Navegando por Autor "Carneiro, Valdirene Leão"
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- ItemAdesão ao regime terapêutico de portadores de lúpus eritematoso sistêmico: uma revisão integrativa(2022-12-13) Pimentel, Ana Carolina de Almeida; Carneiro, Valdirene Leão; Costa, Emile Ivana Fernandes Santos; Bendicho, Maria Teresita; Lima, Louise Correia deA problemática da não adesão ou do baixo grau de adesão a um tratamento consiste em um grave problema de saúde pública, representando um fator importante na qualidade da resposta terapêutica e podendo levar ao surgimento de complicações potencialmente preveníveis. Entre os pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), as taxas de não adesão ao tratamento variam de 43% a 75%, podendo influenciar no controle da doença e aumento de idas aos serviços de saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar a adesão ao regime terapêutico dos portadores de LES de acordo com os dados da literatura na população brasileira. Sendo assim, foi realizada uma revisão integrativa, baseando-se na busca de artigos científicos indexados nas bases de dados da LILACS, PUBMED e SCIELO. Foram incluídos artigos com texto completo, publicados, sendo analisados os diferentes tipos de estudo, em inglês, português e espanhol e dissertações que abordam a adesão ao regime terapêutico dos portadores de LES. Após a busca nas bases de dados, foram encontrados 164 estudos, dos quais, após leitura e aplicação dos critérios, 7 estudos foram incluídos. O presente trabalho evidenciou uma variação na taxa de adesão de 11,1% a 62,5%. Os fatores relacionados à adesão mais prevalentes estavam relacionados a terapia, a desatenção com os horários de administração dos medicamentos e o esquecimento. Dentre os fatores relacionados à doença, observou-se fortemente nos estudos a presença de limitação proveniente do LES, em que os pacientes deixavam de exercer suas atividades laborais e a relação da baixa adesão com o aumento de hospitalizações.
- ItemAvaliação do uso do plasma convalescente em pacientes graves diagnosticados com COVID-19: uma revisão sistemática com metanálise(2022-01-20) Rocha, Gabriel Couto; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Carneiro, Valdirene Leão; Comper, Maria Luiza CairesObjetivo: Avaliar a eficácia e segurança do uso do plasma convalescente, em pacientes internados diagnosticados com COVID-19 através da revisão de ensaios clínicos randomizados. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática e uma metanálise. Foram utilizadas as bases de dados EMBASE, MEDLINE, Cochrane Library e Science Direct, com as palavras-chave e sinônimos identificados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), no Medical Subject Headings (MeSH) e Operadores Booleanos. As medidas de associação utilizadas foram Odds Ratio (ORs) ou Média e Desvio Padrão. A heterogeneidade estatística foi avaliada pelo Teste de Inconsistência I2 e a qualidade dos estudos por meio do Sistema GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation). Resultados: A pesquisa resultou em 8.179 artigos, destes, apenas 4 foram incluídos na seleção final. Os estudos foram extraídos e organizados em uma tabela com informações como autor, ano e país; tipo de amostra, características; desfecho; resultados. O OR para mortalidade foi de 0,79 (IC 95%: 0,54 – 1,17; p-valor = 0.24), para diminuição dos sintomas clínicos ou melhora clínica foi de 1,55 (IC 95%: 0,43- 5,56; p-valor = 0,50) e para tempo de internação pós transfusão/dias de randomização (diferença entre médias= -0,69, IC 95%, -1,72 – 0,33; p = 0,19) não existindo diferença clinica significativa entre os grupos (placebo x randomizados). Não houve eventos adversos clínicos significativos com relação ao uso do plasma convalescente e a mortalidade dos pacientes. Os resultados indicam um alto grau de heterogeneidade entre os estudos e a análise do gráfico do risco de viés sugere presença de risco de viés de publicação em mais de um autor. Considerações finais: Os resultados da presente revisão sistemática e metanálise sugerem que o plasma convalescente não provoca efeitos negativos nos desfechos mortalidade, porém não garantem estabilidade durante o tempo de internação e não apresentam diferenças no tempo de internação nem na melhoria dos sintomas clínicos. Desse modo, tornam-se necessários uma sistematização com mais estudos que tenham desfechos mais específicos e amostras e métodos mais nivelados, com o uso do plasma convalescente para o COVID-19.
- ItemEstudo de associação entre variantes do gene Adenilato Ciclase 9 (ADCY9) e a Síndrome Congênita do Zika(2022-07-22) Costa, Emile Ivana Fernandes Santos; Carneiro, Valdirene Leão; Pires, Acassia Benjamim Leal; Carletto, Tatiana de Oliveira Teixeira MunizIntrodução: O ZIKV pertence ao gênero flavivírus, transmitido principalmente por mosquitos Aedes. A Síndrome Congênita do Zika é responsável por subdesenvolvimento neurológico em crianças. A proteína adenilato ciclase funciona como uma importante molécula de sinalização, envolvida em diversos processos, como a produção de AMPc. Uma forte associação entre variantes de alguns genes ADCYs e a suscetibilidade da SCZ foi observada em mulheres infectadas pelo ZIKV durante a gestação. O grande desafio atualmente é descobrir biomarcadores que direcionem o diagnóstico e tratamento para a infecção. Objetivos: Identificar SNPs do ADCY9 e marcadores imunológicos em gestantes ZIKV (+) e crianças portadoras da SCZ participantes do Programa Abraço a Microcefalia. Materiais e Métodos: O estudo foi composto por 70 indivíduos, entre crianças com síndrome congênita do Zika e suas mães, residentes na Bahia. As coletas foram realizadas no Laboratório de Imunologia do ICS/UFBA, no ano de 2017. Neste trabalho, foi realizada a investigação de aspectos genéticos do ADCY9 e a dosagem de citocinas relacionados a via do adenilato ciclase, a fim de identificar biomarcadores envolvidos nessa infecção e seus desfechos. Além disso, foi avaliado o papel da citocina TNF- α como biomarcador da Síndrome Congênita do Zika através de uma revisão sistemática. Resultados e Discussão: O rs2601796 (OR 0.91) foi associado a proteção ao desfecho em estudo, porém que não podem ser considerados significativos, pois todos apresentaram valores de p > 0.05. Diferenças estatisticamente significativas foram encontradas para crianças com síndrome congênita grave para IL-12 (p<0,002), IL-6 (p<0,003) e IL-15 (p<0,003), sendo bons preditores para indicar uma síndrome congênita do vírus Zika mais grave, quando comparadas a formas mais leves da doença. Conclusão: É necessário replicar este estudo em outras populações, com um melhor poder estatístico, para confirmar se variantes no gene ADCY9 e as citocinas TNF- α IL-2, IL-6 e IL-15 interferem na resposta imune implicando na gravidade da Síndrome Congênita.