O racismo se constitui no nosso país de maneira estrutural, tendo sido um dos pilares da construção das nossas relações e se mantendo determinante até hoje na desigualdade social, econômica e na saúde mental da população negra. Parte do racismo à brasileira consiste na constante negação do racismo, mesmo frente às iniquidades inegáveis ao compararmos a situação social de negros e brancos. Sob a ótica da Análise do Comportamento, o conceito de consciência é tomado enquanto uma capacidade de compreensão do mundo e do próprio comportamento, e são refletidas neste trabalho as implicações de uma concepção da consciência como um produto social no contexto das relações raciais brasileiras. O objetivo geral deste trabalho foi refletir sobre a consciência racial a partir da corrente da Análise do Comportamento. O presente estudo se constitui enquanto uma Revisão Narrativa de abordagem qualitativa, no qual foi realizado um levantamento bibliográfico de artigos científicos, livros, referência técnica do Conselho Federal de Psicologia, textos de portais e base de dados do governo federal. Diferentes tipos de racismo foram elencados para exprimir a complexidade do fenômeno e sua disseminação nos mais diversos âmbitos. Foram descritas mudanças em decorrência do desenvolvimento de uma consciência acerca da discriminação racial, cuidados a serem tomados por parte de profissionais da Psicologia e contribuições Analítico Comportamentais no enfrentamento do racismo. Foram observadas mudanças benéficas e prejudiciais a partir da consciência racial, sendo necessárias mais pesquisas a fim de produzir tecnologias e conhecimentos que sejam mais adequados à realidade brasileira.