Navegando por Autor "Messeder, Marcos Luciano"
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- ItemEducação escolar indígena intercultural e a sustentabilidade territorial: uma abordagem histórica sobre as Escolas Indígenas Capitão Francisco Rodelas e Pataxó Coroa Vermelha(2011) Araújo, Rosilene Cruz de; Nunes, Eduardo José Fernando; Cesar, América Lúcia; Messeder, Marcos LucianoEste trabalho enfoca a Educação Escolar Indígena na Bahia, a partir de uma base teórica e prática, abordando aspectos curriculares e pedagógicos relacionados à Educação Intercultural e Sustentável nas Escolas Indígenas Capitão Francisco Rodelas e Pataxó Coroa Vermelha, confrontando e mesclando conhecimentos históricos, teóricos e práticos de educação intercultural sustentável. Tem como objetivo compreender e refletir sobre o processo de construção da Educação Escolar Indígena Intercultural e Sustentável nessas Unidades Escolares, analisando a organização curricular das referidas unidades e suas práticas no contexto da educação diferenciada. Neste exercício, foi tomada como base da pesquisa, através de grupos focais, a compreensão sobre a concepção de educação intercultural e sustentável, os mecanismos desenvolvidos pelos professores e, ainda a reflexão sobre como vincular os conhecimentos práticos, produzidos no cotidiano, aos conhecimentos científicos necessários à educação escolar, de forma a atender aos anseios da comunidade, considerando seus princípios específicos e o que alunos, professores e lideranças esperam desse novo paradigma na educação escolar indígena. Foram abordadas concepções políticas de educação escolar indígena, considerando-se sua importância para os povos indígenas, a participação do Fórum de Educação Indígena da Bahia e suas contribuições na construção da política de educação escolar indígena, assim como o currículo face à re-construção das diretrizes da educação escolar indígena. Ao final busquei compreender os dilemas, desafios e possibilidades apresentados nos grupos focais e vivenciados por estas comunidades, propondo possíveis caminhos de construção de uma educação escolar específica, intercultural, sustentável e diferenciada.
- ItemHá flores no cárcere: estudo do conhecimento sobre mulheres encarceradas e educação (2010-2020)(Universidade do Estado da Bahia, 2024-05-27) Rosa , Urania de Souza Santa; Costa, Lívia Alessandra Fialho da; Onofre, Elenice Maria Cammarosano; Julião, Elionaldo Fernandes; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Messeder, Marcos LucianoEste estudo teve como objetivo realizar o estado do conhecimento dos trabalhos acadêmicos produzidos no âmbito da pós-graduação brasileira, na área de concentração “Educação”, acerca do tema mulheres encarceradas e educação, no período de 2010 a 2020. Para tanto, foi feito um levantamento no banco de dados Plataforma Catálogos de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que busca responder ao seguinte problema: Qual a produção acadêmica e as suas tendências, no âmbito da pós-graduação brasileira – área de educação – no período de 2010 a 2020 acerca do tema mulheres encarceradas ou em situação de privação de liberdade e educação? Os resultados do levantamento evidenciaram 66 trabalhos acadêmicos, 16 teses e 50 dissertações, produzidos na década pesquisada. Consideramos a temática educação escolar e prisão feminina como uma subárea em ascensão no campo da educação. Os estudos mostraram que a população de mulheres encarceradas no Brasil é numerosa e significativa, sendo a maioria pobre, negra (preta e parda), jovem, mãe, solteira, advinda de áreas periféricas, com baixa escolarização e trajetórias escolares marcadas por abandonos na infância e adolescência, ocupando trabalhos precarizados antes do aprisionamento, presa sob a alegação de envolvimento com o tráfico de drogas e pouco visitada. As tendências e recortes dos trabalhos analisados evidenciam uma prevalência de estudos de caso e como principais referenciais teóricos tem-se Julião (2007, 2009, 2011, 2012, 2016, 2018a); Onofre (2007, 2012, 2013, 2014, 2016) e Ireland (2011, 2013), para o debate sobre a educação em espaços prisionais; Freire (1977, 1995, 1996), para a compreensão da educação “libertadora e emancipatória”; Foucault (2014), para aprofundamento da categoria prisão moderna. Corroboraram que o direito à educação é para todos, inclusive para pessoas que estejam sob pena privativa de liberdade em instituições prisionais. Dado o pouco acesso à escola na prisão, a produção acadêmica neste período, indica para o não cumprimento do direito à educação dessas mulheres que se encontram sob custódia do Estado. Pontua um cenário de disputa entre as instituições prisão e escola; contradições quanto à propagada ressocialização no sistema prisional; precarização da escola e seu funcionamento, do currículo, do ensino de EJA nas prisões e das “celas de aula” adaptadas. Ressaltam dificuldades em exercer uma educação enquanto prática de liberdade num universo de rigidez e normas estabelecidas como se apresenta a prisão. O maior desafio ainda consiste na garantia e oferta da educação escolar básica na prisão e o entendimento de que não se trata de benefício, mas sim de um direito humano fundamental e subjetivo, conforme têm sinalizado estudiosos brasileiros do campo da educação em prisões.
- ItemProcessos educativos no ilê àsé ôni ófélélé: ancestralidade, reciprocidade e empoderamento sociocultural(2022-05-31) Nascimento, Patrícia Ribeiro do; Messeder, Marcos Luciano; Costa, Lívia Alessandra Fialho da; Silva, Fernanda Priscila Alves daEsta dissertação tem como objetivo compreender os processos educativos desenvolvidos na Comunidade Tradicional Terreiro de Candomblé Ilê Àsé Ôni Ófélélé e entender de que maneira os processos educativos no espaço do terreiro se expressam em sentidos de ancestralidade, reciprocidade e empoderamento sociocultural. Esta pesquisa, portanto, diz respeito ao terreiro como um microcosmo de relações humanas, de gestão participativa e comunitária, pautado pelos valores civilizatórios africanos e afro-brasileiros e pela cosmologia nagô-yorubá. A metodologia desenvolvida foi o estudo etnográfico qualiquantitavo fundamentado pelo conceito de escrevivência cunhado pela intelectual Conceição Evaristo. Nesta pesquisa analisa-se o conhecimento transmitido e trocado por meio da oralidade e de práticas educativas fundamentadas pela ancestralidade a partir da aplicação de quarenta e cinco questionários organizados com perguntas objetivas e dissertativas, que foram aplicadas junto aos membros que participam ativamente da comunalidade. A presente dissertação considera como opções epistemológicas a apresentação e a valorização de diferentes narrativas e ciências, destacando, destarte, vivências e trocas como conhecimentos científicos e filosóficos, sem hierarquização de saberes. Ressalta-se ainda que tal estudo foi desenvolvido em diálogo com as diretrizes de trabalhos educativos estabelecidos pela Lei 10.639/2003, que evidenciam a necessidade de reconhecimento e pesquisas que propiciem reflexões sobre a história e memória de africanos e afro-brasileiros.