A incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) às políticas educacionais é considerada uma das ações essenciais para conduzir a Educação na contemporaneidade. Dentro dessa perspectiva, garantir a onipresença dessas tecnologias nas escolas apresenta-se como um dos grandes desafios do gestor escolar. Assim, emerge a seguinte questão: Quais são as boas práticas de governança de TIC aplicada em escolas públicas que melhor atendem às necessidades dos seus projetos pedagógicos e das suas atividades técnico-administrativas? Nesse sentido, vislumbra-se a necessidade de elaborar uma estratégia para governança de TIC em escolas que viabilize a sustentabilidade de longo prazo dos seus recursos, lógicos e físicos, possibilitando a plena disponibilidade desses recursos para os projetos pedagógicos e atividades técnico-administrativas. Assim, esta pesquisa teve como objetivo principal propor uma estratégia de governança de TIC a partir da compreensão das práticas de gestão de recursos físicos e lógicos de TIC adotadas na Escola Municipal Professora Anfrísia Santiago, em Salvador. Para isso, contextualizou-se a escola como espaço de transformações sociais, conduzida através de uma gestão participativa e democrática, a partir da visão de Paro, Libâneo e Lück. Ainda, o estudo buscou a compreensão das TIC como auxiliares cognitivos defendida por Lèvy, e o impacto dessas tecnologias na sociedade contemporânea, segundo Sodré. Em relação à governança das TIC, baseou-se principalmente nos estudos de Fernandes e Abreu e pesquisou-se o mecanismo desenvolvido pela ISACA, o COBIT 5, para aplicá-lo na Escola Municipal Professora Anfrísia Santiago. Desse estudo de caso emergiu uma proposta de estratégia de governança e gestão de TIC em escola pública com a descrição das suas boas práticas.