O Brasil se destaca na produção de maracujá, sendo o Estado da Bahia considerado o maior produtor nacional de maracujá, porém é acometido por doenças, principalmente de solos, prejudicando seu desenvolvimento podendo levar a planta a morte, isso acaba refletindo na produtividade e qualidade da produção. Para contornar tal situação pode-se utilizar mudas enxertadas em portas-enxerto de espécies de maracujazeiros silvestres resistentes a estas doenças, fazendo-se necessário estudos sobre sua qualidade pós-colheita. Com isso, o trabalho teve o objetivo de avaliar as características pós-colheita de frutos de maracujá-amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.), produzidos através de plantas enxertas sobre quatro diferentes espécies de maracujazeiro silvestres. O experimento foi conduzido na Universidade do Estado da Bahia, no município de Barreiras, BA, utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado (DIC), composto por 5 tratamentos, que foram: a espécie comercial Passiflora edulis como pé-franco e enxertada no porta-enxerto das espécies P. gibertii, P. setacea, P. maliformes e P. suberosa, com 4 repetições e cinco frutos por parcela.. Analisaram-se as características físicas e químicas: tamanho, peso, rendimento de polpa, pH, acidez titulável, sólidos solúveis e ratio. Os dados foram submetidos à analise de variância, comparando as médias pelo teste de Tukey a 5% de significância. Para todas as variáveis foi constatada diferença significativa, onde o tratamento P. gibertii foi o que apresentou os menores valores para a maioria das variáveis analisadas, exceto para porcentagem de polpa, com 55,54% e pH, com 3,27, onde apresentou os maiores valores em relação aos demais tratamentos. Diferente do P. suberosa, a qual apresentou os maiores valores para a maioria das variáveis, porém não diferiu da P. gibertii com relação a porcentagem de polpa. Sendo assim, o P. gibertti foi a que apresentou uma alta porcentagem de polpa.