As estratégias de educação em saúde têm sido mecanismos bastante efetivos e promissores no cuidado com a pessoa idosa dependente. O baixo custo agregado dos serviços, associado à reunião de responsáveis pelo cuidado, favorece a articulação de um trabalho educativo entre cuidador, paciente e família. Constitui-se como objetivo desta pesquisa discutir o possível papel de ações educativas voltadas a melhoria da formação/capacitação do cuidador informal de pessoas idosas dependentes. Como Metodologia, desenhou-se da seguinte forma: Trata-se de um estudo exploratório de abordagem qualitativa, realizado com 14 cuidadores domiciliares, de um universo total de 21. A coleta de dados foi realizada nos meses de setembro a dezembro de 2020, através de entrevistas semiestruturadas aplicadas em visita domiciliar (VD), com observação simples. Os dados de caracterização sociodemográfica foram analisados pelo método de análise de conteúdo temático e interpretados à luz do referencial de Bardin. Os resultados revelaram que o papel do cuidador principal é predominantemente feminino, e que se faz necessário o fortalecimento da rede de apoio e proteção ao cuidador de pessoa idosa dependente, tendo em vista ser uma atividade que ainda perpassa o campo da invisibilidade social. Ressalta-se também a necessidade de estratégias de ações educativas para garantir orientações às pessoas que cuidam, considerando serem viáveis, de baixo custo e que envolvam os integrantes do processo do cuidado. No decorrer da pesquisa, desenvolvemos duas categorias temáticas: o cuidador informal da pessoa idosa dependente e a rede de apoio ao cuidador informal. Conclui-se, portanto, que o cuidador principal recebe apoio no núcleo familiar oriundo de ações solidárias advindas de outros familiares, no entanto, essa ajuda mostrou-se restritiva ao contexto da pandemia.