Impacto de um programa de intervenções na adesão a medicamentos em pacientes com colite ulcerativa: ensaio clínico randomizado

dc.contributor.advisorSilva, Genoile Oliveira Santana
dc.contributor.authorPacheco, Mila Palma
dc.contributor.refereeBoa Sorte, Ney Cristian Amaral
dc.contributor.refereeSantos Júnior, Aníbal de Freitas
dc.contributor.refereeSantos, Raquel Rocha dos
dc.date.accessioned2021-07-30T15:06:35Z
dc.date.available2021-07-30T15:06:35Z
dc.date.issued2020-12-31
dc.description.abstractIntrodução: A colite ulcerativa (RCU) é uma doença crônica que necessita de medicamentos contínuos para seu controle e, portanto, a falta de adesão se constitui uma barreira para o alcance das metas terapêuticas. Objetivos: Avaliar o impacto de um programa de intervenções em pacientes com RCU não aderentes ao tratamento medicamentoso. Métodos: Ensaio clínico randomizado controlado paralelo com dois braços (1:1) aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foram incluídos pacientes diagnosticados com RCU classificados como não-aderentes de acordo com teste Morisky Green (TMGL), dentre outros critérios. O programa foi composto por intervenções educacionais e comportamentais. Desfecho primário: taxa de adesão em 180 dias de acordo com TMGL, sendo o risco relativo (RR) com IC95% utilizado como medida de eficácia e Regressão logística utilizada para estimar RR ajustados (IC95%) para confundidores. Desfecho secundário: qualidade de vida (QdV) em 180 dias de acordo com SF-36. Análise da QdV foi realizada comparando-se as medianas das diferenças dos 8 domínios do escore SF-36, pré e pós intervenções com o teste t de Student. As variáveis que apresentaram diferenças de p<0,20 foram incluídas na construção dos modelos de Regressão Linear Múltipla. A análise incluiu os dados de agosto/2019 a outubro/2020. Resultados: Foram alocados 46 e 49 pacientes no grupo controle (GC) e intervenção (GI), respectivamente, e 76 tinham finalizado o protocolo até outubro de 2020. A maioria (67/70,5%) era do sexo feminino, foi mais frequente a declaração de cor da pele preta (43/45,7%) e de procedência urbana (85/89,5%). Oitenta e dois (86,3%) participantes tinham moderada adesão, sendo 56 (58,9%) do tipo não intencional. Na linha de base, o GC teve maior proporção de não aderentes intencionais quando comparados ao GI (p=0,004). Não foi observada melhor taxa de adesão pós intervenções, mesmo após ajuste por tipo de não adesão OR 0,91 (IC95%: 0,34-2,46). Na análise multivariada, as intervenções se mantiveram eficazes como promotoras de melhores escores de QdV para o domínio “Dor”, quando ajustado para gravidade da RCU e estado civil (β=16,990, p=0,008), e para o domínio “Vitalidade”, quando ajustado para gravidade da RCU (β=10,056, p=0,027). Conclusões: Nesta pesquisa, o programa de intervenções demonstrou uma melhoria significativa para a QdV, em específico para os domínios de “Dor” e “Vitalidade”. Este resultado é de extrema importância para pacientes de RCU, por ser uma doença crônica, incurável, com reconhecido impacto negativo na QdV. A exposição ao programa de intervenções proposto não foi capaz de produzir diferença significativa entre grupos comparativos na taxa de adesão aos medicamentos para os pacientes não aderentes com RCU. No entanto, sugerimos que em futuros estudos, sejam consideradas diferenças de menor magnitude do desfecho para o cálculo amostral, menores intervalos para mensuração da adesão, e inclusão de novas formas de interação entre o paciente e equipe assistencial.pt_BR
dc.description.abstract2Introduction: Ulcerative colitis (UC) is a chronic disease that requires continuous medication for its control and, therefore, the lack of adherence is a barrier to the achievement of therapeutic goals. Objectives: to assess the impact of an intervention program on patients with UC non adherent to drug treatment. Methods: Randomized parallel controlled clinical trial with two arms (1: 1) approved by the Research Ethics Board. Patients diagnosed with UC and classified as non-adherent according to the Morisky Green test (TMGL), among other criteria, were included. The program consisted of educational and behavioral interventions. Primary outcome: 180-day adherence rate according to TMGL, with the relative risk (RR) with 95% CI used as a measure of effectiveness and Logistic regression used to estimate adjusted RRs (95% CI) for confounders. Secondary outcome: quality of life (QoL) in 180 days according to SF-36. QoL analysis was performed by comparing the medians of the differences in the 8 domains of the SF-36 score, before and after interventions with the Student's t test. The variables that showed differences of p <0.20 were included in the construction of the Multiple Linear Regression models. The analysis included data from August / 2019 to October / 2020. Results: 46 and 49 patients were allocated to the control (CG) and intervention (GI) groups, respectively, and 76 had completed the protocol by October 2020. The majority (67 / 70.5%) were female, frequently declared black skin (43 / 45.7%) and urban origin (85 / 89.5%). Eighty-two (86.3%) participants had moderate adherence, 56 (58.9%) of which were unintentional. At the baseline, the CG had a higher proportion of intentional nonadherents when compared to the IG (p = 0.004). There was no better adherence rate after interventions, even after adjusting for type of non-adherence OR 0.91 (95% CI: 0.34-2.46). In the multivariate analysis, interventions remained effective as promoters of better QoL scores for the “Pain” domain, when adjusted for UC severity and marital status (β = 16.990, p = 0.008), and for the “Vitality” domain, when adjusted for RCU severity (β = 10.056, p = 0.027). Conclusions: In this research, the intervention program demonstrated a significant improvement for QoL, specifically for the domains of “Pain” and “Vitality”. This result is extremely important for UC patients, as it is a chronic, incurable disease, with a recognized negative impact on QoL. Exposure to the proposed intervention program was not able to produce a significant ifference between comparative groups in the rate of medication adherence for nonadherent patients with UC. However, we suggest that in future studies, differences of lesser magnitude of the outcome should be considered for sample calculation, shorter intervals for adherence assessment, and inclusion of new forms of interaction between patient and care team.
dc.identifier.citationPACHECO, Mila Palma. Impacto de um Programa de Intervenções na Adesão a Medicamentos em Pacientes com Colite Ulcerativa: Ensaio Clínico Randomizado. 2020. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Departamento de Ciências da Vida, Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2020.
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/20.500.11896/1815
dc.identifier2.Latteshttp://lattes.cnpq.br/5354457634051138
dc.identifier2.ORCIDhttps://orcid.org/0000-0002-6748-1334
dc.language.isopor
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccessen
dc.subject.keywordsRetocolite ulcerativapt_BR
dc.subject.keywordsQualidade de vidapt_BR
dc.subject.keywordsDoença crônicapt_BR
dc.subject.keywordsAdesão à medicaçãopt_BR
dc.titleImpacto de um programa de intervenções na adesão a medicamentos em pacientes com colite ulcerativa: ensaio clínico randomizadopt_BR
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesispt_BR
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