Navegando por Autor "Hoisel, Evelina de Carvalho Sá"
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- ItemAs letras além das grades: representações sobre leitura em memórias de um sobrevivente(Universidade do Estado da Bahia, 2010-06-14) Sales, Karina Lima; Hoisel, Evelina de Carvalho Sá; Cordeiro, Verbena Maria RochaNeste estudo, tem-se como objeto a narrativa Memórias de um sobrevivente, do escritor Luiz Alberto Mendes, um relato autobiográfico que encena a constituição de um sujeito leitor, com vistas a discutir as representações sobre leitura, buscando-se um entendimento do valor dessa prática cultural na trajetória de vida contada e organizada por um autor-narrador-personagem. Para tanto, são eleitas as contribuições teóricas do campo da Sociologia da Leitura, particularmente os estudos de Jean-Claude Pompougnac e Jean Hébrard, sobre a constituição do leitor, e de Roger Chartier e Pierre Bourdieu, que compreendem a leitura como prática cultural. Com vistas ao entendimento das representações sobre leitura, este estudo busca apoio em Serge Moscovici, com seu conceito de representações sociais.
- ItemNas entrelinhas de um defeito de cor de Ana Maria Gonçalves(2013-04-25) Dalcom Junior, Marcelo Cruz; Souza, Lícia Soares de; Hoisel, Evelina de Carvalho Sá; Magalhães, Carlos AugustoA presente pesquisa visa realizar um estudo do romance histórico brasileiro contemporâneo Um defeito de cor (2010), de Ana Maria Gonçalves, sob a luz das teorias de Mikhail Bakhtin e a sua teoria do romance, com as noções de cronotopo, dialogismo e polifonia, e as relações entre literatura e história. Trata-se da saga de Kehinde, desde a sua infância na África, sua captura e chegada ao Brasil, como escrava, onde aprende a ler e a escrever, empreendendo uma grande busca pelo filho vendido. Nessa busca, Kehinde passa por várias cidades brasileiras até voltar à sua terra natal. Sigmund Freud também é utilizado, para analisar o fato de a narradora remontar sua memória a partir da sua infância, época em que os pais são heróis para seus filhos. Os conceitos de Édouard Glissant sobre Retour e Détour, bem como o desexílio de Mário Benedetti são utilizados para analisar algumas das ações da personagem principal. Ao dar a voz a uma escrava, a autora realiza uma metaficção historiográfica e problematiza os limites entre ficção e realidade, trazendo, para o centro das discussões, diversas temáticas, entre as quais se destacam: a presença das outras vozes da história, a dos vencidos, a noção de fonte histórica e a parcialidade do sujeito que escreve a narrativa histórica. Linda Hutcheon (1991) serviu de base teórica para a compreensão da metaficção historiográfica, bem como Walter Benjamin (1993), que articula historicamente o passado e a história não exatamente como aconteceu, mas estabelece um vínculo entre passado e presente em forma de constelação. Assim, Um defeito de cor (2010) desafia o leitor a repensar o presente à luz desse redimensionamento do passado