Fotoperformance narrativas imagéticas autobiográficas “de mulheres” em processos formativos
Data
Autores
Orientador
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
O presente estudo se justifica pela relação entre o eu mulher, artista e educadora, o outro e a ciência. O agora e o depois, os silêncios fotografados e o contínuo gesto inconcluso de expressão de vida, mediados pelos movimentos de autoformação. A partir do questionamento: Como podem ser apresentadas as narrativas (auto)biográficas e/ou imagéticas de mulheres em processo formativo? O objetivo central da pesquisa, consiste em apresentar narrativas autobiográficas com questões formativas, a partir do entrelugar de gênero feminino, camufladas em máscaras corporais, com enfoque em suas fotoperformances e em outras leituras audiovisuais. Os ventos da pesquisa sopraram em direção à abordagem metodológica (auto)biográfica e narrativas de histórias de vida de que trouxe na memória imagética desafios compartilhados entre 14 mulheres. O embasamento teórico metodológico desta pesquisa deriva das contribuições de autores, tais como: Josso (2012), Passeggi e Souza (2017), e Pimentel (2017), dentre outros, que exploram abordagens biográficas e autobiográficas no contexto educacional. Além disso, as investigações biográficas (Bueno, 2002) também enriquecem o fundamento teórico. No âmbito da pesquisa colaborativa participante em educação, as perspectivas de Brandão (2003, 2013) e (Najmanovich 2001), agregam profundidade e substância ao arcabouço teórico deste estudo. Como fundamentação teórico conceitual, os seguintes descritores da pesquisa: Fotoperformance digital (Lemos, 2019; Roveré, 2020; Soulages 2010); Processos formativos (Dewey, 2010; Leão, 2011; Barbosa, 1998, 2014, 2019); Curadoria artística/educativa (Diniz e Lage, 2021; Hoff, 2011). Os resultados do estudo apontaram os seguintes aspectos do processo formativo: A fotoperformance emergiu como um ato de criação e resistência, servindo tanto como espelho quanto como janela. Espelho, ao refletir minhas próprias narrativas nas memórias de outras 13 mulheres, o que também permitiu uma formação a partir de suas experiências. Janela, ao oferecer ao mundo exterior uma visão das encruzilhadas autoformativas que se manifestaram ao longo de meu caminho até o momento presente desta pesquisa. A curadoria artística revelou-se um campo de variadas possibilidades, transcendendo a mera escolha, separação e organização de obras para apreciação estética e conhecimento artístico. Neste contexto, a curadoria educativa destacou-se especialmente como um campo voltado a ampliar a participação do público, tornando a arte mais acessível e culturalmente ativa. Como parte dos resultados, foi desenvolvida uma exposição virtual multimídia em realidade virtual, projetada para estimular a relação entre artista e público participante. Esta exposição convida os visitantes a se tornarem coautores da obra, aportando seus repertórios singulares e essenciais para a transformação social por meio da arte contemporânea. Assim, a pesquisa não apenas documenta experiências, mas também cria um espaço dinâmico para a construção conjunta de significados, promovendo uma interação contínua e enriquecedora entre arte e comunidade.