Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas - DCH4

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    Inventário e mapeamento dos bairros da cidade de Jacobina: estágio supervisionado em espaços escolares e não escolares como mergulho na experiência
    (UNEB, 2023) SILVA, Ana Lúcia Gomes; XAVIER, Luciano dos Santos; CUNHA, Rúbia Mara de Sousa Lapa
    Parte-se da premissa de que a prática formativa de todo e qualquer sujeito se estabelece num constante e contínuo movimento de imersão em si e na relação com o outro, com os espaços e suas multiplicidades e modos distintos de “ser e estar” no mundo com movimentos que vão referendar as ações construídas e vivenciadas entre os pares em rede colaborativa. É nesse sentido que a formação de professores deve se concentrar em entender que o conhecimento se constrói numa relação dialógica e rizomática, na qual a escola configura-se como um dos locus de estímulo e produção de conhecimentos, mas não o único, tampouco de modo unívoco e verticalizado. Face a isso, a proposta de educação que aqui tensionamos é aquela que se constrói também em outras esferas sociais, não institucionalizadas ou governamentalizadas, onde os sujeitos, em suas práticas comunitárias e cotidianas, tecem as redes de comunicação e sociabilização, a partir de suas experiências individuais e coletivas com vistas a um processo de inventividade que se manifesta ativo na criação de situações didático/pedagógicas que irão corroborar em projectar sujeitos sociais com perspectivas de vida de enfrentamentos e afetamentos como dispositivos de aprendizagens não autorizadas, e com consciência e legitimação de estar naquele lugar de (form)ação enquanto projeto de vida.
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    A monotongação na fala dos feirantes de Jacobina - Ba
    (2021) RIBEIRO, Carla Gislene Oliveira ; PUGLISEL, Simone Luz da Silva
    Este trabalho visa a analisar o fenômeno da monotongação na fala dos trabalhadores da feira de Jacobina. A monotongação constitui-se como a representação de um fenômeno linguístico em que ocorre a simplificação de um ditongo através da supressão da semivogal, sobrando apenas o som da vogal. Dessa forma, entendendo que a Língua Portuguesa sofreu e sofre variações e mudanças, à medida que é utilizada por seus falantes, faz-se necessário desenvolver pesquisas na área de variação linguística, visando uma abordagem científica do tema. A abordagem teórica para a construção dessa pesquisa segue a perspectiva da Sociolinguística Variacionista. O corpus desta pesquisa é constituído a partir de dados retirados das entrevistas gravadas com autorização dos informantes, com um questionário composto por 14 perguntas, para documentar a ocorrência ou não do fenômeno da monotongação, como por exemplo, a questão do Questionário Fonético Fonológico (QFF) 01, “Quando se compra uma televisão, um ventilador, um sapato, ele vem da loja dentro de quê?” “caixa”, bem como a questão QFF 11, “Jacobina é conhecida como a cidade de quê? “ouro”, e também a questão QFF 07, “O que é que se pesca nos rios, no mar?” “peixe”. Sendo estes 12 informantes entrevistados feirantes da cidade de Jacobina, com faixa etária I: (18 a 30 anos) e II (40 a 65 anos), escolaridade (Ensino Fundamental incompleto, completo e Ensino Médio) sexo (masculino e feminino). As entrevistas foram transcritas grafematicamente e, também, foneticamente. Os resultados obtidos mostraram que o fenômeno da monotongação está presente na fala dos feirantes de Jacobina - BA, em que os fatores sociais apresentaram maior relevância do que os fatores linguísticos, como a variável sexo, destacando o sexo feminino, uma vez que o maior número de ocorrências está presente na fala das feirantes, bem como a variável escolaridade, visto que as porcentagens maiores das ocorrências encontradas estão presentes nas respostas dos informantes com menos escolarização.
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    O apócope no falar de habitantes de Jacobina – Bahia
    (2021) FARIAS, Cassia Barbosa; SANTOS, Jucicleia Xavier dos
    Este trabalho tem como objetivo identificar a maneira que ocorre o fenômeno apócope no falar de habitantes da cidade de Jacobina-Bahia. O apócope é um tipo de fenômeno linguístico o qual suprime o último fonema em um vocábulo. Entende-se que a Língua Portuguesa sofreu e vêm sofrendo alterações e mudanças constantemente, à medida que seus falantes usam. Ao estudar a língua e a maneira que ela é empregada, faz-se necessário desenvolver pesquisas sobre a língua em seu uso social. Os estudos teóricos para construir essa pesquisa foram baseados na Sociolinguística Variacionista. O corpus da referida pesquisa é construído com base em dados extraídos das entrevistas gravadas com autorização dos informantes, utilizando um questionário composto por 20 questões. Tivemos a colaboração de 12 informantes da cidade de Jacobina-Ba, com faixa etária I: 18 a 38 anos, e II: 45 a 65 anos, com níveis de escolaridade diferenciados entre: Ensino fundamental, Ensino médio e Ensino superior, de ambos os sexos, masculino e feminino. Todas as entrevistas foram gravadas por um aparelho celular e, em seguida, analisadas,transcrita grafematicamente e foneticamente. De acordo com os resultados, percebemos que o fenômeno apócope encontra-se no falar de habitantes da cidade de Jacobina-Ba, constatou-se também que o perfil social que apresenta a maior inclinação para uso do fenômeno foi do sexo masculino, da faixa etária jovem e do Ensino fundamental.
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    Cadências do corpo, poéticas da voz: a poesia oral do samba de roda do grupo pinote.
    (2020) XAVIER, Luciano Santos
    O presente trabalho tem como objetivo compreender como é configurada a poesia oral do samba de roda do Grupo Pinote, de Serrolândia/BA, considerando a relação dos sambadores com essa manifestação cultural, bem como os aspectos formais, temáticos e performáticos dessa poética. Para tanto, delineamos os objetivos específicos, a saber: i) traçar um perfil do Grupo Pinote, com o intuito de compreender a relação dos sambadores com o samba de roda, destacando as suas características, assim como sua relevância artística e cultural em Serrolândia/BA; ii) descrever a performance do samba de roda do Grupo Pinote, analisando-a sob a ótica dos sambadores, tendo em vista a diversidade dessa expressão artística e cultural no Estado da Bahia; e iii) coletar algumas das cantigas de batuque do Grupo Pinote, tendo como critério de seleção as mais popularizadas pelo grupo, de modo a analisá-las a partir dos conceitos e abordagens pautadas na poesia oral. A metodologia utilizada é de abordagem qualitativa, guiada sob à luz da Etnometodologia (HAGUETTE, 2010; WATSON e GESTALDO, 2015), tendo em vista as suas acepções basilares que nos permitem compreender as produções sociais de sentido de um determinado grupo social; em nosso caso, as produções de sentido do Grupo Pinote sobre a sua expressão poética e performática do samba de roda. Utilizamos ainda a Análise de Conteúdo, na perspectiva de Franco (2008). As principais teorias e discussões que sustentam a pesquisa permeiam o campo da poesia oral, com as contribuições de Zumthor (1993, 2010, 2014), Silva (2014) e Fernandes (2007); sobre a poesia oral do samba de roda e a ancestralidade na poesia oral, contamos com Araújo (2015) e Santana (2014); sobre o samba de roda, com vistas à sua expressão, origem e diáspora, utilizamos o Dossiê do samba de roda do Recôncavo Baiano (BRASIL, 2006) e Döring (2016); e, acerca do samba de roda no Sertão Baiano, Exdell (2017), tendo em vista a chula, batuque e reisado. Quanto às discussões que adentram o campo da cultura e cultura popular, nos amparamos nos estudos de Burke (1989), Costa (2016), Hall (2003) e Santos (1994). Sobre os Estudos Culturais e, respectivamente, suas inscrições na literatura, utilizamos Mattelart e Neveu (2004) e Culler (1999). No que diz respeito às impressões acerca dos procedimentos de análise na poesia oral, discutimos sob a ótica de Santos (2018). Os resultados (em tempo) reverberam a dinâmica e a instantaneidade da poesia oral do samba de roda do Grupo Pinote, no Sertão Baiano, permeada pela multirracialidade e pela diversidade performática da expressão do samba. O samba de roda do referido grupo atravessa a expressão dual da chula e batuque – sendo que ainda manifestam ocasionalmente o reisado –, ambos movidos pela ontologia de vozes e corpos que performam a expressão e a existência dos sambadores. A análise das cantigas de batuque aponta para a movência da poesia oral, marcada por formas e temas que confluem em trânsitos poéticos e identitários