O atual momento da história evidencia o quão é importante o convívio social, principalmente o contexto das brincadeiras livres para as crianças. Entretanto, o distanciamento social devido à pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2, doença que se manifesta por meio da COVID-19, que teve ínicio no ano de 2019 e que ainda permanece até o presente momento em 2022, impedindo que a realização de muitas brincadeiras livres nas ruas, nas escolas, nos clubes e em outros espaços sociais, em especial nos espaços socioeducativos. Diante deste cenário, o presente memorial, traz a problematização sobre a importância do brincar livre para as meninas e meninos da Casa Dom José Rodrigues e, como esta se faz constante na linguagem no cotidiano da infância. A partir dessa compreensão, a problemática deste memorial se debruçou a entender como ficaram as brincadeiras antes, durante e após a flexibilização da pandemia. Para tal, nos debruçamos na literatura de Ariès(1986), Maturana- Zöler (2004), Kishimoto (2009), (2017), Fortuna (2004), entre outros pesquisadores desta temática. Como percurso metodológico, de cunho qualitativo, optamos pelo estudo de caso, por meio da escuta sensível, na perspectiva fenomenológica. Os resultados desta pesquisa estão presentes na produção de um produto pedagógico, desenhado no formato de uma revista de brincadeiras, construída a partir das escritas e das narrativas das meninas e meninos acerca das suas brincadeiras livres preferidas. As vozes das crianças revelam que as brincadeiras livres, independente do contexto social em que se encontram, ainda são presentes em suas infâncias.