o tema na sala de aula. Diante dessa problemática, esta pesquisa visa compreender como as variações linguísticas vêm sendo apresentadas para os alunos no livro didático e como o mesmo contribui para a assimilação do conceito de variação linguística. Desse modo, optamos por analisar o livro “Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem” do 6º ano do Ensino Fundamental II, do ano de 2018, de autoria de Wilton Ormundo e Cristiane Siniscalchi. Para embasar a pesquisa utilizamos os escritos de: Marcos Bagno, Stella Maris Bortoni-Ricardo, Virgínia Rosa Mattos Silva, Maria Cecilia Mollica, Irandé Antunes, Carlos Alberto Faraco, dentre outros. Os resultados mostraram que o preconceito linguístico vem sendo abordado no cotidiano escolar, mas ainda não se tornou um componente que explore a história da língua portuguesa brasileira, para explicar a variedade da nossa língua. Foi observado que, conforme o material didático pesquisado, as abordagens utilizadas não são satisfatórias, pois, comparando o crescimento do preconceito linguístico, o espaço delimitado à sua desconstrução é deveras insuficiente. Ainda é possível considerar que o livro deixa a cargo do professor como irá problematizar o conteúdo em sala, mas este pode simplesmente ignorar a reflexão proposta.