Zoneamento e avaliação da climatologia pluviométrica, na região oeste da Bahia
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Resumo
A Região Oeste do Estado da Bahia, conhecida pela sua larga produção agrícola, tem sido afetada pela queda na produtividade das principais culturas, em decorrência de longos períodos de baixa precipitação. Com efeito, este trabalho busca avaliar a variação espacial e temporal da precipitação, por meio da espacialização e a ocorrência de secas, através do Índice Padronizado de Precipitação (SPI), no oeste baiano, localizado entre as coordenadas 10,05° e 15,30° de latitude sul e entre 43,25° e 46,70° de longitude oeste, e formado por três microrregiões, sendo, Barreiras, Cotegipe e Santa Maria da Vitoria e 24 municípios. Foram utilizados dados diários de chuva obtidos da rede de postos da Agência Nacional de Águas (ANA), coletados na plataforma hidroweb, entre 1986 a 2015, contemplando um período de 30 anos de dados. A partir dos dados espacializados, foram construídos mapas, que mostraram a ocorrência destes fenômenos, suas intensidades, e a influência do ENOS nos mesmos. A partir das analises infere-se que a região Oeste da Bahia apresenta-se grande variabilidade de regime pluviométrico ao longo do ano, com destaque para o período seco, que registrou cerca de 12 a 15 mm e compreendem os meses de Maio a Setembro. Essa variabilidade abrange todas as três microrregiões estudadas, Barreiras; Cotegipe e Santa Maria da Vitória. Destaca-se também que a espacialização das chuvas se distribuem partindo do extremo oeste a parte central da região, considerando que grande parte da ocorrência dessas chuvas foram devido o fenômeno La Niña e as secas, atribuindo ao fenômeno El Niño, que ocorreu nos anos de 1987 em escala moderada a extrema, 1998 porém a média de precipitação se mostrou normal com 160,16 mm, 2010 onde as secas foram em áreas isolados, em 2007, e 2015 sendo o mais abrangente.