Degradação de fármacos por fotocatálise heterogênea em efluente modelo sintético

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Data
2023-09-26
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Universidade do Estado da Bahia
Resumo

Poluentes emergentes incluem compostos farmacêuticos, substâncias de cuidados pessoais, desreguladores endócrinos, produtos químicos industriais, entre outros, podendo, ser classificados como orgânicos e inorgânicos. Tais poluentes não são completamente eliminados nos processos realizados nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e podem chegar aos cursos de água. Assim, torna-se necessário encontrar alternativas para o tratamento dos poluentes. Nesse contexto, no presente trabalho, foi investigado o emprego da fotocatálise heterogênea na degradação de um fármaco amplamente utilizadopara tratamento da pressão arterial, o cloridrato de propranolol. Inicialmente, foi necessário estabelecer as condições de processo, incluindo tempo, temperatura, reator e fotocatalisadores mais eficazes, preparar uma solução na concentração 20 mg L-1. Como parte dp processo catalítico utilizou-se o dióxido de titânio (TiO2) e compósitos baseados em TiO2/material carbonáceo (obtido partir da semente de manga) Testes de fotólise e adsorção, no reator, foram realizados, nas mesmas condições da fotocatálise. As análises das alíquotas recolhidas em diversos intervalos de tempo foram realizadas por espectrofotometria UV-Vis, e por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). O band gap de cada amostra foi determinado por Espectroscopia UV-Vis com Reflectância Difusa, verificando que a combinação com biomassa não alterou o band gap, significativamente, em relação ao dióxido de titânio. A conversão observada na fotólise foi de aproximadamente 52%, enquanto que ao utilizar TiO₂, observou-se dificuldade em realizar a quantificação do valo em % da conversão. Por outro lado, os compósitos TiO2/material carbonáceo conduziram a conversões do cloridrato de propranolol de 76% (DTB3), 82% (DTB2), e 85% (DTB1), após 120 minutos de teste, utilizando 0,05 g de fotocatalisador e 82% (DTB3), 91% (DTB2), e 90% (DTB1) com 0,1 g da amostra. Ao utilizar a massa de 0,2 g dos compósitos, observou-se dificuldade em separação das partículas, o que inviabilizou as medidas no espectrofotometo UV-vis. As análises por CLAE mostraram que, provavelmente, são formados subprodutos ao longo da reação, por meio de picos não identificados nos cromatogramas obtidos em diferentes intervalos de tempo. De um modo geral, os ensaios foram, ao todo, de grande relevância, sendo obtidos condições ótimas e sistemas promissores para realização da fotocatálise fármacos.


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SANTOS, Taís Pereira. Degradação de fármacos por fotocatálise heterogênea em efluente modelo sintético. Orientadora: Marluce Oliveira da Guarda Souza. 66f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade do Estado da Bahia. Departamento de Ciências da Vida (DCV), Campus I, Salvador, 2023.
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