Sertão, Imagem e Movimento: Um estudo de práticas escolares inspiradas em cinebiografias sertanejas.

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Data
2016-07-25
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Resumo

Este estudo parte da compreensão de que na contemporaneidade as visualidades exercem fortes influências sobre as formas como sujeitos se veem e são vistos, uma vez que elas estão por toda parte, constituindo-se como produções socioculturais, carregadas de intencionalidades discursivas e ideológicas. Desse modo, objetivou-se compreender como práticas escolares que promovam reflexões críticas e analíticas em torno de representações contidas em cinebiografias de personalidades sertanejas podem contribuir para a compreensão das sertanidades em suas complexidades e suas transformações. Assim, tomamos estudos de Gomes (2012), Hernández (2000, 2007, 2009 e 2010), Martins (2008 e 2011), Martins e Tourinho (2011 e 2013) e Sardelich (2006), para defender a proposta de que visualidades precisam ser analisadas a partir da perspectiva cultural que as marca e da multirreferencialidade que as constitui. Dialogamos com os conceitos de identidade enquanto construção social movente, performática e inconclusa, apresentados por Bauman (2005) e Hall (2000 e 2014), para sustentar nossa discussão acerca das sertanidades, às quais concebemos como múltiplas. Ainda, defendemos que o sertão caracteriza-se como um lugar multifacetado e em movimento, conforme estudos de Albuquerque Jr. (2001), Santos (2005), Vasconcelos (2007) e Veiga (2002). O trabalho de pesquisa em campo se desenvolveu numa perspectiva colaborativa, contando com momentos (auto) formativos nos quais foram realizadas oficinas com um grupo de alunos e, posteriormente com os docentes do Colégio Estadual do Icó – Morro do Chapéu-Ba. Também, contou-se com relatos de sertanejos e sertanejas moradores de três cidades baianas: Miguel Calmon, Morro do Chapéu e Várzea Nova, os quais contribuíram, de forma incisiva, para as conclusões formuladas e resultaram, também, na produção audiovisual: Sertão em Movimento. A análise toma as atividades desenvolvidas nos processos de escuta de todos os sujeitos participantes da pesquisa, contando com questionários e entrevistas (semiabertas e narrativas), contando com a Análise do Discurso como base interpretativa. Desse estudo depreendemos que: os artefatos visuais em análise (cinebiografias), ainda, são marcados por olhares superficiais e reducionistas no que tange às identidades sertanejas; o sertão é um lugar dinâmico e multifacetado, como bem ressaltam os sujeitos desta pesquisa, ao longo da mesma; A formação para o trabalho pedagógico com imagens, na perspectiva da cultura visual, potencializa práticas docentes contextualizadas, contribuindo, significativamente, para a formação de sujeitos críticos.


Descrição
Palavras-chave
Cultura visual/cinebiografias, Sertanidades, Formação
Citação
RIOS, Edilene Alcântara Ribeiro. Sertão, Imagem e Movimento: Um estudo de práticas escolares inspiradas em cinebiografias sertanejas. Orientador: Prof. Dr. Antenor Rita Gomes. 2016. 168 fls. Dissertação (mestrado), programa de Pós-Graduação em educação e diversidade da universidade do estado da Bahia, MPED. Departamento de Ciências Humanas – Campus IV. Universidade do Estado da Bahia, 2016.