Campus I - Departamento de Educação (DEDC) - Salvador
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Navegando Campus I - Departamento de Educação (DEDC) - Salvador por Autor "Almeida, Carla Verônica Albuquerque"
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- ItemAfetos encarcerados: representações sociais de profissionais socioeducativos sobre sujeito-jovem em litígio com a lei(2020-10-26) Dantas, Luana Pinho dos Santos; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Ferreira, Sandra Lucía; Almeida, Carla Verônica Albuquerque; Rios, Augusto CesarA presente pesquisa buscou investigar quais as representações sociais são construídas pelos profissionais da socioeducação para os jovens em privação de liberdade. O estudo privilegiou o método da pesquisa qualitativa em articulação ao aporte teóricometodológico da teoria das representações sociais. O olhar proposto para a juventude neste estudo privilegiou o olhar decolonial e a noção de que existem juventudes, para designar que o contexto social experenciado pelos jovens é multifacetado, e se relaciona com a trama de sentidos que o jovem vivencia atravessado pelas representações de seu corpo, classe social, raça e gênero. Destacamos, por seguinte, o encarceramento da juventude negra como consequência direta da lógica colonial perpetrada pelas representações socialmente construídas para o fenômeno da juventude a qual fura a lei. Este estudo selecionou quatro profissionais da socioeducação com atuação em meio aberto e fechado e considerando o critério do desejo, oriundos da Case Salvador localizada no bairro de Tancredo Neves e unidade CREAS, para fins de apreender as representações sociais, e como estas são construídas por eles, sobre o jovem em litigio com a lei, o saber que detém e o desejo de saber que para esses jovens toma sentido. O dispositivo de coletas de dados se deu através da entrevista semiestruturada. Com relação aos dados, foram construídas categorias descritivas e analíticas as quais foram analisadas pela análise de discurso de vertente francesa. Os resultados encontrados apontam para o silenciamento da juventude encarcerada e reitera a lógica neoliberal/pós-colonial, de forma que as análises sobre os jovens em litígio com a lei estão ancoradas nas representações sociais: Abandono; Violação de direitos; Infração; Consumo; Ausência de oportunidades; Silenciamento; Preconceito. No que tange às análises sobre o jovem, no que se refere ao saber e conhecimento, essas se encontram ancoradas nas representações sociais: Vínculo negativo, Dificuldades relacionais; Constrangimento; Ausência de sentido; Ausência de incentivo; Liderança; Inteligência; Aprender fora da escola; Saberes de grupo.
- ItemAngústia do professor, afeto que não engana: um estudo em representações sociais(2020-06-11) Silva, Marcos Vinícius Paim da; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Almeida, Carla Verônica Albuquerque; Nascimento, Ivany Pinto; Souza, Elizeu Clementino de; Farias, Larissa Soares Ornellas; Bomfim, Natanael ReisTrata-se de uma pesquisa denominada Angústia do professor, afeto que não engana: um estudo em representações sociais e que tem como objeto a angústia do professor, cujo construto da angústia foi analisado a partir da referência psicanalítica lacaniana. Desta forma, o tema foi consolidado pela seguinte inquietação: quais as representações sociais que o professor tem sobre a angústia na sua práxis pedagógica, e de que maneira esse afeto revela ser uma possibilidade desse professor sujeito perceber os (im)passes implicados e que repercute na educação contemporânea? Assim sendo, a pesquisa que aqui se apresenta tem por objetivo geral apreender as representações sociais sobre a angústia do professor, e de que forma passam a serem objetivadas e ancoradas à práxis pedagógica, no sentido de ressignificar as ações docentes desse sujeito professor. Os objetivos específicos versam: a) capturar os (im)passes que o afeto angústia revela na práxis pedagógica do professor implicados na educação contemporânea; b) identificar os aspectos psicossociais sobre a angústia do professor, e como este afeto pode ressignificar suas ações docentes; c) analisar as representações sociais da angústia do professor, no sentido de alavancar as objetivações e ancoragem que possibilitam o seu ato educativo. O traço metodológico se delineou guiado pela modalidade da pesquisa qualitativa em que foi elencado como lócus uma escola pública da rede federal, o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano – IFBAIANO (Campus Governador Mangabeira-Ba). Os sujeitos professores do ensino médio de áreas distintas do conhecimento foram em número de 08 e de ambos os sexos, cujas representações sociais apreendidas a partir do objeto investigado geraram análises através da entrevista semiestruturada, desenho e grupo focal. Os dados obtidos frutos da coleta foram analisados sob a perspectiva da análise de discurso de vertente francesa. As representações sociais foram definidas como principal aporte para a escuta do professor acerca da angústia, valendo-se de sistemas socialmente elaborados, bem como dos processos de objetivação e ancoragem. A concepção teórica da pesquisa foi sustentada em: Moscovici (1978; 2003; 2011a; 2011b ;2012); Jodelet (2009; 2001; 1990;1989); Marková (2006; 2017); Alves-Mazzotti (1998 2000; 2002), no campo das representações sociais; Freud (200; 2014;2014); Lacan (2004); Laplanche (1996); Kierkegaard (2010); Miller (2007), no que diz respeito ao construto da angústia; Bauman (2012); Charlot (2013); Nóvoa (1995; 2007); Ornellas (2005; 2013; 2015; 2015), no que concerne à educação atual. A pesquisa revela que a angústia do professor observada na educação contemporânea está ancorada em representações sociais de: desinteresse do aluno, atualização, resiliência, docência compartilhada, indisciplina e desafio em ensinar/aprender.
- ItemFormação docente e EJA: significados e consolidações de saberes no contexto da Escola Hospitalar em Salvador/BA(Universidade do Estado da Bahia, 2023-03-03) Lopes, Irami Santos; Almeida, Márcia Tereza Fonseca; Vinal Junior, Jose Veiga; Almeida, Carla Verônica Albuquerque; Silva, Maria Celeste Ramos daO presente estudo aborda em sua temática a formação de cinco professoras que atuam na Escola Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce, localizada em Salvador-BA, com estudantes do ambiente de classe hospitalar ofertado em hospitais e clínicas médicas em tratamento renal crônico, os/as quais estão matriculados/as na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nesse percurso investigativo emergiu o seguinte problema: quais saberes são significados pelas professoras no processo da formação docente para EJA, e quais as consolidações evidenciadas na prática pedagógica para o contexto da escola hospitalar em Salvador? O objetivo geral consistiu em compreender os significados dos saberes para a formação docente e as consolidações na prática pedagógica a partir das impressões das professoras que atuam na Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA) do contexto da Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce, de Salvador-BA. Os objetivos específicos buscaram: a) descrever os cenários do processo histórico e político que definiram a configuração da Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce; b) interpretar os significados dos saberes docentes e as consolidações da prática pedagógica construídos para formação na EJA das professoras que trabalham na Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce; c) construir, de forma colaborativa com as professoras, um plano de ação de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) para fortalecer o debate sobre os saberes da formação docente na EJA da Escola Hospitalar e Domiciliar. O desenho metodológico se constituiu por meio da pesquisa qualitativa, sendo inspirada na pesquisa narrativa, com aporte teórico em Souza (2008), Delory-Momberger (2008), Josso (2004), Gil (2008), e Macedo (2010). Para a produção de dados foram utilizados questionário e entrevista narrativa. A fundamentação teórica esteve pautada nas discussões sobre Formação Docente, a partir dos estudos de Tardif (2020), Dantas (2019), Imbernóm (2011), Macedo (2002) e Freire (1996); sobre Educação de Jovens e Adultos, foram utilizados os estudos de Santos (2014), Dantas (2012), Freire (2005) e Paiva (1997), e o debate sobre a Escola Hospitalar foi pautado nos estudos de Menezes, Nascimento e Lozza (2018), Matos e Muggiati (2009), Fonseca (2008) e Reiner-Rosenberg (2003). O produto do processo desta pesquisa se apresenta como um plano de ação de um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), tendo como base teórica pesquisas de Allan (2015), Santaella (2008) e Hetkowsky e Lima Jr (2006). A pesquisa visou a concepção de uma via de reflexão sobre a EJA, bem como se constituiu em um espaço para o debate sobre os significados dos saberes da formação docente e as consolidações a favor da prática pedagogica no contexto.
- ItemA Professora nos entremuros do cárcere(2014-12-15) Almeida, Carla Verônica Albuquerque; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Rabinovich, Elaine Pedreira; Nascimento, Ivany Pinto; Souza, Elizeu Clementino de; Nunes, Eduardo José FernandesTrata de uma pesquisa doutoral nomeada de A professora nos entremuros do cárcere alicerçada na abordagem processual moscoviciana da teoria das representações sociais sobre o fazer docente, experenciada no cotidiano carcerário e tem como objetivo, apreender as representações sociais da formação, dos saberes e práticas pedagógicas de professoras que atuam em uma escola prisional. O problema da pesquisa versa sobre: que lugar e posição tem as representações sociais da formação, dos saberes e práticas pedagógicas da professora que constrói seu exercício docente numa escola prisional e quais as implicações do entremuros para o processo de ensinar e aprender? Nesta perspectiva, o estudo se delineia no contexto de oito professoras que exercitam seu ofício numa escola prisional. O referencial teórico estudado contextualiza a educação formal em um ambiente prisional, a formação de professores que atuam neste espaço, as representações sociais de suas práticas pedagógicas e está alicerçado nos estudos de Foucault (2011), Moscovici (2001, 2004, 2011), Ornellas (2001, 2007, 2009, 2011), Nóvoa (1995, 2002, 2009, 2011), Tardif (2000, 2002, 2008) bem como de outros teóricos fundantes que fazem o matiz do bordado teórico metodológico. A tessitura metodológica se fundamenta numa abordagem qualitativa, com ênfase no método das representações sociais e do estudo de caso. Os instrumentos aplicados para a colheita de dados foram: a observação, a entrevista narrativa e o desenho. Com relação aos dados foram construídas categorias descritivas e analíticas e analisados pela vertente da análise do discurso. Os resultados apontam que, embora a prática docente se dê em um espaço marcado pelo imprevisível e improvável, cujos alunos mostram-se visivelmente afetados pelo amódio, a pesquisa revela que as professoras exercem sua função com prazer, mesmo apontando as lacunas da formação e ausência de políticas públicas destinadas à educação prisional e o impacto do dispositivo do cárcere sobre a professora- sujeito e seu exercício na escola. O cruzamento dos dados entre os três instrumentos expressa que os significantes: professora no cárcere, ensinar e aprender, (im)possibilidades e relação professor e aluno/afeto, foram recorrentes o que denota a pertinência do rigor no processo da análise. Nesta perspectiva, a tese a qual defendo expressa que as representações sociais da professora no entremuros do cárcere estão ancoradas em representações sociais de: formação, na escolha, no cotidiano do cárcere, nas (im)possibilidades, na prática pedagógica e no afeto. É uma aposta, em que o objeto educação no cárcere se mescla com as narrativas e o senso comum emerge revelando-se em ato, emancipado cientificamente.