Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado Acadêmico) em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC)

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    Yalodês em movimento: mulheres negras, contos afro-brasileiros e o racismo na escola
    (Universidade do Estado da Bahia, 2022-06-27) Reis, Larissa de Souza; Vieira Filho, Raphael Rodrigues; Nogueira, Claudete De Sousa; Santana, Marise de; Fernandes, Mille Caroline Rodrigues; Cardoso, Claudia Pons; Silva, Valdélio Santos
    A presente pesquisa, intitulada “Yalodês em Movimento: Mulheres Negras, Contos Afro-Brasileiros e o Racismo na Escola” visa analisar de que maneira o estudo sobre contos afro-brasileiros de Candomblé da Bahia pode contribuir para o processo de enfrentamento de professoras negras diante do racismo na escola. Com esse intuito, expomos como objetivos específicos: investigar o contexto histórico da diáspora africana de povos bantu e yorùbá no Cabula; averiguar o papel das narrativas de tradição oral afro-brasileira para a educação antirracista, por meio da consulta a Candomblecistas; promover um estudo coletivo sobre contos afro-brasileiros com professoras negras de uma escola pública de Salvador, por meio de grupo focal e oficinas artísticas; observar como o processo de estudo e discussão acerca dos contos, com as professoras/o professor da pesquisa, pode revelar elementos de identificação e de combate ao racismo na escola. A investigação, de natureza qualitativa, segue o viés da pesquisa participante e tem como instrumentos de produção de dados: diário de bordo da pesquisadora; conversas informais; observação participante; entrevista semiestruturada; gravador de áudio; o aplicativo Whatsapp; as plataformas Zoom, Google Meet e Teams; grupo focal, oficinas artísticas e diário de bordo das/do professoras/professor. Este trabalho pode proporcionar um espaço reflexivo de âmbito socioeducativo e acadêmico, pelo investimento na valorização de discussões descolonizadoras, como forma de aproximação de análises em torno do racismo ocorrido em espaços socioeducativos.
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    Livros didáticos de história: concepções civilizatórias para o ensino primário da Bahia (1925-1933)
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-23) Assis, Cristina Ferreira de; Brito, Gilmário Moreira; Galvão, Ana Maria de Oliveira; Luz, José Augusto Ramos; Pina, Maria Cristina Dantas; Reis, Joseni Pereira Meira; Vieira Filho, Raphael Rodrigues
    O objetivo central desta pesquisa é analisar as concepções civilizatórias em livros didáticos de História no contexto da Reforma do ensino primário da Bahia entre 1925 e 1933. Situada no campo da Nova História Cultural, essa tese busca em três livros didáticos de História as possíveis relações entre as concepções neles presentes e aquelas que circularam no modelo educacional adotado durante a gestão de Anísio Teixeira, especificamente a partir da Reforma da educação primária durante o governo de Góes Calmon. Sua finalidade visa aproximar as práticas, conteúdos e instruções difundidas aos alunos e professores, interpretando-se mais especificamente o desenvolvimento de hábitos e comportamentos relacionados à civilidade entre as estratégias de instrução da escola primária na Bahia. Para isso, foram selecionados como fontes os livros didáticos Vultos e datas do Brasil, de Alberto de Assis, Nossa Pátria, de Rocha Pombo, e História da Bahia, de Pedro Calmon, indicados por Anísio Teixeira, na condição de Diretor de Instrução da Secretaria do Interior, Justiça e Instrução Pública do Estado da Bahia entre 1926 e 1927. No entrecruzamento da História da educação e da História cultural, situa-se o livro didático como instrumento da cultura escrita e suporte de relações e tensões estabelecidas entre a cultura escolar e outras culturas produzidas pela sociedade na Bahia. Para isso, interessa ainda compreender o tempo histórico, os costumes e valores republicanos em voga no contexto de adoção do primeiro Programa de ensino oficial do estado, que apontou metodologias de ensino e prescrições aos professores. Os livros foram analisados a partir de seu conteúdo e sua materialidade, segundo a perspectiva de Choppin (2009), Chartier (2002), Elias (1994), dentre outros autores. Ao indagar e problematizar as concepções civilizatórias difundidas pelos livros realizou-se um entrecruzamento entre as obras e outras fontes, como o Programa de ensino de 1925, as correspondências de Anísio Teixeira com os educadores e intelectuais, além de jornais e revistas, a fim de evidenciar aproximações e diferenças entre as concepções identificadas no contexto da reforma escolar da Bahia. Para investigar a trajetória dos autores, a produção dos livros e a circulação de suas concepções, a pesquisa se concentrou em biografias, jornais, revistas e outras obras publicadas por eles. Entre as considerações finais foram encontrados indícios sobre o leitor imaginado pelos autores e pelas editoras, e sobre as intencionalidades dos órgãos gestores em educar e civilizar a mocidade. Observou-se também que as palavras “civismo” e “família”, foram fortemente utilizadas pelos autores dos livros didáticos, mas “moralidade”, “instrução” e “cultura” foram as mais destacas como sinônimos das concepções civilizatórias, com ênfases e exemplos distintos, embasadas em discursos que tentavam orientar a modernização da sociedade. Contudo, as apropriações dos sentidos difundidos pelos livros não puderam ser contempladas, em razão dos desafios de realizar uma historicidade do leitor do início do século XX. Verificou-se, por fim, uma tentativa de modernização escolar eurocentrada, pautada em novos horários, métodos de ensino e comportamentos, inserida em um projeto civilizatório, que perpetuou as desigualdades já existentes na Bahia.
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    Nas (en)cruzilhadas de exu e ogum: experiências hermenêuticomultirreferenciais de jovens com as tecnologias em um projeto de educação científica
    (Universidade do Estado da Bahia, 2023-06-28) Costa, Adelson Silva da; Hetkowski, Tânia Maria; Galeffi, Dante Augusto; Santos, Edmea Oliveira dos; Machado, Maria Cristina Gomes; Leão, José Antônio Carneiro; Fialho, Nadia Hage
    O Projeto doutoral “Nas (en)cruzilhadas de Exu e Ogum: experiências hermenêuticomultirreferenciais de jovens com as tecnologias em um projeto de Educação Científica.” incorpora as (en)cruzilhadas que experiencio em minhas vivências como professorpesquisador, curioso e desejoso, que vive a escola pública e sua complexidade eróticoexistêncial. Nessa heurística, busco encontrosdesencontros que possam ressignificar o diálogo tecido nas experiências de formação de jovens nos cotidianos da escola pública com as tecnologias digitais de informação e comunicação, potencializando compreensõesinterpretações e possibilidades para trançar diálogos outros destes recém-chegados com as tecnologias digitais de informação e comunicação. Envolto neste “transe” busco interpretar a seguinte questão: como acontecem os sentidos do diálogo nas experiências de formação de jovens com as tecnologias digitais em um Projeto de Educação Científica? Para interpretar este fenômeno, busco, na filosofia hermenêuticomultirreferencial, a partir das (en)cruzilhadas vivenciadas em um projeto de Educação Científica, concebido através da parceria universidadescola em um colégio público de Salvador, objetivar: compreender como acontecem os sentidos do diálogo nas experiências de formação de jovens do Ensino Médio com as tecnologias digitais de informação e comunicação em um projeto de Educação Científica. No intuito de compreender os sentidos que emergem dos diálogos com os/as protagonistas da pesquisa, proponho no estudo hermenêuticomultirreferencial um padê1 dialógico nas (en)cruzilhadas de Exu como profanação metodológica do constructo de pesquisa; (des)caminhando através da disponibilidade aberta pela errância solidária desenhar a tese. Ainda, buscando “enroscar” a pesquisa com os acontecimentos de formação destes jovens nos seus usos com as tecnologias digitais de informação e comunicação, proponho trançar o imbricamento do conceito de tecnologia da ciência contemporânea com as narrativas míticas cosmoafrobrasileira que tem o orixá Ogum como ser da tecnologia. A agenda que envolve a compreensão das experiências de formação de jovens no Ensino Médio é uma urgência mundial, que no Brasil se mostra desafiadora e decisiva para a educação em decorrência da nossa situação que historicamente vem fragilizando condição humana dos jovens; diante de tamanho desafio, cabe-nos “mergulhar” no “submundo” dos cotidianos escolares para (re)velar as táticas e estratégias tecidas por estudantes do Ensino Médio de escolas públicas, que precisam ser mais bem aclaradas.
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    Percepções e atos de discentes universitários/as sobre a potência pedagógica das imagens no planejar-sentir-agir coletivo-colaborativo
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-28) Lopes, Willian Falcão; Sitja, Liege Maria Queiroz; Silva, Denise Vieira da; Soares, Emanoel Luís Roque; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Souza, Sueli Ribeiro Mota
    A presente tese acadêmica intencionou descrever e interpretar percepções e atos de discentes universitários/as sobre a potência pedagógica das imagens no planejar-sentir-agir coletivo-colaborativo, tendo como campo empírico o Laboratório de Ensino de Geografia (LabEGeo) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), câmpus Vitória da Conquista-BA. Para tal intenção, foram propostas as seguintes questões problematizadoras: Como a experienciação discente coletiva-colaborativa com imagens é percebida, reconhecida e intencionalizada nos processos de ensino-aprendizagem? Como os/as discentes planejam relacionar nas ações do projeto de intervenção imagético-pedagógico as vivências de estudantes do Ensino Médio da escola básica com a experienciação coletiva-colaborativa com imagens? A investigação foi apoiada nas abordagens qualitativas de pesquisa fundamentadas nas correntes filosóficas Fenomenologia e Hermenêutica, tendo como Método o Fenomenológico de base Empírico-Interventiva (MFE-I). Para seu acontecer, foram selecionados oito discentes universitários/as da UESB regularmente cadastrados/as pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) como extensionistas no projeto “Educação Geográfica e Psicossocial das Imagens Contemporâneas (EduGeoPsIC)”, sendo três bolsistas de Geografia e cinco voluntários/as (um de História, um de Psicologia e três de Geografia), para que fossem vivenciadas entrevista fenomenológica, observação participativa dos momentos ou situações pedagógicas grupais de experienciação coletiva-colaborativa com imagens, e elaboração documental e implementação de um projeto de intervenção imagético-pedagógico, que foi construído por esses/as discentes nos momentos ou situações pedagógicas grupais e desenvolvido com trinta estudantes líderes de turmas do Ensino Médio regular e integral do Complexo Integrado de Educação Básica, Profissional e Tecnológica (CIEB). A arquitetura conceitual foi composta, principalmente, pelos conceitos de imagem, imaginação, imaginário, percepção-sensações, competências cognitivas, sociais e afetivas, Fenomenologia empírico-interventiva, planejar-sentir-agir coletivo-colaborativo, e potência pedagógica. Como fechamento, imagino, com base nos achados da investigação e nas teses e dissertações estudadas durante a pesquisa, que a experienciação coletiva-colaborativa com imagens pode convocar os/as discentes universitários/as a planejar-sentir-agir de maneira mais integrada, cuidadosa, sensível e profunda, pois tal experienciação pode provocá-los/as a tencionarem os processos de ensino-aprendizagem de seus campos formativos disciplinares a se distanciarem de correntes epistêmicas mais cristalizadas e de práticas educativas reprodutoras de representações hegemônicas e colonialistas, para se aproximarem e produzirem epistemologias mais ativas, abertas e relacionadas com a vida, potencializadoras de tessituras vitais e de lógicas de racionalidades plurais capazes de produzir desterritorializações de verdades e crenças hegemonizantes. Ao mesmo tempo, implico atenção sobre o quanto a experienciação coletiva-colaborativa com imagens possibilita uma maior interação entre as pessoas de um grupo, e respectivamente o fortalecimento do vínculo entre elas. No ato de descrição e interpretação de uma imagem, a pessoa que a faz tende a falar tanto sobre o que se mostra quanto sobre si mesma, uma vez que se fundamenta em suas experiências mais íntimas para perceber o que desvela. Ao dispor o íntimo de suas experiências para outras pessoas, quando desvela uma imagem, a pessoa que a faz possibilita a instauração de uma abertura para produção de vínculos e trocas de experiências sobre o fenômeno vivenciado, o que tende a implicar em uma maior interação entre as pessoas de um grupo frente às diversas formas como esse fenômeno as afeta.
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    Educação popular no território de Itaparica-BA/PE: narrativas sobre lutas, subjetividades e construção histórica no Vale do São Francisco
    (Universidade do Estado da Bahia, 2023-12-18) Rodrigues, Elilia Camargo; Nascimento, Antônio Dias; Hage, Salomão Antônio Mufarrej; Santos, Luciano Costa; Santos, Fábio Josué Souza; Hetkowski, Tânia Maria
    O presente estudo tem como objetivo principal apresentar a realidade de participação narrada pelas lideranças que atuam em organizações populares de luta dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, tendo em vista o desenvolvimento de uma Educação Popular no Território Itaparica-BA/PE. A investigação atende ao aporte fenomenológico no âmbito das investigações qualitativas, diante da significação dessas lideranças, sujeitos da pesquisa e narradores das suas realidades. Nesse sentido, as memórias de participação foram conhecimentos relevantes que auxiliaram na descrição da realidade e consistem em resultados da condução de entrevistas narrativas como procedimento metodológico de investigação. Na fundamentação teórica do trabalho destacam-se as contribuições de Merleau-Ponty (1999), na compreensão fenomenológica teórico-metodológica da investigação; Dussel (1977, 1995, 2012), Walsh (2013), Mbembe (2018, 2021) e Quijano (2005), como referências no debate sobre o contexto social da colonialidade e sua desconstrução atribuída como decolonialidade e descoloniazação; Ricoeur (2010), no diálogo que envolve histórias, tempos e narrativas; Saquet (2007) e Saquet e Spósito (2008), nos conceitos de território, territorialidade e desterritorialização; além de Paulo Freire (1987, 2011) e Oscar Jara (2020), no debate da Educação Popular. As considerações dessa realidade implicam em problemáticas sociais vivenciadas diante dos impactos na população atingida e na sociedade com repercussões em nível local e nacional das negligências cometidas com a implantação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) no território. As reações dos sujeitos perante as consequências dessas problemáticas respondem pela aderência a um contexto favorável para a organização da luta e da resistência, apoiada pela atuação da Teologia da Libertação, impulsionando a intensificação da cultura de participação vigente no território. Os resultados estão voltados ao reconhecimento de uma Educação Popular no território e constituem campo epistemológico e disciplinar que remete à formação da consciência política e à libertação dos sujeitos frente às injustiças da sociedade capitalista e da exclusão social.