Dança e campo Educacional: uma história construída no semiárido Baiano

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2022-08-12
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Resumo

Esta dissertação tem por objetivos contar a história da Escola de Ballet Geraldo Pontes e refletir acerca da sua importância para a construção da autoexpressão e liberdade de corpos bailarinos por meio do cultivo ao gosto, à formação e ao acesso ao Ballet clássico na cidade de Juazeiro, Território do Sertão do São Francisco, Bahia, Brasil. A discussão abordada neste texto delineia-se nos paradigmas da pesquisa qualitativa e foi construída a partir do método autobiográfico, realizado por meio da narrativa autobiográfica que tece diálogos relacionados ao tempo e às memórias a partir de crônicas, da história de vida, comendas, ilustrações e fotografias que se constituem como dispositivos verbo-visuais que aproximam o passado e o presente na tessitura da história dessa escola. A autobiografia possibilita refletir sobre as subjetividades e trajetórias de vida pessoais e profissionais que constituem os sujeitos sociais. Propicia, ainda, a percepção de si sobre ser, sentir, estar e interagir nos diversos contextos sócio-históricos, educacionais e culturais; possibilita o autoconhecimento e a autocompreensão acerca da vida e dos sentimentos que interpelam e ressignificam a (re)existência humana. Nesta narrativa autobiográfica, vinculada à linha de pesquisa Campo Educacional, Currículo e Cultura Escolar do Programa de Pós-graduação Mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos do Departamento de Educação, Campus III da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, descortino a minha história de vida - um corpo masculino e suas sapatilhas, que encontrou na Arte da dança um espaço de acolhimento e realização pessoal e profissional. Um corpo hétero pode dançar forró, samba, axé dentre outras, mas sofre preconceito ao dançar ballet. Assim, meu corpo, a minha trajetória de vida e a escola de Ballet Geraldo Pontes assumem um comportamento insurgente, quando me torno bailarino e crio também uma escola de Ballet clássico em terras sertanejas no ano de 1978, rompendo preconceitos e abrindo caminhos para quem quiser aprender e dançar ballet, considerada dança para meninas e de elite na década de 70. A história do bailarino Geraldo Pontes intersecciona-se com a da Escola de Ballet Geraldo Pontes e se tornou um marco na cultura do semiárido baiano. O aporte teórico fundamentou-se em Cristine Josso (2012), Ferraroti (1998), Foucault (2010), Langendonk (2004) entre outras referências. A Escola de Ballet Geraldo Pontes iniciou com o Ballet clássico e propiciou o acesso e a experimentação de corpos dançantes e criativos que contam histórias; estimulou e incentivou o fazer artístico por meio de uma metodologia somática e performática, agregando valores à profissionalização e capacitação de jovens que hoje atuam no mercado de trabalho em territórios semiáridos e no exterior. Há mais de quatro décadas, segue despertando o gosto pela dança clássica, inovando com dança de matriz afro-indígena e festivais de dança, envolvendo estudantes de escolas públicas por meio de projetos no cenário artístico, social e cultural na cidade de Juazeiro, Bahia.


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Palavras-chave
Dança – Estudo e ensino, Escola de dança, Campo educacional, Semiárido - Dança
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