A cor da ternura: modos de ser e se conceber negro (a) no mundo
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Resumo
Este trabalho objetiva apresentar o livro A cor da ternura (1998), de Geni Guimarães, como possibilidade crítica para discussões sobre o reconhecimento da identidade étnico-racial do sujeito negro. São explanadas, desse modo, reflexões sobre a relevância da Literatura Afro-brasileira e como o trabalho com obras dessa vertente literária pode contribuir significativamente no processo de compreensão de que existem diferenças étnico-raciais e que elas precisam ser respeitadas. Nessa perspectiva, apresenta-se o livro A cor da ternura, o qual possibilitará discussões sobre a importância de conhecer e reconhecer a cultura e história afro- brasileiras para, então, problematizar hierarquias sociais, identidades pré-estabelecidas e combater o racismo ainda enraizado no meio social. Diante disso, foram organizadas atividades didático-pedagógicas fundamentadas no livro A cor da ternura (1998), que poderão auxiliar o (a) professor (a) no desenvolvimento de um trabalho educacional democrático e antirracista. A metodologia, no que lhe concerne, está pautada na pesquisa bibliográfica, uma vez que se recorreu a teóricos dos quais destacam-se Souza e Lima (2006), Luiz Silva (2010), Duarte (2008), Munanga (1999, 2005 e 2009) e Albuquerque (2006) para desenvolver o estudo proposto. Depreende-se, portanto, que com este trabalho será possível refletir sobre a relevância da inserção e aplicabilidade da Literatura Afro-brasileira no ambiente educacional de forma eficiente. Será possível o entendimento da importância de despertar nos alunos afrodescendentes a compreensão do ser negro e nos alunos brancos a consciência de que são sujeitos de uma sociedade heterogênea e, assim, a escola estará cumprindo o seu papel de ambiente transformador de pensamentos antidemocráticos, racistas, discriminatórios e preconceituosos.