Navegando por Autor "Nogueira, Maria Lúcia Porto Silva"
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- ItemCartilha EJA na visão das mulheres(0023-12-14) Silva , Liciane Montalvão; Nogueira, Maria Lúcia Porto SilvaA Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino amparada por lei e voltada para pessoas que não tiveram, por algum motivo, acesso ao ensino regular na idade apropriada. A EJA tem como objetivo tentar corrigir algumas questões sociais como exclusão, exploração, validação, entre outras consequências. Partindo dessa premissa, entende-se que os estudantes da EJA, percebidos na dimensão de sujeitos, são constituídos por e nas relações sociais, na vida em sociedade, pela intermediação da cultura, dos valores e crenças que dotam essas relações de significados e sentidos. Inserem-se em um contexto histórico, político e econômico e nele ensaiam suas trajetórias de vida. Segundo Oliveira, (1999), refletir sobre jovens, adultos e idosos que estudam na EJA nessa perspectiva significa considerá-los para além da dimensão cognitiva a partir da qual são pensados no processo histórico de escolarização. Também, implica em desconstruir uma percepção homogênea sobre quem são os estudantes, ultrapassando-se as categorias abstratas de jovens e adultos para as quais se convencionam características e lugares sociais. Sendo assim, os estudantes passam a ser compreendidos não pelo que lhes falta quando comparados às representações construídas em torno das categorias abstratas mencionadas anteriormente, mas a partir das situações vivenciadas ao longo da vida que produzem subjetividades, saberes e modos diversos de existência. A trajetória da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é considerada parte integrante da história da Educação no Brasil, sendo uma das áreas aonde se empreende esforço para a democratização do acesso ao conhecimento, mas marcada historicamente por iniciativas para a erradicação do analfabetismo e capacitação para o mercado de trabalho. Sendo assim, este trabalho tem como propósito fazer um levantamento dos perfis das estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a partir de Políticas de Escuta, Políticas de Saúde, movimentos, integridade, autoestima, na busca de contribuir com a visibilidade das mulheres como pessoas de direito, ativas e atuantes, e buscando ainda, disseminar as culturas de respeito e de paz, autonomia de gênero, da não violência e da não submissão feminina. Partindo da concretização da CARTILHA como um manual de informações e instruções para o ensino nas relações de gênero na EJA, com a realização da pesquisa e da entrevista de forma presencial, tais momentos foram registrados por escrita, por fotos e áudios; colaborando para a efetivação dos estudos, práticas de justiça e valorização das mulheres da Escola Municipal Emília Mila de Castro e toda a sociedade.
- ItemE nas rodas, a conversa: pistas de diálogos sobre relações de gênero(2021-12-13) Rodrigues, Alidéia Oliveira; Nogueira, Maria Lúcia Porto Silva
- ItemJoão Gumes e o ensino de história: material suporte para a aplicação do jornal a Penna nas escolas da cidade de Caetité, Bahia(2020-11-30) Pinto, Diego Raian Aguiar; Nogueira, Maria Lúcia Porto Silva
- ItemMulheres lavradoras: modos inventivos de (re)existência em comunidades rurais do semiárido baiano(UNEB, 2021-12-13) Rodrigues, Alidéia Oliveira; Nogueira, Maria Lúcia Porto Silva; Cruz, Elizeu Pinheiro da; Machado, Isadora LimaTematizar gênero e seus atravessamentos em análises acadêmicas e/ou políticas é um dos percursos necessários às pessoas que são comprometidas com a defesa dos direitos de forma ampla, democrática e irrestrita. Situado neste campo, este texto se propõe a apresentar, a partir da perspectiva do gênero enquanto categoria analitica (SCOTT, 1995), uma pesquisa desenvolvida com mulheres lavradoras das comunidades rurais Careta e Capoeirão, ambas do municipio de Ibiassucè, Bahia, Alto Sertão (Semiárido) baiano. O estudo tem como principal objetivo analisar a agência coletiva de mulheres lavradoras dos grupos pesquisados, seus reflexos nas relações de gênero e no cotidiano comunitário, somando-se a ele o propósito de elucidar a trajetória de construção dessa agência, bem como o de investigar a contribuição da assistência técnica desenvolvida na promoção do protagonismo de mulheres e, ainda, contribuir com o processo de formação/educação na perspectiva do diálogo para a transformação das relações de gênero. Ancorada na decolonialidade (LUGONES, 2018, PAREDES CARVAJAL, 2006; 2019, SANTOS, 2018), e por meio da pesquisa de natureza qualitativa, a presente pesquisa busca denunciar opressões coexistentes no Sistema Mundo Modemo/Colonial e a invisibilização das mulheres pesquisadas e outras mais, recorrendo, para tanto, além das autoras citadas, a referências do campo dos estudos de gênero e afins, como Rago (1998), Haraway (1995), Hirata (2014), Dias (1992) Collins (2017), Crenshaw (2002), Akotirene (2019). Gonzalez (1988), Carneiro (2005). As principais fontes utilizadas foram as entrevistas semiestruturadas e Rodas de Conversa. O trabalho busca evidenciar os modos inventivos das participantes, no processo de (re)existência nos territórios onde vivem, numa construção processual cuja experiência tem impactado as relações de gênero no âmbito familiar e comunitário, contribuindo para questionamentos aos padrões de dominação masculina e atitudes machistas. Este é um dos caminhos possíveis para ampliar a visibilização e o reconhecimento das mulheres, das suas potencialidades inventivas c transformadoras, demonstrando a força da ação coletiva.
- ItemMulheres negras na educação de jovens e adultos (EJA) de Guanambi-BA: Construções identitárias rumo à cidadania plena.(Universidade do Estado da Bahia, 0023-12-14) Silva, Liciane Montalvão da; Nogueira, Maria Lúcia Porto Silva; Barbosa, Andrea da Rocha Rodrigues Pereira; Fernandes, Marinalva NunesA pesquisa de mestrado intitulada “Mulheres Negras na Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Guanambi-Ba: Construções Identitárias Rumo à Cidadania Plena”, tem como objetivo geral desvelar sobre o retorno das mulheres negras à escola, nas turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), em uma escola pública do município de Guanambi-Ba, com o intuito de que sejam reconhecidas como cidadãs ativas e que lutam pelos seus direitos na sociedade. A partir de entrevistas feitas com 10 mulheres (negras, pardas e brancas), alunas da EJA, com idade entre 18 e 70 anos, foi feito um levantamento dos perfis das estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, em seguida, três encontros coletivos, de formações presenciais, na sala de aula, em busca de fortalecê-las e instruí-las a lutar por uma vida de melhor qualidade, entendendo que a educação em articulação com estudos de gênero é suporte e caminho para o combate à violência e a submissão feminina perante uma sociedade marcada pelo patriarcado e machismo. Para coleta de informações, utilizamos o Grupo focal desenvolvido nas salas de aulas e as Entrevistas semiestruturadas, realizadas na sala dos professores com os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (10 mulheres e 2 homens), 4 educadoras e 2 gestoras. Disso resultou a confecção de uma Cartilha (produto pedagógico deste trabalho) como manual, informações sobre leis, projetos que buscam assegurar direitos e proteção às mulheres e oficinas pedagógicas para o enriquecimento do ensino das relações de gênero na EJA. O respaldo teórico firmou-se em autores que discutem as questões da EJA e de gênero, tais como Freire (2013), Minayo (2012), Arroyo (2005), Santos (2003), Louro (1997), Scott (1995), Soares (2006), fundamentando a promoção de espaços e tempos reflexivo-formativos para contribuir na superação da desigualdade de gênero, valorização da cultura, da autoestima, da cidadania e do protagonismo das mulheres negras. Esperamos favorecer a compreensão da desigualdade de gênero e instruir mulheres e homens quanto à assimilação, importância, conquistas e bem-estar adquiridos a partir do domínio da leitura e de um novo discernimento de gênero, propiciando conhecimentos enquanto sujeitos autônomos. Os resultados obtidos demonstraram que a modalidade EJA continua sendo relevante para a elevação da autoestima e validação do papel de cidadãs (cidadãos) atuantes, especialmente para as alunas que retornaram em busca da tão desejada readequação social, de maneira democrática e participativa.