A presente dissertação permeia o campo das investigações sobre violência escolar no Brasil, precisamente na Bahia e, em particular, na cidade de Porto Seguro. Tendo por base conceitual a classificação das práticas de violência, a partir do referencial teórico de Bernard Charlot (2002) que classifica os tipos de violência escolar em: violência na escola, violência da escola e violência à escola. O estudo investiga o fenômeno da violência manifestada entre os sujeitos que compõem o universo da escola, destacando-se aqui: alunos e professores. Seu objetivo geral consiste em perceber as possíveis causas da violência escolar por meio dos atores que circunscrevem tal espaço, bem como as notadas ações para redução dessa realidade. O campo da pesquisa compreende as expressões de violência vivenciada em uma escola pública do município baiano selecionado. Além de pesquisa bibliográfica foram empregadas outras metodologias diferenciadas, de cunho qualitativo e quantitativo, entre o período de setembro/2016 a dezembro/2016. Sendo realizado um survey com questões fechadas para 68 alunos dispostos em duas turmas do oitavo ano de períodos distintos. Posteriormente foram realizados grupos focais com estudantes e docentes, além de entrevistas semiestruturadas com representantes de instituições públicas. Por fim, apesar das dificuldades e contratempos, a pesquisa apresenta enquanto produto a realização de um seminário temático destinado aos atores envolvidos e à escola participante para apreciação de resultados sobre as representações subjetivas que surgiram, as ricas narrativas dos alunos e professores, as valorosas entrevistas com segmentos do poder público e, atrelado à exposição, o fomento de estruturação de comitê gestor para ações voltadas ao enfrentamento e à prevenção da violência no ambiente escolar.