Navegando por Autor "Moreira, Jailma dos Santos Pedreira"
Agora exibindo 1 - 6 de 6
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemDa prosa à performatividade: das mutações estético narrativas em uma rosa para Emily, ...e o vento levou e um bonde chamado desejo(Universidade do Estado da Bahia, 2022) Pinto Junior, Antonio de Oliveira; Felix, José Carlos; Moreira, Jailma dos Santos Pedreira; Pontes, CharlesA dissertação desenvolvida neste estudo bibliográfico se propõe a analisar as transformações do conceito de cultura e a nova estética baseada no progresso postulado pelo Modernismo pós-século XIX, que influenciou diretamente as diretrizes do romance e da literatura inglesa de modo geral. Para tanto, este estudo utiliza os textos A streetcar named desire (Um bonde chamado desejo), de Tennessee Williams (1947), Gone with the wind (...E o vento levou), por Margaret Mitchell (2008), e A rose for Emily (Uma rosa para Emily), assinado por William Faulkner (1930), como epítomes da análise. Os dramas e conflitos apresentados nas três obras de estudo nitidamente se constroem de acordo com o contexto sócio-histórico de cada uma, confluindo, assim, para a construção do eixo temático desta pesquisa. Ainda se procura enunciar, nos três textos analisados, as variações e convergências do ponto de vista narrativo. Intenta-se, com isso, construir o eixo formal do estudo, analisando as transformações da forma de narrativa das obras, passando do narrador onisciente na obra de Mitchell (1936) para a narrativa multifocal (com múltiplos narradores) presente em Uma rosa para Emily. Por fim, desembocando no terceiro objeto de estudo, Um bonde chamado desejo, o qual apresenta a ausência total da narração direta, a qual se dilui em forma de discurso direto e rubricas, realçando uma forma de narração onisciente invisibilizada. Para fundamentar o eixo temático, recorre-se aos estudos de Watt (1957, 2010), Eagleton (2010), Moretti (1999), Vasconcelos (2009) e Friedman (2002). Para a apresentação do eixo formal, contribuem Friedman (2002), Betti (2011), Déa (2013) e Stevens (2002). Como resultados, foi possível observar as transformações do conceito de moral e cultura presentes em cada um dos três documentos analisados e como a estética narrativa se modula e se transforma em cada um deles.
- ItemDesmontagem da literatura em educação básica: modos de criar, modos de combater e anular dispositivos de poder(Universidade do Estado da Bahia, ) Amorim, Elisabeth Silva de Almeida.; Santos, Osmar de Moreira dos; Moreira, Jailma dos Santos Pedreira; Novaes, Cláudio CledsonTrata-se de uma investigação sobre as táticas inventivas, utilizadas por estudantes da Educação Básica a partir do literário. Tomando como problema o aprisionamento literário, os objetivos foram identificar as táticas e fazer uma leitura crítico-cultural dessas formas criativas usadas como fuga da captura do literário. Através de estudo de caso, utilizou ¬se a metodologia da pesquisa-ação; o levantamento de dados ocorreu por meio de estudos de projetos pedagógicos de leituras, oficinas e entrevistas escritas e orais. Feita a leitura dos dados coletados, chegou-se aos seguintes resultados: a transvaloração do signo literário promove a autonomia do estudante, contribui com a afirmação de identidade, rompe com o ensino da tradição e combate os dispositivos de poder. Em suma, o desmonte literário aponta outra forma de pensar o ensino da literatura.
- ItemModos de produção, publicação e circulação de textos de escritoras negras baianas(Universidade do Estado da Bahia, ) Souza, Taise Campos dos Santos Pinheiro de; Moreira, Jailma dos Santos Pedreira; Silva, Ana Rita Santiago da; Oliveira, Maria Anória de JesusA seguinte dissertação reflete sobre modos de produção, publicação e circulação de textos de escritoras negras baianas, observando táticas utilizadas pelas escritoras de inserção nos circuitos literário e editorial e, ao mesmo tempo, de criação de um outro circuito não hegemônico, como forma de resistência a modos de apagamento e interdições de suas vozes. Ainda tecemos uma reflexão sobre a formação de um público leitor e a interação estabelecida com esse público, através dos movimentos de circulação das obras realizados pelas escritoras. Para isso, verificamos como as escritoras estão se organizando para tornar seus escritos mais visíveis frente ao sistema capitalista, à indústria cultural, seus aparelhos e dispositivos. Observamos, nesse processo, que as escritoras pesquisadas encontram diversas dificuldades no percurso de produção, publicação e circulação de suas obras, que partem de um sistema de exclusão que engloba as variáveis: gênero, raça, classe e região. Apesar das formas de interdições várias, que se refletem na dificuldade de materialização do livro, as escritoras negras criam outros caminhos, táticas que facilitam a chegada de suas obras a um público leitor e põem em questão uma cultura capitalista, patriarcal, etnocêntrica. Tais práticas demonstram o quanto essas escritoras, pouco visibilizadas, têm resistido e criado linhas de fuga, perante sistemas de coerção que as silenciam.
- ItemNarrativas autobiográficas de escritoras de Alagoinhas: processo de (auto)formação e ressignificação(Universidade do Estado da Bahia, 2015-09-30) Silva, Gislene Alves da; Moreira, Jailma dos Santos Pedreira; Pereira, Aurea da Silva; Gomes, Carlos Magno SantosO trabalho que por ora apresento é uma pesquisa de natureza qualitativa, que pauta-se em estudos de gênero e da crítica feminista e cultural e que tem como objetivo verificar como as narrativas autobiográficas das escritoras de Alagoinhas, após processo de interlocução destas e enquanto construto da (auto)formação dos sujeitos femininos, criam condições para a (re)significação das suas histórias de vida. Deste modo, trabalhamos, nesta pesquisa, na perspectiva da pesquisa-ação e com o método autobiográfico. Para tanto, nos inspiramos no projeto desenvolvido pela pesquisadora Christine Delory-Momberger (2006) com o ateliê autobiográfico, nos quais trabalhamos com os poemas Eu-Mulher, e Vozes-Mulheres e o conto Olhos d’água de Conceição Evaristo e com a leitura de trecho do livro Quarto de despejo: diário de uma favelada de Carolina Maria de Jesus, buscando verificar como as escritoras de Alagoinhas, em contato com estas outras, repensavam suas vidas. Assim, se fez necessário um arcabouço teórico para pensarmos as questões da escrita de si, escrita feminina, a vivência do gênero feminino etc. A escrita memorialística foi pensada a partir de Lacerda (2003) que nos ajudou a pensar como esta escrita foi por muito tempo considerada, um escrito sem valor, por se tratar de uma literatura que centra a sua construção com base nas experiências vividas pelas escritoras. Teóricos como, Klinger (2012), Santiago (2008) e Arfuch (2012) formam fundamentais para percebemos como a primeira pessoa atravessa a ficção contemporânea, tornando complexos os limites entre o texto real e ficcional. Assim, esta narrativa contemporânea como se apresenta é entendida pelos estudiosos como uma autoficção. É neste espaço autobiográfico que hoje as mulheres se (auto)representam e falam a partir do seu lugar. E a escrita dessa mulher parte das suas vivências, das experiências que se acumulam durante o seu percurso. Uma escrita feminina, que Nelly Richard (2002), nos diz que, não interessa saber a particularidade dessa escrita produzida por mulheres, mas como as marcas do feminino são textualizadas, pois estas marcas aparecem no “corpo vivo” escrito pelo sujeito feminino. Sendo assim, o trabalho desenvolvido no ateliê autobiográfico deu embasamento para a construção das escritas de si das escritoras Luzia Senna e Margarida Souza. Por fim, percebemos que as narrativas autobiográficas promovem a possibilidade de ser e de viver, mas a cima de tudo de tornar-se, de projetarmo-nos para novos horizontes em busca de outros projetos de vida, outras tessituras, novas narrativas. A pesquisa revelou, portanto, neste encontro entre escritoras, e através das narrativas de si, um processo de leituras e releituras, que resultou em autocrítica, autorreflexão, empoderamentos, devires, apontando também para a significância da atividade.
- ItemOutros Olhares sobre o Sertão Nordestino: Gênero, Masculinidades e Subjetividades(2020) Lima, Caroline de Araújo; Britto, Clovis Carvalho Britto; Moreira, Jailma dos Santos PedreiraEste livro busca agrupar diversas vertentes sobre sujeitos, personagens e histórias do sertão nordestino, atravessadas pela mesma perspectiva: a dos estudos de gênero. Dessa forma, reúne reflexões que apontam tanto para a construção de modos de viver, de corpos, de subjetividades como para a possibilidade de desconstrução de estilos de vida que certas narrativas, práticas discursivas, encenam. Nessa linha, são abordados temas como o feminino no cangaço, a construção de masculinidades no mundo sertanejo, as violências e formas de resistência do sujeito humano sertanejo nordestino, o imaginário que marcou a elaboração de uma textualidade sertaneja/nordestina, de personagens como a mulher-macho, assim como de formas e relatos de vida que têm se colocado contra esta trama textual.
- ItemSob a Luz de Lampião Maria Bonita e o Movimento da Subjetividade de Mulheres Sertanejas(2016-11) Moreira, Jailma dos Santos PedreiraSe com o estruturalismo tínhamos a possibilidade de nos apoiar em um modelo pré-estabelecido para realizarmos as nossas pesquisas, ou ao menos em certos elementos já fixados, como narrador, tempo, espaço, para depreendermos daí um tipo de estrutura e fecharmos o trabalho de pesquisa com uma sensação de completude e totalidade, hoje a sensação do pesquisador é outra. Com o abalo das certezas, com a quebra de todos os modelos, com as marteladas desconstrutoras de uma crítica pós-estruturalista, o pesquisador bem que poderia pensar ser tudo mais fácil, já que nesse clima de “pós-tudo” a sensação seria de uma espécie de liberdade, mas de uma liberdade, é bom frisar, em que não se sabe bem como voar, ou nem mesmo se sabe, em determinado momento começa-se a perceber, se este voo é mesmo livre. O que apontaria, então, para uma possível relativização irresponsável, passa a exigir do pesquisador uma outra responsabilidade teórica e científica, agora, com outros cuidados, outros movimentos mais sutis, outras solicitações mais inquietantes.